domingo, 19 de julho de 2015

Exposição em São Paulo discute identidade de gênero e orientação sexual

1 Mostra Diversa Expressões de Gêneros, Identidades e Orientações

1ª Mostra Diversa – Expressões de Gêneros, Identidades e Orientações Divulgação Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo

As questões de gênero e a luta contra o preconceito são os temas de uma mostra que teve início na sexta-feira (17) no Museu da Diversidade, na Estação República de Metrô, em São Paulo. A 1ª Mostra Diversa – Expressões de Gêneros, Identidades e Orientações fica em cartaz até 29 de novembro. Depois, a mostra deve seguir em itinerância por diversos municípios de São Paulo.

“A mostra é um panorama do que está sendo feito em termos de fotografia, desenho e aquarelas em relação à questão de gênero, identidade de gênero e a orientação do afeto”, disse Franco Reinaudo, diretor do Museu da Diversidade, em entrevista à Agência Brasil.  “Queremos que as pessoas entrem em contato com esses temas e tirem suas próprias conclusões. Vivemos um momento de posições fortes e a ideia é que falemos sobre isso de uma maneira suave e bonita, aproximando as pessoas”, ressaltou.

Lampioa, poesias e palavras rimadas gravadas no formato de fanzine

Lampioa, poesias e palavras rimadas gravadas no formato de fanzineDivulgação Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo

A exposição apresenta nove projetos contemporâneos de artistas brasileiros, que abordam vivências ou aprofundam os temas relacionados à identidade de gênero e à orientação sexual. Um destes nove projetos, destacou Reinaudo, é Um Olhar de Marte,trabalho fotográfico que acompanha um casal homossexual em seu cotidiano. “É uma sequência fotográfica em branco e preto que mostra essa rotina”, disse o diretor do museu.

Mas há também trabalhos que questionam os conceitos de masculino e feminino, como o projeto Doces Barbas, que exibe fotos de homens barbados com maquiagens femininas. E o trabalho Menino de Salto Alto, que pretende exigir o respeito e a tolerância na sociedade. “Ele [o artista] se veste com roupas femininas e salto alto e sai pelas ruas para registrar a reação das pessoas”, afirmou Reinaudo.

Dentro da mesma temática, Geni – Um Ensaio Fotográfico com Corpos Transitados apresenta um calendário de modelos trans resgatando a clássica pin-up. “São fotos de travestis e transexuais vestidas de pin-up para também trabalhar essa questão do preconceito e de como vemos as pessoas”.

O trabalho Coletânea Amar oferece quatro livros voltados para crianças de 4 a 7 anos, com aquarelas, com o objetivo de celebrar a tolerância e as descobertas do universo da diversidade sexual. “São livros infantis para tratar dessa questão da diversidade sexual”, disse o diretor.

Projeto Doces Barbas, que exibe fotos de homens barbados com maquiagens femininas

Projeto Doces Barbas, que exibe fotos de homens barbados com maquiagens femininasDivulgação Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo

Os demais projetos são Genders Brasil, um ensaio fotográfico sobre a expressão de gênero, A Esquina de Monalisa, com obras em nanquim sobre madeira feitas a partir de etnografias e entrevistas com travestis, Lampioa, poesias e palavras rimadas gravadas no formato de fanzine, e Mais Amor para Todos, que retrata histórias de amor na luta pela diversidade. A mostra é gratuita.

 

 

 

Agência Brasil

 

 

Também na Radioagência Nacional

 

 

 

 

 

 

 

Foto de Cifras.

 

 

Foto de Cifras.

 

 

 

Foto de Cifras.

 

 

Foto de Vânia Luiz.

Vânia Luiz

Uma menina de 21 anos estava usando um par de lentes de contato para uma reunião do churrasco. Enquanto ela estava assando o churrasco, olhou para os carvões de fogo continuamente por 2-3 minutos. Depois de alguns minutos, ela começou a gritar por ajuda e moveu-se rapidamente, pulando para cima e para baixo. Ninguém sabia por que ela estava fazendo isso? Então, no hospital, disse o médico que seus olhos estavam permanentemente cegos devido a lente de contacto que usara. As lentes de contacto são feitos de materiais plásticos e devido ao calor do carvão vegetal, derreteram-na. Não use lentes de contato enquanto cozinha, pois eles podem superaquecer! Amigos, a informação é importante, por favor Compartilhe esta mensagem a todos os seus entes próximos e queridos que usam lentes de contato

 

 

Olimpíada de Matemática modifica a vida de estudantes

 

Cristina Indio do Brasil - Repórter Agência Brasil

Antônio Cardoso do Amaral leciona na Escola Estadual Augustinho Brandão, em Cocal dos Alves, no norte do Piauí. Ele será um dos dez professores homenageados por terem marcado os dez anos da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). O reconhecimento será na segunda-feira (20), durante a entrega da premiação, às 15h, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no centro da cidade. “Eu sou cria dessa competição. Através dela eu me senti despertado para o ensino da matemática e bastante incentivado para enfrentar os desafios que foram surgindo, e hoje a gente consegue comemorar vários resultados positivos", disse o professor à Agência Brasil.

Antônio Cardoso do Amaral leciona na Escola Estadual Augustinho Brandão, em Cocal dos Alves, no norte do Piauí. Ele será um dos dez professores homenageados por terem marcado os dez anos da Olimpíada Brasileira de Matemá

Antônio Cardoso do Amaral leciona na Escola Estadual Augustinho Brandão, em Cocal dos Alves, no norte do Piauí. Ele será um dos dez professores homenageados por terem marcado os dez anos da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas Arquivo pessoal

Cocal dos Alves está entre as cinquenta cidades que registraram os mais baixos níveis do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, divulgado naquele ano, pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), entre os 5.565 municípios do país, a cidade ficou em 5535º lugar. O índice varia de 0 a 1 e a cidade registrou 0,498, quanto mais perto de 1 maior é o IDHM. Ele é calculado levando em consideração três dimensões do desenvolvimento humano: a longevidade, a educação e a renda.

Mesmo com um nível tão baixo de IDHM, Cocal dos Alves tem o que comemorar. Desde 2005, quando começou a ser feita a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas), alunos do município participam da competição e conquistam medalhas. Na 10ª edição da Olimpíada (Obamep 2014), a Escola Augustinho Brandão está entre as que conquistaram o maior número de prêmios no país. Os alunos Sávio Vinícius Costa do Amaral, José Márcio Machado de Brito e Jean Carlos Sousa de Brito receberam medalha de ouro.

Na avaliação do professor Antônio, a sensação dele é a de que a tarefa não foi cumprida integralmente, mas o caminho está certo em oferecer educação para os jovens de Cocal dos Alves. “Isso nos mostra que temos que buscar a manutenção. A meta é melhorar e fazer com que uma escola pública, de um lugar humilde, faça acontecer uma educação de qualidade”.

A Escola Augustinho Brandão está entre as que conquistaram o maior número de prêmios no país

A Escola Augustinho Brandão está entre as que conquistaram o maior número de prêmios no paísArquivo pessoal

Antônio destacou também que participar da Olimpíada da Matemática não significa apenas competir, mas representa uma mudança de vida dos alunos que recebem incentivos para estudar a matéria de forma mais interessante e acabam seguindo até a universidade.

Foi o que ocorreu com Jáderson Pará Rodrigues. Quando participou da 1ª edição da Obmep, em 2005, e ganhou medalha de ouro, ele estudava no Colégio Militar. A identificação com a matemática o levou a cursar a Universidade do Estado do Amazonas. Hoje é professor da matéria em Manaus. Jáderson prepara alunos para a competição e transmite o sentimento que a matemática representa para ele.

Jáderson Pará Rodrigues participou da 1 edição da Obmep, em 2005, e ganhou medalha de ouro

Jáderson Pará Rodrigues participou da 1ª edição da Obmep, em 2005, e ganhou medalha de ouroArquivo pessoal

“A matemática, para mim, é a minha vida porque eu gosto muito. Matemática é simplesmente a arte de resolver problemas”, disse. Jáderson quer ir adiante, e tem o sonho de poder fazer doutorado no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada. “Ainda quero estudar lá um dia”.

Gerson Tavares Câmara de Souza participou das quatro primeiras edições da Obmep, ganhou medalha de ouro e disse que a Olimpíada foi um “divisor de águas” na sua vida, porque descobriu que tinha uma habilidade e que existia um universo em torno da matemática. “A matemática na escola às vezes é muito repetitiva, não tem motivação para aprender e com a Olimpíada, sim. Aprendi muitas coisas, e foi algo que me motivou a estudar. Tinha 15 anos em 2005, e descobri que tinha a universidade”, disse.

Para Gerson, quando o aluno participa da competição entende que o aprendizado da matéria pode ser por meio do uso do raciocínio e não apenas repetir fórmulas. Isso, na avaliação dele, é o que mais motiva os estudantes. Gerson cursou o ensino médio à noite, porque trabalhava como estagiário pela manhã e, à tarde, tinha um curso técnico no Senai. Apesar da dificuldade no dia a dia, ele tem orgulho do que conquistou. “Consegui entrar na faculdade e passar no vestibular sem fazer cursinho particular”, ressaltou.

Em 2013, Gerson se formou em engenharia elétrica na Universidade de São Paulo (USP). “Sou engenheiro e hoje uso a matemática para fazer tudo”. O paulista destacou ainda a importância da Olimpíada para o intercâmbio dos alunos. “Conheci alunos do Brasil todo. Alguns se tornaram grandes amigos, e somos amigos até hoje. Coisa que eu não tinha na escola que eu estudava. As aulas acabavam e não tinha uma atividade para fora, para sair, passear”.

 

 

Agência Brasil

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