O país
consumiu menos energia elétrica no último mês de maio, conforme
dados divulgados nesta quarta-feira pela Empresa de Pesquisa
Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia. A
retração ocorreu em todas as regiões, com exceção do Nordeste,
onde houve pequena expansão de 0,3%. As demais regiões apresentaram
redução, sendo 3,9% no Sudeste, 1,3% no Norte, 0,9% no Sul e 0,4%
no Centro-Oeste. Se considerado o período de 12 meses, constatou-se
um incremento de 0,2% no consumo. Na comparação entre os acumulados
dos anos de 2014 e 2015, houve uma queda de 0,9% no ano em curso.
Esses
números permitem concluir que estamos por ora distantes de um
apagão, como já se viu em outros anos. Contudo, esse fato parece se
dever menos a um aumento na oferta de energia do que propriamente a
uma estagnação da economia, com diminuição da produtividade e da
movimentação na aquisição de bens e de serviços. Com isso, tudo
indica que um eventual retorno do crescimento econômico, sinalizado
pelo governo por meio do ajuste fiscal, pode significar uma demanda
superior à oferta de energia hoje disponível no mercado.
Nesse
cenário, o que se espera é que, mesmo diante da perspectiva de
poucos investimentos, o governo federal prepare-se desde já para
enfrentar a necessidade de elevar o estoque disponível num futuro
próximo. Trabalhar com a previsibilidade necessária é parte de um
planejamento que não pode faltar se a opção pela reativação da
economia for mesmo para valer.
Fonte:
Correio do Povo, editorial da edição de 2 de julho de 2015, página
2.
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