domingo, 5 de julho de 2015

Câmara de Porto Alegre revela seus salários

TV Record RS mostrou números e casso de não cumprimento de horários

Uma reportagem divulgada ontem pela TV Record RS revelou o quadro de salários dos servidores da Câmara de Porto Alegre. A visualização dos vencimentos foi possível a partir da divulgação, na segunda-feira, do link “Transparência”, no site da Câmara, onde constam nomes e valores pagos ao funcionalismo. Apesar de disponibilizar os números, a câmara de Porto Alegre foi um dos últimos poderes do Estado a cumprir a Lei da Transparência, que obriga a divulgação dos vencimentos do funcionalismo público. Os dados mostram que o salário de um dos trabalhadores da Câmara, em maio, chegou a R$ 37922,60; o de um taquígrafo, a R$ 25.211,00; o de um arquivista, a R$ 24.960,86; e o de um jornalista, a R$ 16.607,06.
A reportagem da TV Record RS apresentou também o caso de algumas taquigrafas que não cumpririam seu horário plenamente, desrespeitando a jornada de trabalho.
Ouvido pela reportagem, o presidente em exercício da Câmara, Paulo Brum, admitiu que, sem a implementação do ponto não há como controlar o horário de mais de 600 funcionários da Casa. Segundo ele, a implantação do ponto eletrônico está por se concretizar, o que deverá acabar com atrasos e fugas antes do final do expediente. Sobre os salários, Brum disse que os salários, Brum disse que gestões anteriores da Câmara Municipal permitiram distorções salariais entre diferentes servidores. O presidente do Sindicâmara, Jorge Loss, avalia que os vencimentos elevados na Casa são decorrentes de vantagens do plano de carreira.
Procurado pela reportagem, o diretor administrativo da instituição, Francisco Dornelles, afirmou que hoje não há como recuar no pagamento de salários, mesmo os mais elevados, sob o risco de desrespeito à legislação brasileira. Além disso, explica, no serviço público, onde há concursados, não é possível realizar demissões, “diferentemente da iniciativa privada.”
Segundo a reportagem, a divulgação dos salários não chegou a causar constrangimento entre os servidores da Câmara, mas há restrições sobre o modo como o site Transparência tem mostrado as informações. Na avaliação das entidades dos servidores, existem diversos funcionários com direitos adquiridos acumulados pelo discurso de tempo trabalhado, como auxílio-alimentação e auxílio-creche. No site, queixam-se, todos os itens surgem apenas como salários.


Fonte: Correio do Povo, página 13 de 26 de junho de 2015.

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