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sábado, 18 de julho de 2015

Brasil perde mais de 345 mil postos de trabalho no semestre, aponta Caged

Em junho, foram fechados 111.199 postos de trabalho com carteira assinada no país, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados hoje (17) pelo Ministério do Trabalho. O resultado é o menor para meses de junho registrado desde 1992.

O número resulta da diferença entre admissões (1.453.335) e demissões de trabalhadores (1.564.534) e é inferior ao do mês anterior. Em maio, tinham sido fechadas 115.599 vagas com carteira assinada. Segundo o ministério, no primeiro semestre, houve perda de 345.417 postos de trabalho. É o menor resultado para o período desde 2002. Nos últimos 12 meses, o recuo foi de 601.924 postos de trabalho, na série ajustada.

Em junho, entre os setores de atividade econômica, apenas a agricultura teve desempenho positivo, com geração de 44.650 postos de trabalho. O resultado foi alcançado, de acordo com o ministério, por motivos sazonais. O setor que mais registrou perdas de emprego foi a indústria de transformação, com o fechamento de 64.228 empregos com carteira assinada.

O setor de serviços foi responsável pelo corte de 39.130 postos de trabalho e o comércio teve um saldo negativo de 25.585. A construção civil fechou 24.131 empregos com carteira assinada.

No recorte por regiões, apenas o Centro-Oeste registrou aumento de empregos, com abertura de 3.508 vagas. A Região Sudeste fechou 57.294 postos de trabalho; o Sul, 30.828; o Nordeste, 18.589; e o Norte, 7.996. Entre os estados, São Paulo foi o que teve o pior desempenho, com fechamento de 52,3 mil vagas, seguido pelo Rio Grande do Sul, pelo Paraná e por Santa Catarina. Por outro lado, Minas Gerais, Mato Grosso, Maranhão, Goiás, Ceará e Acre tiveram resultado positivo.

 

Agência Brasil

 

 

10 produtos que todo apreciador de vinho deveria ter

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Foto de Carlos Hilsdorf.

 

 

Dilma destaca importância da relação entre Mercosul e outros blocos econômicos

 

Marcelo Brandão e Yara Aquino - Repórteres da Agência Brasil

A presidenta Dilma Rousseff participa da 48 Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados (Wilson Dias/Agência Brasil)

Dilma disse que o Brasil definiu com a Europa a ampliação do comércio bilateralWilson Dias/Agência Brasil

A presidenta Dilma Rousseff reforçou hoje em discurso de abertura da plenária da 48ª Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, em Brasília, a importância das relações comerciais com outros blocos econômicos. A fala da presidenta faz referência às negociações entre Mercosul e União Europeia (UE) para zerar as tarifas de alguns produtos.

“A crise não pode ser razão para criar barreiras comerciais entre nós. Ela tem que reforçar nossa integração e solidariedade. Temos que também buscar acordos comerciais com outros países”, disse a presidenta.

Dilma disse que o Brasil definiu com a Europa a ampliação do comércio. “Estou certa – acrescentou - que a busca de novos mercados continuará durante a próxima presidência [do Mercosul]”. O sistema de presidência do Mercosul é rotativo: muda a cada seis meses.

Depois de observar que “a democracia floresce” na América do Sul, região que já “sofreu muito com ditaduras”, Dilma citou as eleições para presidente da República que ocorreram ano passado no Brasil e no Uruguai, e a que ocorrerá este ano na Argentina.

“A realização periódica e regular desses pleitos – observou - demonstra a capacidade de lidar com diferenças políticas. Temos que continuar nesse caminho. Não há espaço para aventuras antidemocráticas na América do Sul”.

Ao citar as eleições na Argentina, Dilma lembrou que essa será a última participação da presidenta Cristina Kirchner como Chefe de Estado na Cúpula. Nesse momento, a presidenta brasileira se emocionou ao falar do desempenho de Cristina e referir-se a ela como uma amiga pessoal.

“Somos testemunhas que ela imprimiu condução firme e democrática a seu país, como assumiu a causa da integração sul-americana e como defendeu os países da região”, disse Dilma, sob aplausos.

Dirigindo-se a Cristina Kirchner, Dilma acrescentou: “Do ponto de vista pessoal e político, quero lhe dizer que você terá uma amiga sempre pronta para recebê-la e juntas compartilharmos nossos sonhos”.

Durante a plenária, Dilma declarou o ex-presidente do Brasil, João Belchior Marques Goulart, o Jango, cidadão ilustre do Mercosul. Jango teve o mandato cassado em 1964. Em 2013, o Congresso Nacional fez uma sessão solene de devolução simbólica do mandato. “Essa homenagem é um esforço de reconciliação entre memória e a história. É o reconhecimento da trajetória consistente e comprometida desse brasileiro”, disse Dilma.

 

 

Agência Brasil

 

 

 

Foto de Filhos de Umbanda.

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