À medida que a
temperatura vai caindo, o risco para contrair o vírus Sincicial
Respiratório (VSR) aumenta e os cuidados com os bebês devem ser
intensificados. O vírus circula o ano inteiro, mas o Sul do país é
mais predominante entre abril e setembro. Julho é o mês com o pico
de casos no Rio Grande do Sul.
Conforme o médico
Marcus Jones, coautor da pesquisa Brazilian Respiratory Virus Study
(Brevi), as crianças prematuras, com as doenças pulmonar crônica,
ou problemas cardíacos ou síndrome de Down são as mais
vulneráveis. “Nas maternidades, dentro dos hospitais, os bebês
estão protegidos, mas quando saem começa o perigo”, disse.
O vírus se confunde
com resfriados comuns. Normalmente, começa como resfriado. A
evolução pode ser uma bronquiolite. Existe uma vacina para o VSR,
indicada para crianças com alto risco. O Brevi acompanhou por um ano
303 pacientes nascidos com até 35 semanas de gestação,
considerados prematuros, em três cidades: Porto Alegre, Curitiba
(PR) e Ribeirão Preto (SP). O objetivo foi mapear incidência de VSR
em infecções respiratórias graves e relacionar a necessidade de
internação. Cerca de 10% dos nascimentos ocorrem antes do ideal. Os
prematuros normalmente têm alguns órgãos mais frágeis em especial
os pulmões. Por conta disso, são mais afetados pelo vírus.
Um estudo financiado
pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostrou que são
registrados 33,8 milhões de novos episódios de infecção
respiratória em crianças com menos de 5 anos por ano no mundo,
sendo que são provocadas especialmente pelo VSR. Outro dado
preocupante é o número de óbitos desses pacientes, que pode chegar
a 200 mil, e que 99% ocorrem em países em desenvolvimento. Entre as
justificativas estão a falta de atendimento médico e de higiene.
Fonte: Correio do Povo,
página 14 de 5 de junho de 2015.
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