Tradicionalmente a Polícia federal é criativa ao batizar suas operações. Recentemente, no entano, é difícil achar nome tão adequado como o utilizado na 14ª fase da Lava Jato: “Erga omnes”, no latim. Que significa “para todos” ou “vale para todo mundo”, numa referência às leis. Não por acaso, foram presos ontem, nesta nova fase da operação, os presidentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez. Poderosas empresas com poderosos presidentes, que têm trânsito, relações e atuações – comerciais e outras mais estreitas – em diversos setores da economia e da política, com diversos partidos e com lideranças como o ex-presidente Lula. O Planalto, o PT e o PSDB ficaram em alerta. E de fato, deveriam. Nos bastidores de órgãos de investigativos que em muitos casos atuam em parceria com a Polícia Federal, a informação corrente é a de que 2014, ano em que foi deflagrada a Lava Jato – que investiga as diversas correntes de esquema bilionário de corrupção na Petrobras – poderá ser considerado monótono perto do que virá pela frente nos próximos meses.
Fonte: Correio do Povo, página 3 de 20 de junho de 2015.
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