por JULIO WIZIACK
Mesmo prevendo arrecadar menos da metade do que esperava, o governo fará uma licitação para a loteria instantânea, a raspadinha. A disputa está prevista para julho.
A medida servirá de teste para que outras loterias possam também ser exploradas pela iniciativa privada.
Pelo modelo em estudo, a Caixa continuará como dona da loteria, mas quem vai explorar o serviço é o vencedor do certame. Essa foi a saída para evitar que uma nova lei tivesse de ser enviada ao Congresso. Hoje a legislação garante à Caixa o monopólio sobre as loterias no país.
No ano passado, quando os estudos para a abertura desse mercado começaram a ser feitos, o governo pretendia levantar no leilão R$ 15 bilhões em cinco anos – R$ 3 bilhões por ano. Agora, segundo apurou a Folha, o valor anual não deve passar de R$ 1,3 bilhão, o que daria R$ 6,5 bilhões no período.
O relatório de receitas extraordinárias da União mostra que o governo já conta com parte desse dinheiro, que ajudaria a reequilibrar as contas públicas deste ano.
O edital da licitação está sendo preparado pelo Ministério da Fazenda com apoio da Caixa. O banco não quis se manifestar. Procurada desde quinta (11), a Fazenda não falou sobre o caso até a conclusão desta edição.
SETE INTERESSADOS
Ainda segundo apurou a reportagem, há sete interessados estrangeiros na disputa, entre eles a americana Scientific Games, umas das maiores empresas de loterias do mundo.
O apetite dos interessados na raspadinha diminuiu desde o ano passado, quando começaram as conversas com o governo. A inflação e os juros em alta, que ameaçam o poder de consumo dos brasileiros, levaram esse grupo a refazer as contas e oferecer menos para entrar no negócio. Por isso, o governo reviu para baixo os lances do leilão.
DIVIDIR PARA GANHAR
O vencedor repartirá receitas com a União e com a Caixa. Por isso, o negócio só faz sentido para quem tiver recursos suficientes para multiplicar ao máximo o mercado de apostas no país.
Isso seria feito com investimentos em máquinas de venda espalhadas por locais públicos (metrô e terminais de ônibus) ou bancas de jornal, além das lotéricas. O vencedor também poderá lançar novas raspadinhas.
Hoje o Brasil tem dez loterias e juntas elas arrecadam cerca de R$ 11 bilhões por ano. A raspadinha representa só 10% deste total.
No mundo, a participação das loterias brasileiras é considerada subaproveitada.
Dados do World Lottery Association, associação que reúne 73 das maiores empresas do setor no mundo, revelam que os brasileiros apostam, em média, US$ 26/ano.
A média na Argentina é US$ 34. Os campeões são os cingapurianos (US$ 926), seguidos pelos italianos (US$ 568).
Fonte: Folha Online - 16/06/2015 e Endividado
A medida servirá de teste para que outras loterias possam também ser exploradas pela iniciativa privada.
Pelo modelo em estudo, a Caixa continuará como dona da loteria, mas quem vai explorar o serviço é o vencedor do certame. Essa foi a saída para evitar que uma nova lei tivesse de ser enviada ao Congresso. Hoje a legislação garante à Caixa o monopólio sobre as loterias no país.
No ano passado, quando os estudos para a abertura desse mercado começaram a ser feitos, o governo pretendia levantar no leilão R$ 15 bilhões em cinco anos – R$ 3 bilhões por ano. Agora, segundo apurou a Folha, o valor anual não deve passar de R$ 1,3 bilhão, o que daria R$ 6,5 bilhões no período.
O relatório de receitas extraordinárias da União mostra que o governo já conta com parte desse dinheiro, que ajudaria a reequilibrar as contas públicas deste ano.
O edital da licitação está sendo preparado pelo Ministério da Fazenda com apoio da Caixa. O banco não quis se manifestar. Procurada desde quinta (11), a Fazenda não falou sobre o caso até a conclusão desta edição.
SETE INTERESSADOS
Ainda segundo apurou a reportagem, há sete interessados estrangeiros na disputa, entre eles a americana Scientific Games, umas das maiores empresas de loterias do mundo.
O apetite dos interessados na raspadinha diminuiu desde o ano passado, quando começaram as conversas com o governo. A inflação e os juros em alta, que ameaçam o poder de consumo dos brasileiros, levaram esse grupo a refazer as contas e oferecer menos para entrar no negócio. Por isso, o governo reviu para baixo os lances do leilão.
DIVIDIR PARA GANHAR
O vencedor repartirá receitas com a União e com a Caixa. Por isso, o negócio só faz sentido para quem tiver recursos suficientes para multiplicar ao máximo o mercado de apostas no país.
Isso seria feito com investimentos em máquinas de venda espalhadas por locais públicos (metrô e terminais de ônibus) ou bancas de jornal, além das lotéricas. O vencedor também poderá lançar novas raspadinhas.
Hoje o Brasil tem dez loterias e juntas elas arrecadam cerca de R$ 11 bilhões por ano. A raspadinha representa só 10% deste total.
No mundo, a participação das loterias brasileiras é considerada subaproveitada.
Dados do World Lottery Association, associação que reúne 73 das maiores empresas do setor no mundo, revelam que os brasileiros apostam, em média, US$ 26/ano.
A média na Argentina é US$ 34. Os campeões são os cingapurianos (US$ 926), seguidos pelos italianos (US$ 568).
Fonte: Folha Online - 16/06/2015 e Endividado
Nenhum comentário:
Postar um comentário