Um estudo
conduzido pela International Stress Management Assciation (Isma/BR)
concluiu que 30% dos profissionais brasileiros desenvolveram a
síndrome de burnout, um esgotamento físico e mental que pode causar
problemas cardíacos, depressão, transtornos do sono e ansiedade. O
tema foi discutido ontem, no primeiro dia do 15º Congresso de
Stress, que ocorre no Hotel Plaza São Rafael. O evento, que
prossegue até amanhã, tem como assunto central Trabalho, estresse e
saúde: o engajamento na prevenção do burnout – da teoria à
ação.
Um dos
principais especialistas sobre a síndrome, o psicólogo canadense e
diretor do Center for Organizational Research and Development,
Michael Leiter, tratou sobre a capacidade dos líderes de promover
locais de trabalho mais respeitosos e saudáveis. “Hoje, milhares
de profissionais estão impedidos de ser mais produtivos e de exercer
de forma plena o seu potencial criativo. Eles sofrem com altos níveis
de estresse e se encontram incapacitados de dar seguimento às
carreiras”, disse.
Segundo
a presidente da Isma/BR, Ana Maria Rossi, as condições
desfavoráveis dos ambientes de trabalho fazem com que o estresse
alcance níveis alarmantes. “As frequentes pressões e inúmeras
demandas da rotina diária geram um nível de estresse intenso e
constante e que afeta um número cada vez maior de profissionais no
Brasil, desencadeando problemas como depressão e exaustão física e
mental”, explicou Ana Maria.
Esta
edição do congresso apresentará a perspectiva do Judiciário, sob
coordenação do desembargador Eladio Lecey e do desembargador do
Trabalho Ricardo Fraga, sobre questões como dano moral, saúde e
trabalho. Na programação de hoje, a psicóloga Evangelia Demerouti,
da Holanda, presidente do Human Performance Management Group e
professora de Comportamento Organizacional na Eindhoven University of
Technology, abordará o tema “Demandas-recursos do trabalho”.
Fonte:
Correio do Povo, página 19 de 24 de junho de 2015.
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