segunda-feira, 15 de junho de 2015

Temer e Padilha definem cargos do segundo escalão hoje

IURI RAMOS
ramos@correiodopovo.com.br


     A cúpula do governo federal trabalha para concluir hoje a lista de indicações para cargos do segundo e terceiro escalões no país. O ministro da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha (PMDB) comanda a distribuição de cargos a pedido do vice-presidente Michel Temer (PMDB), que acumula também a Secretaria de Relações Institucionais. Está marcada para hoje a reunião entre Temer e Padilha, com a possível presença dos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Comunicação) em brasília para mais uma série de nomeações no governo Dilma Rousseff.
     As indicações e os nomes escolhidos para o segundo escalão já estão nas mãos do vice-presidente, encarregado por Dilma de acomodar as forças políticas da base do governo. Falta apenas Temer confirmar os nomes de cada um dos indicados. No terceiro escalão, no entanto, a etapa ainda precisa ser terminada e inclui todos os cargos em aberto nos Estados. “No terceiro escalão, dos 27 Estados, já houve acordo em uns nove. Outros 18 ainda tenho que trabalhar. Destes, dez estão encaminhados e oito ainda não se consolidou a negociação, entre eles o RS”, afirmou Padilha. Algumas das vagas que ainda estão indefinidas no Estado e se referem ao comando das superintendências dos Correios, da Pesca, da Funai, da Funasa e do Conab.
     A distribuição de cargos é peça-chave para que o Planalto mantenha bom nível de governabilidade. Devido à falta de acordo, a base sobre nomes, Temer e Padilha recorrem a pré-requisitos que pensam nas definições. “O processo de arbitragem tem suas regras: estar na base, ter boa representatividade do partido no Estado do indicado e ter participação nas votações do Congresso”, declara Padilha. Sobre a possibilidade de o PT tentar, nos bastidores, enfraquecer Temer e o PMDB no governo, o ministro foi taxativo. “Os que que querem governar e têm compromisso com o governo prestigiam Temer. Aqueles que só querem permanecer no poder são contra ele. E sem PMDB não tem governo”, adverte.
     O PDT, que já começou deixar a base governista, está em stand-by. Segundo Padilha, a sigla deve receber duas secretarias que ampliarão o poder da sigla do Ministério do Trabalho, comandada por Manoel Dias.


Fonte: Correio do Povo, página 3 de 15 de junho de 2015.

Nenhum comentário:

Postar um comentário