Profª MS Sônia Raguer
CONCEITOS DE NEGOCIAÇÃO
O QUE É NEGOCIAÇÃO
“Todas as situações existenciais importam em negociação, compromissos e objetivos comuns, tendo por base o processo de conversação. Buscar acordo, trabalhar o consenso, conquistar a cooperação são condições para aconvivência e a efetiva vida social” (BERG, 1998, pág 2).
Negociar é uma das artes que a humanidade pratica desde a sua existência. Ao se pensar em negociação, pensa-se diferentemente acerca do tema. Acredita-se que a negociação depende das múltiplas teorias, e que devemser muito bem aprendidas antes de alguém aventurar-se a negociar.
Acredita-se também que negociação é uma atividade extremamente óbvia que só se aprende no dia-a-dia, com a experiência e prática, e que não existem teorias sobre este assunto.
Enquanto muitos consideram a negociação como algo que ocorre somente entre um comprador e um vendedor, ou entre um sindicato e a gerência de uma empresa em suas várias formas, a negociação é usada todos osdias para resolver diferenças e para distribuir recursos. Ela ocorre entre todos os tipos de pessoas – amigos, marido e mulher, crianças, vizinhos, estranhos, entidades empresariais e até mesmo entre nações.
Pense em todas as vezes que se negocia. O que poderia ser mais central a uma empresa do que a negociação? E o que poderia ser mais central a uma negociação bem-sucedida do que modelar suas ilusões sobre ela e, dalipor diante, negociar racionalmente e com eficácia?
Negociar racionalmente significa tomar as melhores decisões para maximizar os interesses entre as partes e nem sempre preocupadas em “receber o sim”. Em muitos casos não fazer qualquer tipo de acordo é melhor doque simplesmente “receber o sim”.
Negociar racionalmente significa saber como chegar ao melhor acordo e não ficar satisfeito com um acordo qualquer ou seja, precisamos evitar aquelas decisões que deixam ambos os lados em situações ruins.
Se no passado, o negociador visava atender às próprias necessidades, sem se preocupar com o outro lado envolvido na negociação, atualmente é fundamental satisfazer ambos os lados suprindo assim a ambas necessidades.
Com o passar do tempo, percebeu-se que uma negociação desse tipo – ganha-perde - , teria poucas condições de se manter á médio prazo, pois a parte prejudicada evitaria qualquer tipo de contato com a outra parteenvolvida.
Além disso, é um tipo de negociação que não contribuiria para criar nem manter um relacionamento entre as partes: ao contrário, poderia até contribuir para afetar negativamente ou destruir um relacionamento jáexistente.
A tendência atual deve ser o de se procurar um relacionamento duradouro, que leve à novas negociações no futuro e que mantenha, ou melhore, o contato entre as partes envolvidas, buscando-se atender a ambas (ou mais)partes envolvidas (negociação ganha-ganha).
CONCEITOS DE NEGOCIAÇÃO
1. NEGOCIAÇÃO VOLTADA EXCLUSIVAMENTE PARA OBTER VANTAGEM
“Negociação é um campo de conhecimento e empenho que visa conquistas de pessoas de quem se deseja alguma coisa”. (Cohen, 1980 pág 13)
Aqui, nota-se o desejo de negociar com pessoas, visando a algum interesse. Quando citada “à conquista de pessoas”, refere-se a ter a pessoa sob controle para poder obter melhores resultados na negociação, levandovantagem sobre a outra parte.
Nota-se certo interesse em conduzir a negociação para um lado que proporcione ganhos ou vantagens específicas às custas de prejuízo da outra parte. Aparentemente, este conceito estaria se encaminhando para umanegociação “ganha-perde”.
2. USO DA INFORMAÇÃO E DO PODER
“Negociação é o uso da informação e do poder, com o fim de influenciar o comportamento dentro de uma rede de tensão”. (Cohen, 1980 pág 14)
Aqui, já se nota um enfoque um pouco diferente do anterior. Neste conceito, a informação é um aspecto fundamental no processo de negociação já que poderá influir decisivamente na direção seguida pela negociação.
Quanto ao poder, este divide-se em vários tipos que podem ser utilizados individual ou simultaneamente, dependendo do momento e do desenrolar da negociação e das pessoas envolvidas.
3. IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO
“Negociação é um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta”. (Fischer & Ury, 1985 pág 30)
A comunicação nunca é fácil e, para que a negociação seja bem sucedida, existem algumas condições que devem ser atendidas:
-
Escutar atentamente e registrar o que está sendo dito
-
Falar para ser entendido (não somente aquilo que pensa, mas certificar-se de que se está fazendo compreender)
-
Fale sobre você mesmo (a) e não sobre o outro (a)
-
Fale com objetivo
4. BUSCA DO ACORDO
“Negociação é o processo de comunicação com o propósito de atingir um acordo agradável de diferentes idéias e necessidades”. (Acuff, 1993 pág 21)
Pela definição, há uma grande preocupação com a comunicação no processo de negociação, sendo que a negociação está mais relacionada com a persuasão do que com a utilização do poder. A negociação visa fazer o outrolado sentir-se bem com o resultado da negociação.
Acuff afirma também que “negociação é uma coleção de comportamentos que envolve comunicação, vendas, marketing, psicologia, sociologia e resolução de conflito (Acuff, 1993 pág 21)
5. NEGOCIAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE SATISFAÇÃO DAS NECESSIDADES
Accuff (1993) afirma que o objetivo principal de uma negociação é o de “ajudar a pessoa a conseguir o que pretende”, ou seja, “negociação é vista como um instrumento de satisfação das necessidades básicas das pessoas.”
6. NEGOCIAÇÃO E O RELACIONAMENTO HUMANO
Nierenberg (1981 pág 3) afirma na primeira edição do seu livro de 1968 que:
“Negociação é uma atividade que pode afetar profundamente qualquer tipo de relacionamento humano e produzir benefícios duradouros para todo os participantes”.
Segundo o autor, todo desejo que demanda satisfação é, pelo menos potencialmente, uma oportunidade para as pessoas iniciarem o processo de negociação. Sempre que pessoas trocam idéias com a intenção de formarrelacionamentos, independentemente de chegar a um acordo, elas estão negociando.
7. BUSCA DE INTERESSES COMUNS
Segundo Matos (1989 pág 240):
“Negociação importa em acordo e, assim pressupõe a existência de afinidades, uma base comum de interesses que aproxime e leve as pessoas a conversarem”.
Aqui observamos a importância do diálogo, do relacionamento e da existência de interesse comuns para que se possa chegar a um acordo. Sem conversação não se pode negociar e esta, para ser eficaz, não se improvisa,mas nasce do hábito. Quem nunca conversou, ou não se dispõe a conversar ou a ouvir, trocar opiniões e experiências, não tem condições de se sentar a uma mesa para negociar, pois lhe falta tradição e credibilidade, nãoexistindo confiança.
O que reúne pessoas à mesa de entendimentos são motivos comuns que induzem à convergência de interesses, base das negociações.
8. TODOS NEGOCIAMOS SEMPRE
Segundo Mills (1993 pág 6):
“Todos nós negociamos, pois a negociação é simplesmente um modo muito eficiente de conseguir aquilo que queremos; negociamos para resolver nossas diferenças e negociamos por interesse próprio, para satisfazernossas necessidades.”
Em ambos os lados existem interesses comuns e interesses conflitantes e por isso ela só tem sentido se ambos os lados estiverem presentes.
Finalmente, "Negociação é um processo em que duas ou mais partes, com interesses comuns e antagônicos, se reúnem para confrontar e discutir propostas explícitas, com o objetivo de alcançarem um acordo". (DavidBerlew,1990).
Nesta conceituação temos algumas palavras chave que precisam ser entendidas em conjunto, para compreendermos uma negociação:
PROCESSO: encadeamento de tarefas da negociação no tempo, estabelecido em três etapas:
-
Planejamento (antes da negociação)
-
Execução (durante a negociação)
-
Controle (depois da negociação)
PARTES: indivíduos ou grupos com interesses comuns e antagônicos, envolvidos para que ocorra a negociação, um proponente e um preposto.
INTERESSES: objetivos que as partes têm em relação ao objeto da negociação.
CONFRONTAR E DISCUTIR: processo de comunicação onde as partes interagem fazendo e recebendo propostas.
ACORDO: momento em que o confrontamento e as propostas evidenciam a maior satisfação possível de ambas as partes.
Negociação, sendo um processo, ocorre no tempo, em relação ao qual temos que considerar suas três dimensões básicas: futuro, presente e passado, que correspondem a três momentos do processo administrativo, quaissejam, planejamento, execução e controle.
A idéia de processo é fundamental e, embora seja muitas vezes aceita como tal em termos teóricos, não é em termos práticos, ou seja, comportamentais. E se os conhecimentos teóricos não forem transformados em prática,constituindo a unidade teórica-prática de nada servirão, criando apenas a ilusão do falso conhecimento.
A comunicação é fundamental no processo de negociação. E na negociação o ouvir, dando oportunidade à outra parte de manifestar todos os seus argumentos. Falar e ser entendido, podendo usar para isto de todos osrecursos legítimos ao seu alcance.
Poder conviver com a solução encontrada, pois ela não contraria os valores das partes. Isto é consenso. O consenso em si não importa, obrigatoriamente, na escolha da melhor solução, uma vez que o básico para que eleexista seja a ocorrência das três condições anteriormente mencionadas.
Mas é justamente aí que entra o conceito da sinergia, ou seja, de que o produto final seja maior que a soma das partes. Assim sendo, temos o consenso em sinergia. É sempre oportuno lembrar que a busca da sinergia,juntamente com a eficácia, deve ser uma preocupação constante de todos.
O processo de negociação é também muito semelhante ao processo de tomada de decisão. Em certo sentido, pode-se dizer que a negociação não é nada mais do que uma tomada de decisão.
Cabe sempre lembrar que, dentro da concepção sistêmica de organização, o processo de tomada de decisão, juntamente com o de comunicação, é um dos processos básicos para a integração das partes do sistema.
Tomada de decisão, assim como negociação, importa nos seguintes passos: diagnóstico da situação atual, formulação de objetivos, estabelecimento das alternativas e de critérios para a decisão, bem como no planejamento,implantação e controle da decisão tomada.
ATIVIDADE EM SALA
Texto 1 para discussão:
NEGOCIAÇÃO: O QUE NÃO VALE MAIS PARA A REALIDADE DE HOJE
Eraldo Meireles de Souza
Aprendemos a negociar desde muito cedo, em nossas casas, com nossos pais, irmãos, parentes. No processo de socialização colocam-nos em uma escola onde começamos a aprender a interagir com outras crianças, comoutras pessoas. Lá estamos nós negociando de novo.
Escolas, universidades, namoro, trabalho, casamento, separação, reconciliação, divórcio, novo casamento... haja negociação. Chefes, subordinados, colegas, clientes, fornecedores... e mais negociação. Mas, afinal, comoaprendemos a negociar, quem nos ensinou?
Se aprendemos: boas técnicas, estratégias e táticas inteligentes e oportunas, comportamentos éticos e adequados, é certo que também aprendemos macetes, artimanhas e muitos truques. Outras coisas nem chegamos aaprender. De tudo isto, o que aprendemos e deixamos de aprender, o que será que não está mais valendo para a realidade de hoje? Vejamos algumas coisas.
1) Improvisação e falta de planejamento - a cada dia os negociadores estão mais bem preparados, cercam-se de todas as informações, colhem todos os dados. Diminui sensivelmente o espaço para os improvisadores, paraos que ainda acreditam que são capazes de "dar nó em pingo d’água" ou que pensam que o que deu certo ontem, vai dar certo sempre.
2) Descobrir o ponto fraco do outro e atacar por aí - as negociações bem sucedidas e permanentes são aqueles que valorizam os aspectos positivos dos negociadores. O fato de as pessoas serem diferentes de nós, nãosignifica a que elas sejam defeituosas - são apenas diferentes! A capacidade de perceber e valorizar as diferenças, de transformá-las em relação de complementaridade é que conduz os negociadores ao sucesso.
3) Aplicar truques, macetes e artimanhas - o truque de deixar os outros esperando indefinidamente ou de colocá-los em posição de inferioridade, em vez de torná-los submissos costuma transformá-los em perigososinimigos.
4) Tentar manipular os outros - O que você diz quando um vendedor de varejo o aborda com expressões do tipo: posso ajudá-lo? “Pois não, às suas ordens” e outras semelhantes? Será que, como mais de 90% dosconsumidores você também diz: "Obrigado, estou só olhando!” e vai saindo de fininho... Você como outros não deseja ser manipulado.
5) Agredir, dar murros na mesa, intimidar - quem quer negociar, não está disposto a receber agressões ou a entrar numa guerra. Normalmente quem agride é porque não tem argumentos convincentes.
Façamos uma análise com estas cinco “dicas”. Pense nelas, use sua flexibilidade, aprenda a perceber o que não vale mais nos dias de hoje ao negociar.
MARTINELLI, Dante P.; ALMEIDA, Ana Paula. Negociação: como transformar confronto em cooperação. 1 ed. São Paulo: Atlas, 1997.
ETAPAS DO PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO
Reportamo-nos ao conceito de negociação, para reafirmar que a negociação é um processo contínuo que não se inicia quando as pessoas se defrontam numa mesa. Esta lembrança é fundamental para reafirmar que o"processo" começa muito antes disso e continua após as partes se separarem, até a próxima negociação.
Tudo o que for feito durante uma negociação terá profunda influência na próxima negociação com aquela mesma parte ou pessoa. Muitos parecem se esquecer deste tópico importantíssimo.
Não se deve encarar as etapas como algo rígido. Em alguns casos poderemos suprimir uma ou outra. O importante é ter sempre presente que elas nos ajudam na sistematização do processo de negociação.
Sete são as etapas do processo de negociação - Ronald Bates:
A
PREPARAÇÃO
ABERTURA
EXPLORAÇÃO
APRESENTAÇÃO
CLARIFICAÇÃO
AÇÃO FINAL
CONTROLE/ AVALIAÇÃO
presentamos a seguir cada um dos passos, exemplificando sempre que possível.
1. ETAPA DE PREPARAÇÃO
É importante salientar que nesta fase o outro negociador ainda não está presente, pois se trata do planejamento inicial. Eis os passos:
1.1. Histórico das relações
Uma retrospectiva das negociações e contatos anteriores com a mesma pessoa e/ou sobre o mesmo assunto que nos pode dar subsídios, especialmente em termos de que comportamento/estratégia deve ser usado ouevitado (pense em você e no outro negociador, no que deve ser evitado e/ou mostrado).
1.2. Objetivos ideais e reais
O que gostaria de conseguir, o ideal (máximo desejável) e o que ele precisa e acha que pode conseguir o real (mínimo necessário). A distância entre o ideal e o real constitui a "margem de negociação" que, quanto maisampla, maior flexibilidade nos dará ao longo do processo.
1.3. Presunção da necessidade
O outro negociador precisa ou não do que vai ser proposto, quanto precisa, de que modo precisa. Ninguém "compra" ou "aceita" produtos/serviços/idéias de que não necessita. É neste momento que se pode até desistir danegociação ao se constatar que não interessa à outra parte aquilo que vai ser proposto; neste momento é fundamental o "Conhecimento do negócio", especialmente no que se refere ao atendimento das necessidades daoutra parte.
Também é neste momento que devemos começar a pensar nas necessidades, motivações, expectativas da outra pessoa; a negociação será sempre mais fácil se mostrarmos que o que vai ser proposto vai ao encontro do quea outra pessoa deseja.
1.4. Planejamento das concessões
A negociação é um exercício de concessões; concessões que devem ser planejadas antes do início da negociação e não durante o processo. É importante analisar as implicações de cada concessão e quais interessam mais oumenos à outra parte. Este último aspecto é crítico porque o que não parece importante para nós pode ser fundamental ao outro. Concessões mais importantes devem ser deixadas por último.
1.5. Conflitos potenciais
Toda a negociação é repleta de impasses/conflitos. É preciso pensar em alternativas de solução para os eventuais conflitos antes de a negociação começar; depois pode faltar tempo para isso. Use o seu humor, algo quepossa relaxar a outra parte, uma atividade social, uma concessão extra etc. Isto será mais fácil se já negociou com aquela pessoa.
1.6. Expectativas positivas
Chegou o momento do contato com o outro negociador. Este contato se dará na etapa seguinte - Abertura. No entanto, é preciso garantir que este contato realmente vai acontecer; é necessário transmitir à outra parte que,do nosso ponto de vista, não resta dúvida de que o contato vai ocorrer.
Eis alguns exemplos de transação entre as etapas de Preparação e Abertura:
-
Vamos almoçar juntos amanhã para discutirmos uma nova idéia?
-
Está bem para amanhã, às 4 da tarde?
2. ETAPA DE ABERTURA
Esta é uma das etapas em que o negociador brasileiro se sente mais à vontade. O objetivo básico da abertura é o de criar um clima propício ao desenvolvimento da negociação, deixando à vontade o outro negociador. É oprimeiro contato entre os dois negociadores. Eis os passos sugeridos:
2.1. Redução de tensão
Para não ficar tenso sugere-se você use alguns artifícios como fazer perguntas sobre o próprio local e ambiente de negociação ou mencione algo que você viu/leu que possa interessar ao outro.
2.2. Defina seu objetivo
É o momento de lançar a isca, mostrando que você está lá para resolver um problema, apresentar uma idéia, ou satisfazer uma necessidade.
2.3. Concordância para prosseguimento
É importante definir como você e a outra parte vão trabalhar:
-
Em que local;
-
Durante quanto tempo;
-
Quais os pontos a serem discutidos.
Agora tudo está pronto para a etapa seguinte.
3. ETAPA DE EXPLORAÇÃO
O objetivo básico desta etapa é detectar necessidades, expectativas, motivações da outra parte para, quanto mais ouvir, mais informações você terá; quanto menos avaliativo/opinativo for, menores serão as possibilidadesde conflitos pela divergência de pontos de vista. Haverá oportunidades nas etapas seguintes para você colocar suas opiniões.
Para desenvolver dessa etapa:
3.1. Frase inicial
Esta etapa deve ser iniciada com a seguinte colocação:
-
"Antes de falar sobre minhas idéias, gostaria de ouvir seu ponto de vista sobre..."
-
"Você se incomodaria em me falar um pouco sobre..."
Pode haver uma pequena resistência inicial, mas em geral as pessoas gostam de falar.
3.2. Teste de necessidade presumida
É nesta etapa que você vai verificar se e quanto a outra parte precisa do seu produto, serviço, idéia. Você vai testar se a presunção de necessidade feita durante a etapa de Preparação foi correta .
3.3. Busca de identidade de interesses
Pontos em comum que tendem a criar uma disposição para negociar, facilitando a discussão dos eventuais interesses conflitantes.
3.4. Resumo das descobertas e concordâncias
É preciso confirmar se o que você entendeu foi realmente aquilo que a outra parte disse, mostrando à outra pessoa/parte que você foi um bom ouvinte e que compreendeu tudo o que foi dito.
Use perguntas, tais como:
-
"Quero ver se entendi direito o que você disse..."
-
"Você poderia resumir para mim seu ponto de vista?..."
4. ETAPA DE APRESENTAÇÃO
É nesta etapa, finalmente, que você vai apresentar ao outro negociador sua proposta e uma boa frase para iniciar esta etapa será "com base nas informações que você acaba de me passar, gostaria de sugerir..."
A apresentação pode ser dividida em:
4.1. Descrição dos seus produtos, serviços, idéias (características)
Enumeração das características de sua proposta, sempre enfatizando aqueles pontos que o outro negociador considera mais importantes.
4.2. Problemas resolvidos por sua proposta (soluções)
Mostre ao outro negociador quais os problemas dele que sua proposta resolve.
4.3. Benefícios decorrentes de sua proposta (benefícios)
Além de descrever sua proposta, de mostrar os problemas que ele resolve, é preciso enfatizar quais os benefícios que a proposta traz para o outro negociador, inclusive da natureza pessoal.
5. ETAPA DE CLARIFICAÇÃO
Este é o momento de esclarecer alguma dúvida pendente. Uma boa pergunta para se iniciar a Clarificação será: "Algo do que eu disse não ficou suficientemente claro?"
Na Clarificação procure seguir estes passos:
5.1. Esteja preparado para responder às objeções
Prepare respostas para objeções sobre: custo, duração, experiências negativas anteriores, pessoal etc.
5.2. Evite frases perigosas
Não usar: "Você não entendeu nada"
"Não é nada disso"
"Sim, mas...".
Usar: "É um ponto de vista, quero acrescentar algumas informações..."
"Está certo você se sentir assim, por isso, vou lhe dar algumas informações".
5.3. Aceite as razões do outro
As pessoas são diferentes, algumas apresentam objeções com base na lógica, outras com base no "feeling"/sentimento. Neste momento, procure não ser contra o que o outro está dizendo, mas acrescentarfatos/informações/depoimentos que possam fazê-lo concluir pelo seu ponto de vista.
5.4. Levante dúvidas potenciais
Faça perguntas que certamente aumentarão a confiança do outro em você, do tipo:
"Você não perguntou nada sobre isso, mas queria esclarecer...”
"Normalmente as pessoas me questionam sobre..."
6. ETAPA DE AÇÃO FINAL
É aqui que ocorre o fechamento do negócio, e se as fases anteriores foram bem desenvolvidas, certamente esta etapa será mais fácil. Eis alguns passos a serem seguidos:
6.1. Atenção aos sinais de aceitação
Preste atenção às colocações do outro; veja se ele já se imagina usando os produtos serviços que você está propondo.
Eis algumas perguntas que podem provocar sinais de aceitação:
"Você gostaria de pagar à vista ou à prazo"
"Você prefere verde ou amarelo?”
"Você quer implantar o programa agora ou em um mês?".
6.2. Torne sua proposta reversível
“Se não gostar, nós lhe devolveremos o dinheiro".
"Comece por esta pequena unidade; se não der certo, você poderá voltar atrás sem grandes problemas".
A reversibilidade alivia o ônus da decisão.
6.3. Apresente opções
"Você gostaria de comprar dez ou vinte?"
"A vista ou a prazo?"
6.4. Recapitule vantagens e desvantagens
Sempre enfatizando as vantagens do ponto de vista do outro.
6.5. Proponha uma data para teste experimental
"Você gostaria de testar isto na segunda-feira, sem qualquer ônus?"
6.6. Proponha o fechamento do negócio
"Vamos assinar o contrato?"
"Quer passar no meu escritório para levar o primeiro lote?"
Ninguém assumirá um compromisso se isto não lhe for pedido. Boa parte das negociações não se concretiza simplesmente porque se deixa de lado esta solicitação de fechamento do negócio.
7. ETAPA DE CONTROLE / AVALIAÇÃO
Esta etapa é tão fundamental quanto as anteriores, sabendo-se que ainda resta:
7.1. Controle do que foi acertado
-
Em termos de prazos, custos, condições etc.
-
Medidas para a implantação do que foi negociado.
7.2. Avaliação
-
Comparação do previsto com o realizado na negociação.
-
Análise das concessões e suas conseqüências
-
Notas e observações para a próxima negociação
-
Nas negociações importantes, procure fazer uso das anotações; ao final faça um resumo da negociação; este será de grande utilidade para próximo encontro.
Aprenda a Negociar
Uma negociação pode ser considerada boa quando ambas as partes saem ganhando. Não existe um modelo básico de negociação, mas um conjunto de habilidades e técnicas que tornam você um bom negociador.
E lembre-se:
- O mais importante é que você domine as características do que está sendo negociado.
- Ter conhecimento interpessoal dos negociadores e identificar seus pontos fortes e fracos também ajuda na hora da negociação.
Etapas de uma negociação
A negociação exige algumas etapas que devem ser seguidas e observadas. Não devemos encarar as etapas como algo rígido. Em alguns casos, pode-se suprimir uma ou outra. O importante é ter sempre presente que elas nosajudam na sistematização do processo de negociação. São elas:
- Preparação: estabelecer objetivos que devem ser alcançados e os que a realidade permitirá atingir. Para isso é preciso refletir sobre o comportamento do outro negociador.
- Abertura: criar um clima de abertura, reduzindo a tensão. Deixar claro os benefícios esperados do trabalho conjunto.
- Exploração: ser objetivo. Estabelecer uma reciprocidade psicológica, em que as pessoas tendem a tratar os outros da mesma forma que são tratadas.
- Apresentação: devem-se colocar claramente os objetivos e expectativas iniciais de ambas as partes.
- Clarificação: devemos considerar as objeções levantadas como oportunidades para detalhar mais o objetivo. Assumir mais uma postura de ouvinte atento.
- Ação Final: é aqui que ocorre o fechamento do negócio. Se as etapas anteriores foram bem desenvolvidas, essa etapa é facilitada. Não esquecer de oferecer opções de escolha para o outro negociador.
- Controle/Avaliação: é quando, já concluída a negociação e distante do outro negociador, verifica-se o saldo da negociação, os seus pontos positivos e negativos. Refletir sobre o que se passou é bom para não se cometer futuramente os mesmoserros. Poucos gerentes avaliam a negociação, porque não consideram a possibilidade de voltar a negociar com a mesma pessoa.Uma negociação pode ser considerada boa quando ambas as partes saem ganhando. Não existe um modelo básico denegociação, mas um conjunto de habilidades e técnicas que tornam você um bom negociador.
E lembre-se:
- O mais importante é que você domine as características do que está sendo negociado.
- Ter conhecimento interpessoal dos negociadores e identificar seus pontos fortes e fracos também ajuda na hora da negociação.
Etapas de uma negociação
A negociação exige algumas etapas que devem ser seguidas e observadas. Não devemos encarar as etapas como algo rígido. Em alguns casos, pode-se suprimir uma ou outra. O importante é ter sempre presente que elas nos ajudam na sistematizaçãodo processo de negociação. São elas:
- Preparação: estabelecer objetivos que devem ser alcançados e os que a realidade permitirá atingir. Para isso é preciso refletir sobre o comportamento do outro negociador.
- Abertura: criar um clima de abertura, reduzindo a tensão. Deixar claro os benefícios esperados do trabalho conjunto.
- Exploração: ser objetivo. Estabelecer uma reciprocidade psicológica, em que as pessoas tendem a tratar os outros da mesma forma que são tratadas.
- Apresentação: devem-se colocar claramente os objetivos e expectativas iniciais de ambas as partes.
- Clarificação: devemos considerar as objeções levantadas como oportunidades para detalhar mais o objetivo. Assumir mais uma postura de ouvinte atento.
- Ação Final: é aqui que ocorre o fechamento do negócio. Se as etapas anteriores foram bem desenvolvidas, essa etapa é facilitada. Não esquecer de oferecer opções de escolha para o outro negociador.
- Controle/Avaliação: é quando, já concluída a negociação e distante do outro negociador, verifica-se o saldo da negociação, os seus pontos positivos e negativos. Refletir sobre o que se passou é bom para não se cometer futuramente os mesmoserros. Poucos gerentes avaliam a negociação, porque não consideram a possibilidade de voltar a negociar com a mesma pessoa.
Estratégiase táticas
-
Comece a negociação fornecendo e solicitando informações. Deixe para depois os julgamentos, opiniões e valores.
-
Faça o planejamento por escrito.
-
Trace antecipadamente as características do outro negociador.
-
Coloque-se no lugar do outro negociador.
-
Nunca esqueça que um negócio só é bom quando ambas as partes saem ganhando.
-
Evite perguntas cujas respostas sejam “sim” ou “não”.
-
Gere confiança no outro negociador.
-
Evite colocações definitivas ou radicais.
-
Não pressione o outro negociador. Lembre da terceira Lei de Newton: "a cada ação corresponde a uma reação em sentido contrário e com a mesma intensidade".
-
Esteja sempre preparado para uma situação de conflito.
-
Lembre-se que toda pessoa tem estilos, necessidades e motivações diferentes.
-
Veja os aspectos positivos do outro negociador.
-
Desenvolva contra-argumentos previamente.
-
Não se intimide com ofertas finais.
-
Negocie sempre pensando no amanhã.
Pecadosdonegociadorbrasileiro
- Prende-se a detalhes e esquece o todo.
- Provoca ressentimentos explorando as fraquezas da outra parte;
- Evita o conflito, em vez de o administrar.
- Confia demais em suas habilidades e queima etapas importantes de negociação.
- Improvisa muito, abusando do jogo de cintura e desprezando o planejamento.
- Não cumpre prazos ou promessas e, com isso, perde credibilidade;
- Preocupa-se apenas com o seu lado.
- Ignora as diferenças e desrespeita a lógica do outro negociador;
- Trabalha com uma margem estreita.
- Não explora convenientemente o fator tempo, tornando-se impaciente.
- Assume com freqüência uma postura defensiva.
- Está mais preocupado em falar do que em ouvir.
- Possui baixa flexibilidade e não costuma colocar-se no lugar do outro.
- Utiliza termos técnicos ou linguagem inacessível à outra parte.
- Não dá importância devida aos resultados da negociação.
ESTILOS DE NEGOCIAÇÃO
Estilos
Conceitos
Comportamentos Típicos
Comportamentos Extremos
Persuasão
levar os outros a aceitar asua idéia
- fazer propostas e sugestões
- argumentar, raciocinar e justificar
dispersão:
- propostas apresentadas e não defendidas
- argumentos incapazes de levar à propostastangíveis
Afirmação
impor e Julgar o outro
- fazer conhecer exigências e normas
- expor seu ponto de vista e seus desejos
- avaliar os outros e a si mesmo
- punir, recompensar e conceder
tirania:
- excesso de pressão sem manifestaçãoclara de expectativas
- uso indiscriminado do poder de posição
Ligação
compreender o quadro dereferência do outro
- encorajar a participação do outro
- procurar pontos de acordo
- escutar com empatia
indecisão:
-apoiar ou escutar o outro com um fim em simesmo
-reformulações constantes de propostas
Atração
abrir-se ao outroprocurando envolvê-lo
- influenciar ao outro pelo seu própriocomportamento
- seduzir, motivar o outro, elevar o moral
- partilhar informações
- reconhecer os próprios erros
falsidade:
- reconhecer falhas e dúvidas inexistentes
- uso excessivo do poder pessoal
1. COMUNICAÇÃO
Proveniente do latim “communicatione”, que significa ato ou efeito de emitir, transmitir e receber mensagens por meio da linguagem falada ou escrita quer de outros sinais ou símbolos, quer do aparelhamento técnicoespecializado, sonoro e / ou visual.
2. DEFINIÇÃO
Dentre as diversas definições de comunicação, apresentamos três delas:
-
É o processo mediante o qual, duas ou mais pessoas se entende
-
É a mútua troca de idéias, através de qualquer efetivo
-
Transmissão ou intercâmbio de pensamentos, opiniões ou informações, através da fala, da escrita ou de símbolos
A comunicação não é uma função intermitente do ser humano, e sim contínua. Não é também uma tarefa ocasional que o ser humano escolhe. É essencial para a continuação da existência do homem, do mesmo modo que aregularidade das batidas do seu coração.
PORTANTO, PODEMOS AFIRMAR
“ A ESSÊNCIA DO SER HUMANO É COMUNICAR E RECEBER COMUNICAÇÃO”.
3. O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
QUEM DIZ O QUE DE QUE MODO A QUEM
TRANSMISSOR
RECEPTOR
MENSAGEM
CANAL
FEEDBACK
4. OBSTÁCULOS DA COMUNICAÇÃO
Falta de conhecimento (insegurança)
Falta ou excesso de liberdade
Ambiente impróprio (físico e social)
Falta de objetividade
Canal inadequado
Falta de “feedback”
Falta de planejamento (prioridades estabelecidas de forma aleatória)
As pessoas não sabem ouvir
Anseio por falar demasiadamente
Vícios de linguagem e dicção
Vocabulário não adequado ao receptor
Deficiências de recursos (intelectuais e materiais)
Falta de carisma, simpatia e humildade
Falta de comunicação em tempo hábil
Inferência (suposição – hipótese – dedução) e Boatos
4.1. IMPORTÂNCIA DO FEEDBACK NO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
O processo de comunicação é muito complexo e as chances de se enviar ou receber mensagens errôneas são enormes. Além disso, o processo de comunicação depende excessivamente da questão da percepção, que variamuito de pessoa para pessoa. Várias vezes tenta-se transmitir algo e o que é captado pelo receptor é totalmente diferente daquilo que o transmissor enviou. Trata-se do problema dos ruídos na comunicação, que ocorremcom muita freqüência e que podem distorcer e alterar ou até invalidar um processo de comunicação.
Por isso, o Feedback é fundamental, de maneira a se poder avaliar e rever aquilo que foi transmitido e captado, o que ajuda no prosseguimento num processo de negociação para atingir o melhor acordo dentro dosinteresses dos envolvidos. E, Feedback pode ser definido como qualquer reação a um determinado estímulo recebido e seu objetivo é proporcionar informações a outra pessoa sobre como percebe o estímulo recebido ecomo este afeta o seu comportamento. Portanto, deve-se focalizar o Feedback:
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No comportamento e não na pessoa
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Em observações e não em interferências
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Em descrição e não em julgamentos
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Na atitude de compartilhar idéias e informações e não em dar conselhos
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Na exploração de alternativas e não em respostas e soluções
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No valor que ele possa ter para quem o recebe e não no valor que ele proporciona a quem o dá
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Na quantidade de informações que a pessoa que o recebe pode usar, e não na quantidade que o emissor possa transmitir e gostaria de fazê-lo
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Em um tempo e lugar nos quais dados pessoais possam ser compartilhados em ocasiões apropriadas
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Naquilo que é dito e não em porque é dito
5. ERROS NA COMUNICAÇÃO
A comunicação oral é predominante nas negociações, razão pela qual destacamos algumas ocorrências que deverão ser evitadas:
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Hábito de interromper ou falar ao mesmo tempo que outra pessoa
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Preocupação em mostrar que tem cultura
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Vontade de querer dominar a conversa e o assunto
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Falta de seqüência na conversação
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Vícios de querer fazer graça
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Espírito de contradição
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Falta de calma na apresentação dos argumentos
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Trazer à baila assuntos pessoais em detrimento dos de ordem geral
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Falar alto ou baixo demais, dificultando o entendimento
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Falar muito depressa, a ponto de cansar rapidamente o ouvinte
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Falar, fazendo pausas enormes
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Falar, iniciando ou terminando a frase com não
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Falar sem fazer pausa, perdendo o fôlego ou tornar incompletas certas palavras, por falta de respiração
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Falar, trocando o L pelo R
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Falar, não terminando as frases ou mutilando palavras. As idéias ficam sem sentido
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Falar, sem tornar claro os encontros consonantais ou omitir seus componentes (“pograma”, “pobrema”)
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Falar com monotonia
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Falar pelo nariz, anasaladamente
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Falar segurando canetas, óculos, procurando um apoio para a própria intranqüilidade
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Falar sem saber o que fazer com as mãos
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Falar usando cacoetes: piscar continuamente, endireitar a gravata, roer ou tirar esmalte das unhas.
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Falar repetindo freqüentemente: entendeu? Né? Compreendeu? Ta? Certo?
6. A ARTE DE OUVIR
“FALAR É PRATA. OUVIR É OURO” Este ditado árabe ilustra a importância do ato de ouvir. Com esta habilidade desenvolvida, as pessoas negociam melhor, atendem às necessidades dos clientes, negocia bem as disputasentre partes conflitantes e avalia com maior percepção as suas próprias decisões.
Nem sempre, entretanto, tal capacidade é adequadamente praticada nas empresas modernas, resultando em prejuízos profissionais e empresariais. Aliás, os prejuízos que se acumulam no mundo dos negócios em função dapouca capacidade em ouvir, certamente são enormes. E este peso, proveniente da falta de atenção, direção e reflexão por parte dos seus profissionais, recai diretamente obre os resultados da empresa.
7. QUAL A REAÇÃO DE UMA PESSOA QUANDO OS OUTROS NÃO A OUVEM
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Quantas vezes fomos interrompidos no meio de uma frase ou explanação?
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E aquelas pessoas que gentilmente terminam a frase para nós, colocando as palavras antes de conseguirmos verbalizar a nossa?
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Já ficamos diante da pessoa cuja expressão facial deixa claro que não lhe está dando a mínima atenção.
Seja qual for a nossa reação, certamente a sensação não é boa. O mau ouvinte sempre causa uma impressão ruim, porque desvaloriza tanto a outra pessoa, quanto aquilo que ela está procurando expressar.
8. COMO DESENVOLVER A HABILIDADE DE SABER OUVIR
Não se pode negociar sem ouvir. Pode-se pedir, conceder, tentar coagir a outra parte, porém enquanto não se estiver preparado para ouvir o que a outra parte deseja, não se estará preparado para negociar. Ouvir envolve:
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Escutar – estar atento para ouvir
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Entender – interpretar, perceber, alcançar o sentido da idéia
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Absorver – aplicar, concentrar
Isto representa que o negociador tem que ouvir não só as palavras, mas também a mensagem implícita por trás delas. Saber ouvir exige reflexão, questionamento e poder de síntese sobre aquilo que está acontecendo.Resumir o que está acontecendo é tão importante que não deve ser deixado para o final da negociação. Deve ser feito ao longo de todo o processo de negociação, o que traz benefícios para ambas as partes tais como:
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Esclarecer e reforçar as mensagens (para o transmissor e para o receptor)
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Conceder ao transmissor a oportunidade de correção do receptor, caso este sintetize de maneira equivocada
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Fechar um assunto para poder passar para outro
A maioria das pessoas pensa que ouve bem, assim como pensa que tem senso de humor. Mas ouvir é a habilidade mais negligenciada na comunicação. O problema não é conseguir com que as pessoas falem, mas conseguircom que os líderes ouçam. Portanto, ter consciência de que ouvir é um processo ativo e para tal, desenvolver a habilidade de bem ouvir.
Na figura a seguir, apresentamos o que podemos chamar de “ouvinte aberto” o qual consegue captar as mensagens com maior amplitude.
POSTURA, EXPRESSÃO FACIAL
HESITAÇÃO, SILENCIO
ÊNFASE, INFLEXÕES
CONTEÚDO VERBAL DA MENSAGEM
ZONALIMITE
EMOÇÃO
TOM DE VOZ
COISAS NÃO FALADAS
Parte do aprendizado de uma habilidade é a de ter consciência de que existe a dificuldade e de que é necessário aperfeiçoar a competência para fazê-lo. Para melhor compreensão, apresentamos a seguir o modelo decompetência consciente e inconsciente:
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INCOMPETÊNCIA INCONSCIENTE – Alguém que nunca dirigiu um automóvel, não sabe qual a dificuldade que existe para fazê-lo.
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INCOMPETÊNCIA CONSCIENTE – Ao começar a aprender a dirigir, percebe-se o quão mal se dirige.
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COMPETÊNCIA CONSCIENTE – Ao ser habilitado, o motorista torna-se competente, porém ainda muito consciente daquilo que está fazendo.
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COMPETÊNCIA INCONSCIENTE – Depois de muitos anos dirigindo, o motorista pode continuar a dirigir cautelosamente, porém sem a necessidade de continuar pensando em cada um dos seus atos ao dirigir, poismuitos atos passam a ser inconscientes.
9. CLASSIFICAÇÃO DA COMUNICAÇÃO
Em relação à comunicação organizacional, dizemos que ela flui em três direções:
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Ascendente
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Descendente
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Horizontalmente
A Comunicação Organizacional Ascendente ocorre quando as mensagens são transmitidas dos níveis mais baixos para os níveis mais altos hierárquicos na organização. Ex: problemas, sugestões de aperfeiçoamento,relatórios de desempenho, queixas e disputas, informações financeiras e contábeis
Para facilitar a Comunicação Organizacional Ascendente, as organizações utilizam mecanismos como:
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Sistemas de Informações Gerenciais,
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Conversas entre executivos e trabalhadores
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Caixa de Sugestões
Apesar desses esforços, existem muitas barreiras no desenvolvimento da Comunicação Ascendente.
Por sua vez, a Comunicação Organizacional Descendente constitui-se basicamente das mensagens enviadas dos superiores aos subordinados, abrangendo tópicos como:
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Implementação de metas
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Estratégias
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Instruções de trabalho
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Procedimentos
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Feedback sobre desempenho
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Transmissão de missão e valores culturais da organização, dentre outros
A Comunicação Organizacional Horizontal, por sua vez, é a troca de mensagens laterais ou diagonais entre os pares, cujo propósito, além de informações, é solicitar apoio e coordenar atividades.
Há ainda a Comunicação Formal e Informal.
Na Comunicação Formal, utiliza-se um canal que é exercido com a responsabilidade de comando normalmente definida pela organização. Assim temos que os gestores são responsáveis por criar e manter os canais formaisde comunicação
A Comunicação Informal, existe além daqueles canais formalmente autorizados, sem considerar a hierarquia da organização, coexistindo com a Comunicação Formal, passando através dos canais de comando, podendoatingir inclusive a todos na organização.
PORTANTO
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Identifique seus pontos fracos ao escutar as pessoas e medir sua eficácia em escutá-los
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Procure eliminar o “nunca” e o “raramente” das respostas
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Pare um pouco e pense nas melhorias do aumento de sua capacidade individual em escutar com eficácia.
Então, podemos desenvolver as habilidades de ouvir da seguinte maneira:
9. O SABER ESCUTAR BEM – OS DEZ MANDAMENTOS DO BOM OUVINTE
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Parar de falar
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Colocar-se à vontade
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Mostrar que quer ouvir
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Afastar as distrações
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Buscar a empatia
6. Ser paciente
7. Dominar o temperamento
8. Ir direto ao assunto e à crítica
9. Perguntar
10. Parar de falar
Texto: NEGOCIAÇÃO PERSONALIZADA PARA ACORDOS POSITIVOS E DURADOUROS
Marco Antonio Lampoglia
O mundo em que vivemos é uma grande negociação. Estamos na Era da Informação. As relações estão cada vez mais horizontalizadas. Formam-se equipes de trabalho, força-tarefas, joint ventures, alianças estratégicas,empresas fundidas ou adquiridas. Nesta Era da Informação a forma predominante está sendo a negociação cooperativa, de benefício mútuo. O Poder de Posição está sendo enfraquecido pelo Poder Pessoal. Percebemos queas relações e conflitos entre pais e filhos, homem e mulher, entre chefes e subordinados, entre amigos, colegas de trabalho, fornecedores e clientes, estão mudando porque no mundo os valores, os interesses estãomudando. Hoje para atingir os nossos objetivos dependemos de dezenas de pessoas. Não podemos mais impor uma decisão, somos obrigados a negociar. Nosso maior desafio, atualmente, é como nós podemos noscomunicar eficazmente e aprendermos a trabalhar junto. Quanto maior a interdependência significa mais conflito, e não menos. Negociar, portanto, tornou-se para os dias de hoje uma das maiores, se não a maior,habilidade humana. A negociação é uma verdade da vida. Comunicamos-nos de forma bidirecional concebida para chegar a um acordo, quando você e o outro lado têm alguns interesses em comum e outros opostos.
Durante os seminários que realizo e atuando também como mediador em muitas negociações comerciais, empresariais e sindicais, observo que a maioria dos negociadores utiliza métodos padronizados ultrapassados,porque negociam de forma posicional, iludindo a outra parte quanto as suas verdadeiras opiniões, fazendo algumas concessões para manter a negociação em andamento. A barganha posicional converte-se numa disputa devontades.
Você já se viu negociando com vendedores de carros? Ficamos irritados como somos tratados. Cada um dos lados tenta, através da mera força de vontade, “escondendo o leite”, forçar o outro a alterar sua posição. Assim, abarganha posicional destrói o relacionamento entre as partes. Agora, como se comportam os excelentes negociadores? Como eles conseguem admiração, respeito e relações duradouras?
Observamos durante muitos anos que eles que eles usam a Negociação Personalizada. Os conflitos são resolvidos de forma cooperativa, produzindo resultados ótimos para todos. Eles usam a sua comunicação natural.Preparam-se muito antes, durante e depois da negociação. Usam suas habilidades de percepção e observação para entender melhor os estilos de negociação dos outros. Negociam por princípios. São exímios em saber ouvir.Concentram-se no que há por trás das posições e interesses. Criam opções de ganhos mútuos. Utiliza–se de critérios ou padrões pesquisados e objetivos para gerar confiança e eliminar dúvidas, receios.
São flexíveis e criativos quanto às propostas. Lidam com as objeções de forma clara e transparente. Cumprem o que foi acordado sempre. Investigam o grau de satisfação da outra parte. São éticos, porque só pensam emfazer o bem para o outro. São excelentes como negociadores porque acreditam no que estão dizendo e fazendo.
Aprender com negociadores excelentes é perceber que eles lidam não com representantes abstratos do “outro lado”, mas sim com seres humanos e saber que pode ser útil ou desastroso. Confiança, compreensão, respeitoe amizade se constroem no tempo. E queremos estar bem consigo mesmo e com as pessoas. Um dia, um excelente negociador me disse: “Vale a pena indagar-se: Será que estou prestando atenção suficiente ao problemasdas pessoas? ” Isso sim é um grande ponto de partida para aprendermos a utilizar essa maior habilidade ou competência exigida no mundo de hoje chamada de Negociação.
Exercício:
Uma idosa entra numa loja de ferragens e o balconista a cumprimenta se oferecendo para ajudar. Ela responde que está procurando um aquecedor, e o balconista diz: Puxa, a senhora tem sorte! Estamos com uma ótimapromoção destes aquecedores, com vários modelos a escolher. Vou lhe mostrar.
Então, após uns 30 ou 45 minutos apresentando controles duotérmicos, indução de calor e todos os fatores envolvidos na operação de um aquecedor, incluindo os atributos e vantagens de cada um dos 12 modelos, ele sevira para a velhinha dizendo: “Então, a senhora tem alguma pergunta?”.
Ela responde: - Tenho sim meu filho. Qual desses aparelhos poderá manter uma velhinha aquecida?
O balconista cometeu algum erro? Qual?
Se você estivesse em seu lugar, o que faria diferente? Descreva conforme o modelo acima e, se necessário, acrescentando informações.
IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO
HABILIDADES DE OUVIR
Quando transmitimos a mensagem utilizamos palavras e conceitos com base na nossa formação, experiência, anseios, medos, preconceitos, enfim, é a nossa estrutura de vida que atua na elaboração das informações quedesejamos comunicar. Ao chegar no ouvinte essas palavras e conceitos serão recebidos e interpretados pela estrutura de vida dele, ou seja, pela sua formação, experiência, anseios, medos, preconceitos, isto é, por um serformado de uma maneira provavelmente distinta. Por isso, a mensagem transmitida nem sempre é a mesma mensagem recebida. Normalmente, quando a mensagem se depara com essas duas formações de vida diferenteshá, naturalmente, a produção de uma terceira mensagem que prevalece, distinta daquela que comunicamos e daquela que foi ouvida.
O ideal seria transmitir uma mensagem e fazer com que o ouvinte recebesse exatamente a mesma informação que desejamos. Para que possamos nos aproximar desse ideal, de fazer com que as pessoas recebam asinformações que desejamos comunicar, precisamos aprender a conhecer bem os ouvintes.
As pessoas são diferentes
Esse deve ser o primeiro aprendizado sobre os ouvintes: as pessoas são diferentes, heterogêneas. Não vamos encontrar um grupo homogêneo, nem mesmo de pessoas parecidas na formação e maneira de pensar. Mas, pormais diferentes que sejam as pessoas, por mais distintos e heterogêneos que sejam os grupos, sempre poderemos identificar características predominantes que nos permitirão transmitir a mensagem de maneira maisapropriada. Portanto, o que precisamos aprender a conhecer nos grupos são os seus pontos comuns de identificação.
Para isso, vamos classificar de maneira didática quais são as características predominantes que podemos analisar nas pessoas:
Nível intelectual
Ao chegar diante de um grupo precisamos saber qual é o nível intelectual predominante dos ouvintes. Será que estamos diante de pessoas com nível intelectual predominantemente médio para baixo, ou médio para cima? Aforma de transmitir a mensagem deve ser diferente em cada um dos casos.
Se o nível intelectual predominante for médio para baixo, isto é, um grupo composto de pessoas incultas, despreparadas, com dificuldade de entendimento, não poderá transmitir informações de maneira complexa a partirde pensamentos abstratos, pois elas não conseguirão acompanhar o raciocínio e perderão o interesse. Assim como não seria conveniente desenvolver uma brilhante e consistente linha de argumentação e ao final pedir aesse tipo de platéia que refletisse e chegasse a uma conclusão, porque é fácil deduzir que por serem incultas e terem dificuldade de compreensão não conseguiriam sozinhas chegar à conclusão que pretendêssemos.
Quando percebermos que as pessoas possuem essas características, ou seja, nível intelectual médio para baixo, precisa transmitir as informações de maneira clara, simples, acompanhadas de ilustrações, pois com ashistórias conseguem entender com mais facilidade a mensagem; devemos nos empenhar em repetir os conceitos importantes várias vezes, dando oportunidades adicionais para que compreendam bem a linha de raciocínio;e se depois de alguns argumentos resolvermos levantar uma reflexão nós é que deveremos dar a conclusão, sempre com o objetivo de facilitar o entendimento deles.
Ao contrário, se o nível intelectual predominante do grupo for médio para cima podemos apresentar as informações por meio de raciocínios mais abstratos e complexos, pois conseguirão acompanhar nossas idéias comfacilidade; e se depois de alguns argumentos resolvermos levantar uma reflexão podemos deixar a conclusão por conta deles, porque terão condições e prazer em chegar sozinhos às conclusões que desejamos.
Tipos de ouvintes:
A maioria das pessoas tem fortes preferências para o sistema a qual tem maior tendência. Uma vez, se você descobrir qual sistema e mais desenvolvido, na pessoa que você está tentando se comunicar, você estarásimplificando radicalmente o caminho para ter uma boa sintonia com ela.
Existem 3 tipos de sistemas de desenvolvimento numa pessoa, porém um dos três ela usa mais.
1. AUDITIVO: Aprende pelo que ouve. Compreende melhor o mundo através do ouvido. Prestam atenção no que as pessoas dizem e não no que elas mostram ou fazem. As palavras significam muito para elas. É possívelidentificá-las pela maneira que falam, pois falam modularmente, nítida e ressonante.
2. VISUAL: Aprende pelo que vê. Compreendem melhor o mundo através daquilo que vêem, através das imagens. A fala é sempre rápida em tom alto e agudo, as vezes forçada, porque elas tentam por imagens às palavras,possuem tendências a falar por metáforas, usam bastante os dedos para indicar. Para eles o que importa é o resultado visual.
3. CINESTÉSICO: Aprende pelo que faz. Compreende melhor o mundo através de sensações. Costumam aprender melhor, mediante à tarefas. Possuem dificuldade em prestar atenção ao discurso, mas mostramdesenvoltura em realizar tarefas. Essas pessoas falam num tempo lento, às vezes com longas pausas e num tom baixo e profundo. Seu gesto característico é o tato com as pessoas.
Para cada tipo de pessoa devem-se usar métodos específicos:
VISUAL
AUDITIVO
CINESTÉSICO
Deve-se valer de recursos visuais, taiscomo quadros, filmes, slides, etc.
Deve fazer perguntas que o façam"visualizar" o assunto.
Gestos ajudam a transmitir melhoruma mensagem para à pessoa visual.
Deve modular a sua voz durantea apresentação; deve aumentá-la ou diminuí-la de acordo com omomento.
A voz assume um papel crucialno aprendizado do auditivo. Porisso fale moduladamente e bemclaro.
Coloque alguma tarefa para serdesenvolvida.
Movimente-se na sala: ocinestésico gosta de movimento.
Faça-o "sentir" a apresentação.
Conhecendo o ouvinte
Como identificar estes tipos de sistemas em sala de aula, palestra, conferência, etc? A resposta é “Pelo olhar!”
Os visuais costumam olhar para cima, procurando imagens no seu cérebro.
Os auditivos olham para os lados, procurando sons que tragam lembranças.
Os cinestésicos olham para baixo, procurando sensações que a matéria deixou.
Vale a pena ressaltar que, em uma apresentação você precisa ser "poliglota". Deve falar para todos estes tipos de ouvintes ao mesmo tempo. Portanto, gesticule. Fale modulado; toque-os, mande-os realizar tarefas; olhe-onos olhos quando fizer uma pergunta.
1. INTRODUÇÃO COMUNICAÇÃO NÃO VERBAL
Quando se pensa em comunicação, a idéia inicial é a comunicação verbal, embora não seja a única como também não é o método mais utilizado no processo de comunicação.
Sempre se assume que a comunicação oral é o meio eficiente para a troca de informações, porém é preciso que o Emissor (Transmissor) consiga transmitir com precisão aquilo que se pretende enquanto que o Receptor deveouvir efetivamente para que seja capaz de absorver adequadamente a mensagem.
Além disso, a comunicação oral pode e deve ser complementada adequadamente com a comunicação não verbal. Aquilo que se diz representa normalmente apenas uma parte da comunicação. A outra parte que representapensamentos e atos dos participantes do processo é transmitida através da comunicação não verbal.
2. COMUNICAÇAO NÃO VERBAL
Na comunicação não verbal, a linguagem corporal ocupa parcela importante e inclui gestos, expressões faciais e posturas que revelam os verdadeiros sentimentos do Emissor.
No processo de negociação, além da comunicação verbal, saber interpretar claramente a linguagem corporal traz algumas vantagens em diversos aspectos:
Perceber Sentimentos Pessoais – Um sorriso ou algumas palavras de reafirmação podem esconder aborrecimentos, agressões ou impaciências. A análise de sinais pode levar o negociador a perceber o que está acontecendoe assim ter uma melhor reação possível.
Sentimento Entre as Duas Partes – O sucesso de uma negociação pode ser ajudado pelo calor percebido pelos sentimentos que envolvem as duas partes. Portanto, deve-se evitar transmitir mensagens infelizes, que possamprecipitar reações negativas da outra parte.
Percepção – Um negociador consciente é capaz de perceber se está sendo recebido de maneira positiva ou negativa, se está causando interesse ou não, além de possíveis sinais de frustração da outra parte.
Convém salientar que a comunicação não verbal pode apresentar alguns grupos de gestos típicos como, por exemplo:
Gestos Calorosos – (normalmente acompanhados por um relaxamento no tom de voz)
Gestos simpáticos
Proximidade (posturas corporais similares)
Sorrisos
Gestos expansivos
Submissão – (com tom de voz baixo)
Interrupções permitidas
Cabeça baixa
Olhos voltados para baixo
Tocar a face
Dominação – (acompanhado de tom de voz alto, porém controlado)
Ignorar respostas
Interrupções
Muita proximidade
Apontar o dedo ou outros gestos forte
Hostilidade – (com tom de voz áspero)
Postura agressiva
Arregalar olhos
Não dar nenhum feedback ao que a pessoa está dizendo
Punhos cerrados
Observar os gestos e atitudes das pessoas pode levar o negociador a identificar as atitudes e disposição da outra parte.
Como a disposição das pessoas pode mudar muito rapidamente, a consciência e a correta interpretação da linguagem corporal pode indicar claramente essas mudanças.
Essas atitudes podem ser classificadas em Atitudes Positivas e Atitudes Negativas.
Atitudes Positivas
Confiança, cooperação, relaxamento, disposição, boa vontade, expectativa e presteza, interesse, avaliação, contemplação, mente aberta, aceitação, dominação, superioridade, agressividade
Atitudes Negativas
Frustração, aborrecimentos, ansiedade, nervosismo, postura defensiva - não aceitação
Num processo de negociação, o comportamento não verbal pode ser utilizado ao ser empregado para reforçar a comunicação verbal.
Se o objetivo é criar uma atmosfera propícia, na fase de abertura para atingir um acordo, podemos utilizar várias atitudes positivas a serem utilizadas, tais como sorriso, gesticulação de maneira expansiva, juntar-se à outraparte do mesmo lado da mesa, sentar-se no mesmo nível.
Se na fase de teste de uma negociação, o objetivo for de manter a outra parte falando, pode-se sorrir encorajando-o, gesticulando com as mãos no sentido de mandá-lo seguir em frente, acenando com a cabeçapositivamente ocasionalmente.
E, se o objetivo for sinalizar um desacordo, pode-se cruzar os braços, acenar com as mãos, gesticular negativamente com a cabeça.
Quando finalmente, quisermos forçar o encerramento do acordo, pode-se tomar uma caneta para assinar algo, fechar livros sinalizando o encerramento, ou levanta-se para sair.
3. BARREIRAS NO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
Existem dois tipos de barreiras à comunicação na organização: individuais e organizacionais.
As barreiras individuais referem-se a:
Questões interpessoais
Escolha do canal adequado
Questões semânticas (significado de palavras ou maneira pela qual são utilizadas)
Mensagens inconsistentes entre comunicação verbal e não verbal que pode confundir o receptor.
Já as barreiras organizacionais normalmente se referem a:
Diferenças de status e poder entre as pessoas envolvidas
Necessidades e objetivos diferentes de um departamento ou setor para outro
Rede de comunicação inadequada para aquela tarefa específica
Inexistência, ou mesmo resistências, para implantação de canais formais na organização
Para superar essas barreiras, as organizações devem desenvolver uma comunicação positiva e efetiva, o que envolve tanto habilidades individuais quanto ações organizacionais. As barreiras podem surgir de maneirasdiferentes e apresentarem-se por razões diversas como por exemplo:
Situações nas quais se assume que não há necessidade de se conversar
Ao cortar a possibilidade de diálogo, além de surgir falha na comunicação, surgirão problemas de relacionamento. Isto ocorre quando se toma uma série de decisões que envolvem outra pessoa e ela não é consultada sobreas decisões tomadas.
Tal situação pode ocorrer devido:
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Não se lembrar de que determinada pessoa também está envolvida na questão
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Estar com a mente focalizada na resolução da questão
-
Acreditar que já se sabe claramente qual decisão deveria ser tomada
-
Pensar que já se sabe, de antemão, o que a outra pessoa irá dizer
As pessoas se comunicam, freqüentemente, em uma única direção
Mesmo identificando a necessidade de se comunicar, acredita-se apenas tratar-se de se comunicar algo para alguém. Contudo, a comunicação, para ser efetiva, deve ter duas direções, ou seja, a recepção da comunicação étão importante quanto à transmissão. Então, as conseqüências da comunicação unilateral podem ser tão negativas, quanto às conseqüências da inexistência comunicação.
Envio de mensagens misturadas e confusas
Toda mensagem tem que ser consistente, ou seja, o que se diz no presente, tem que ser coerente com aquilo que se disse no passado e com o que se irá dizer no futuro, ou seja, devemos manter uma linha de raciocíniocoerente e constante.
A inconsistência é danosa à habilidade de construir um relacionamento efetivo, pois num nível pessoal, temos dificuldade para lidar com alguém que possua formas de viver, pensar e atuar muito diferentes das nossas.
4. BUSCA DE MELHORIA NO PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
Um negociador deve sabe agir quando há interrupção no processo de comunicação. Além de prestar atenção, repensar no processo de comunicação quando encontrar dificuldades deve ter uma postura pró-ativa para que acomunicação seja bem sucedida.
Sendo os estilos de comunicação diferente têm-se muitas vezes pessoas que preferem a comunicação verbal, enquanto que outras preferem comunicar-se por escrito. Torna-se, portanto, fundamental que o negociador seacomode a essas diferenças de estilo.
Uma diferença de estilos pode também influenciar no sucesso da comunicação, como por exemplo, diferenças de vocabulário, estilos diferentes de conversação ou uso de sistemas de comunicação diferentes. Por isso, éfundamental que o negociador conheça bem os próprios objetivos, conheça o outro lado e pense antes de falar.
5. SUGESTÕES PARA MELHORIA DA COMUNICAÇÃO
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Preparar antes o que irá falar
-
Simplificar a mensagem
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Escolher uma linguagem clara (a menos que se pretenda ser ambíguo)
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Manter sempre uma postura positiva
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Ter muito cuidado com brincadeiras
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Utilizar-se de recursos audiovisuais para transmitir a mensagem
-
Falar lenta e claramente, de forma que os outros possam entender
-
Observar a utilização dos gestos
-
Acompanhar a expressão corporal do receptor para um feedback não verbal
6. ALGUMAS TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO
-
Utilizar-se de questões – é muito útil para demonstrar que se está atento ao processo, além de aumentar a precisão na compreensão da mensagem.
-
Ser um ouvinte ativo – isso leva o negociador a refletir melhor sobre o que está ouvindo, além de auxiliar a relembrar o que foi dito, levar o emissor a corrigir uma possível falha na recepção da mensagem e fazer comque o ouvinte capte seu significado com suas próprias palavras (decodificação da mensagem).
-
Inversão de Papéis – aprender a avaliar sob o ponto de vista do outro lado da questão, desenvolvendo respostas para as próprias questões colocadas, refletindo melhor sobre elas.
ATIVIDADE EM SALA DE AULA
No teste abaixo você conseguirá detectar o canal predominante da sua comunicação:
1. Eu gostaria de fazer este teste:
a) por escrito
b) verbalmente
c) realizando tarefas
2. Para me agradar é só me dar algo:
a) bonito
b) sonoro
c) útil
3. Eu tenho mais facilidade em recordar nas pessoas:
a) a fisionomia
b) o nome
c) as atitudes
4. Aprendo mais facilmente:
a) lendo
b) escutando
c) fazendo
5. Atividades que mais me atraem:
a) fotografia/pintura
b) música/oratória
c) escultura/dança
6. Na maioria dos momentos, eu prefiro:
a) observar
b) escutar
c) fazer
7. Recordando os momentos felizes, vêm-me à mente:
a) as cenas
b) os sons
c) as sensações
8. Durante as férias, gosto de:
a) visitar lugares bonitos
b) repousar em lugares silenciosos
c) participar de atividades físicas
9. Valorizo nas pessoas, principalmente:
a) a aparência
b) o que elas dizem
c) o que elas fazem
10. Acho que alguém gosta de mim quando:
a) dá presentes
b) faz elogios
c) tem atitudes positivas comigo
11. Das três ações seguintes, prefiro:
a) focalizar
b) sintonizar
c) movimentar
12. Valorizo mais:
a) o aspecto
b) o ritmo
c) a coordenação
13. Meu carro preferido é:
a) charmoso
b) silencioso
c) confortável
14. Quando estou interessado em algo, procuro:
a) olhar bem
b) ouvir com atenção
c) participar
15. Para decidir, utilizo mais:
a) o que vejo
b) o que escuto
c) o que sinto
16. O que mais me incomoda:
a) luminosidade forte
b) barulho
c) coceira
17. A qualidade que mais me agrada é:
a) colorido
b) afinado
c) saboroso
18. A característica fundamental em uma peça de teatro é a:
a) iluminação
b) eloquência
c) gesticulação
19. Meu passatempo favorito é:
a) observar o belo
b) ouvir sons harmoniosos
c) dançar ou fazer exercícios
20. O programa que eu escolheria com mais gosto seria:
a) visitar uma exposição
b) ir a um concerto
c) ir a um parque de diversões
ESTRATÉGIAS NA NEGOCIAÇÃO
Estratégia é uma visão geral, pensada para alcançar determinados objetivos. Não deve ser confundida com a tática, que é o detalhamento dos métodos usados para colocar em prática a estratégia. A estratégia a ser utilizadadependerá de fatores como personalidade das pessoas envolvidas, as circunstâncias das conversas e o assunto em questão.
Estudar com cuidado a postura de cada membro de sua equipe em relação ao que será negociado e escolher as pessoas cujas habilidades podem melhor contribuir para o alcance dos objetivos. O ponto mais importante a serseguido refere-se à construção do relacionamento, para facilitar a conciliação das diferenças que fatalmente existem num processo de negociação.
Muitas vezes, as pessoas apenas reagem ao que os outros fazem ou mesmo as emoções podem dominar a lógica e desviar os negociadores da estratégia definida que tenham em mente.
Para se atingir o relacionamento que se pretende, é necessário seguir algumas orientações, evitando-se que ocorram dois erros muito comuns que são:
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Ignorar as diferenças de percepções (as pessoas vêem as coisas de maneiras diferentes)
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Esperar por reciprocidade (esperar que os outros sigam nossa maneira de agir)
COMPOSIÇÃO DA EQUIPE (TIME)
Assim como um time de futebol precisa de goleiro, defensores, meio campistas e atacantes, toda equipe de negociação deve ter certas posições “clássicas” para que as discussões terminem bem. São as posições de Líder,Bom Sujeito, Mau Sujeito, Linha Dura e Aglutinador, que veremos adiante.
Um time ideal para participar de negociações deve conter entre três e cinco pessoas e todas as posições devem estar representadas, não sendo essencial que cada posição seja desempenhada por pessoas diferentes.
Em uma negociação, a boa estratégia requer o emprego de pessoas adequadas. O responsável tem que decidir as posições e responsabilidades que elas assumirão.
Questionar por exemplo:
Alguém é melhor em observar e ouvir do que em falar?
Alguém do time teve contato com o outro lado, no passado?
Há alguém extrovertido?
Um membro extrovertido poderia assumir o papel do Bom Sujeito. Distribuir os papéis com cuidado, uma vez que a equipe deve ser capaz de atacar cada movimento realizado pelos oponentes.
A EQUIPE NA NEGOCIAÇÃO
RESPONSABILIDADES
POSIÇÃO
Conduzir a negociação, acionando os demais membros quandonecessário
Decidir em questões em que seja especialista.
Orquestrar a equipe
LIDER
Todo time de negociação precisa de um Líder.
Tal papel pode ser desempenhado pela pessoa de maiorconhecimento, não necessariamente que tenha um maiorcargo.
Expressar simpatia e compreensão pelos pontos de vista dosopoentes
Aparentar desistência de uma posição defendida pelo seupróprio time
Seduzir os componentes para uma falsa sensação de segurança que os leve a abrir a guarda
BOM SUJEITO
É com quem a maioria dos oponentes se identificará.
Eles gostariam que o “bom sujeito” fosse o único adversário
Obstruir as negociações se, e quando necessário
Pôr abaixo qualquer argumento ou ponto de vista que os oponentes apresentem
Intimidar os oponentes e tentar expor as fraquezas deles
MAU SUJEITO
O contrário do Bom Sujeito, essa pessoa deve fazer o outro sentir que um acordo seria mais facilmente alcançado sem ela
Atrasar o trabalho usando táticas diversionistas
Permitir que os demais membros da equipe possam recuar em relação a ofertas generosas que tenham feito.
Observar e registrar as negociações
Manter o time concentrado nos objetivos
LINHA DURA
É quem tem objeções a tudo.
Complica a vida dos oponentes e freqüentemente recebe o apoio dos companheiros
AGLUTINADOR
Esta pessoa recolhe e agrupa todos os pontos da vista expressos.
Então, apresenta-os de forma única e convincente
Sugerir formas ou táticas para romper impasses
Evitar que as negociações se desviem dos pontosprincipais
Apontar qualquer inconsistência nos argumentos dosoponentes
SEMPRE ESCONDER A IRRITAÇÃO E A FRUSTRAÇÃO AO NEGOCIAR E NÃO MOSTRARRAIVA AO DEIXAR A MESA
4. A IMPORTÂNCIA DA APARÊNCIA
Temos que estudar a aparência com cuidado e com antecedência. Afinal, a primeira impressão é a que fica. Avaliemos o tipo de negociação de que participaremos e vistamo-nos de acordo. A equipe deve ser vestirpraticamente da mesma forma, com roupas confortáveis mas que sejam elegantes e razoavelmente conservadoras.
5. TIME AFINADO
Toda a equipe deve estar devidamente informada sobre a negociação, para que cada um desempenhe bem seus papéis. Além de estimular a preparação individual, asseguremo-nos de que todo o time completo estejapresente em pelo menos “um ensaio geral” e que se utilize dados reais e materiais visuais. Tomar notas que possam ser usadas mais tarde para analisar como a equipe pode melhorar estratégias e táticas.
6. ESTILOS DE NEGOCIADOR
Cada um de nós tem um estilo de negociação. Na medida que negociamos com as outras pessoas, respeitando as características do seu estilo, certamente teremos maior possibilidade de êxito.
O primeiro passo na teoria de estilos é a identificação do nosso próprio estilo; para isto é importante a visão das pessoas com quem negociamos.
QUADRANTES DOS ESTILOS DE NEGOCIADOR
O significado de CATALISADOR, APOIADOR, CONTROLADOR e ANALÍTICO
CATALISADOR
Orientação: Idéias
Confiança: + Clareza / - Credibilidade
(+)
(-)
Criativo,Empreendedor,Entusiasmado,Estimulante,Persuasivo.
Superficial, Exclusivista, Impulsivo, Inconstante, Difícil de crer.
PARA OBTERAPOIO: Usahabilidades sociais;usa idéias novas;persuade.
SOB TENSÃO: Fala alto e rápido; agita-se, explode.
VALORIZA:Cumprimentosrecebidos;reconhecimento.
PRECISA APRENDER: Auto-disciplina e moderação.
APOIADOR
Orientação: Relacionamento
Confiança: + Receptividade/ - Coerência
(+)
(-)
Amável, Compreensivo, "Joga para o Time", Bom Ouvinte, Prestativo.
Perde tempo, Fingido,Evita conflito, É"levado na conversa" ,Ineficiente.
PARA OBTER APOIO: Faz amizades, trabalha para o grupo; busca harmonia.
SOB TENSÃO: Fingeconcordar, sabota;não se manifesta.
VALORIZA : Atenção que recebe; ser aceito pelas pessoas.
PRECISA APRENDER:Auto-determinação efixar metas.
CONTROLADOR
Orientação: Resultados
Confiança: + Coerência / - Receptividade
(+)
(-)
Decidido, Eficiente, Rápido Objetivo, Assume riscos.
Exigente, Crítico,Impaciente,Insensível, "Mandão”.
PARA OBTER APOIO: Confia na eficiência, em trabalho feito a tempo e a hora.
SOB TENSÃO:Ameaça; impõe etorna-se tirânico.
VALORIZA: resultados; cumprimentos de metas.
PRECISA APRENDER:Humildade e escutaros outros.
ANALÍTICO
Orientação: Procedimentos
Confiança: + Credibilidade / - Clareza
(+)
(-)
Sério, organizado, Paciente, Cuidadoso, Controlado.
Indeciso, Meticuloso, Teimoso, Perfeccionista,Procrastinador.
PARA OBTER APOIO: mantém-se a par do queacontece; conhece o trabalho; especializa-se.
SOB TENSÃO: Cala-se, retira-se ou evita conflito.
VALORIZA: Segurança, maior garantia.
PRECISA APRENDER: Tomar decisões mais rápidas,arriscar mais.
No processo de negociação, cada um de nós deve mostrar mais as forças do seu estilo, cuidando para que as fraquezas não apareçam tanto.
Hoje, já se pode ter uma visão bastante clara de estilos predominantes no Brasil, a saber:
ESTILO
%
ANALÍTICO
APOIADOR
CATALISADOR
CONTROLADOR
39,6
37,0
15,2
8,2
Eis algumas informações sobre os estilos:
-
O estilo é imutável, acompanha-nos toda a vida. É possível esconder nosso verdadeiro estilo, mas nunca indefinidamente.
-
Todos nós temos características dos quatro estilos, embora com predominância maior de um deles.
-
Ao negociar, é fundamental enfatizar as forças do nosso estilo e administrar as fraquezas.
-
Conhecer o estilo do outro negociador é fundamental, pois estaremos mais preparados para identificar suas forças e fraquezas.
ESTRATÉGIAS
As etapas do processo de negociação constituem uma seqüência ideal para um desfecho bem sucedido e permanente. Na realidade, entretanto, é natural que ocorram interferências que obstruam e/ou dificultem oprocesso.
Que fazer diante do imprevisto? Como proceder diante dos conflitos? Como se defrontar com as objeções?
Estratégias e táticas são meios alternativos para alcançar os objetivos desejados, tendo em vista as condições peculiares de negociação e do negociador. As estratégias referem-se a três elementos fundamentais nanegociação: Informações, Tempo e Poder. As táticas relativas à INFORMAÇÃO admitem a possibilidade de que seu interlocutor não conceba, não saiba ou não perceba as coisas do mesmo modo que você.
Eis alguns exemplos de táticas usuais relativas à utilização das informações:
-
Fornecer informações parciais ou tendenciosas (só os aspectos positivos ou só os negativos)
-
Usar informações privilegiadas (Soube por tal fonte que....Sob o ponto de vista técnico...)
-
Simulação de cenários (Que aconteceria se...)
-
Mudança de perspectiva (Coloque-se no meu lugar...)
-
Comparação alternativa (A opção "A" tem as seguintes vantagens...)
-
Dissimulação (Não vem ao caso dar ênfase a esse aspecto...)
-
Confusão(Colocar todos os dados possíveis sem obediência a critérios ou prioridades)
TEMPO
As táticas relativas ao TEMPO referem-se à oportunidade ou ao momento psicológico em que se colocam premissas ou alternativas, na perspectiva do outro negociador; dizem respeito também ao grau de pressão temporalexercido para decisão do outro negociador.
Eis alguns exemplos:
-
Estender o tempo (Vencer pelo cansaço...Ter paciência)
-
Precipitar o desfecho (É agora ou nunca...)
-
Adiar (Vamos aguardar uma melhor oportunidade...)
-
Fixar limites (Vamos manter a reserva até...)
-
Usar o elemento surpresa (Aceito sua condição...)
PODER
A negociação envolve sempre a mudança de condições atuais para condições desejáveis para os negociadores. Para que alguém mude é necessário que sofra uma influência que seja maior que sua capacidade de resistir.PODER é a capacidade de provocar mudanças ou impedir que elas ocorram, de acordo com a própria determinação.
Eis alguns exemplos de táticas relativas ao jogo do Poder:
-
Autoridade total (O que eu resolver será o resolvido...)
-
Autoridade condicional ou limitada (Meu limite de alçada é...)
-
Eximir-se de autoridade (Só posso decidir com o aval de ...)
-
Exigência - pressão chinesa - (Se você melhorar tal aspecto...)
-
Confronto de opções (leilão) (Discutam entre vocês... eu aceitarei a melhor proposta...)
-
Conjugação de forças (Aliar-se a alguém...mudar a equipe ou parte dos negociadores)
-
Pechincha/barganha (Se você conceder...eu...)
-
Alteração das regras do jogo (o preço pode ser mudado...As especificações serão...)
Texto para leitura
VEJA COMO GANHAR MAIS NA NEGOCIAÇÃO
Fernando Henrique da Silveira Neto
Você é um negociador – profissional ou não – e saiba, com certeza, que mediante a agregação de conhecimento você será cada vez mais vitorioso em suas negociações.
Seja no trabalho, em casa, ou na comunidade você passa por inúmeras situações em que o seu potencial negociador é acionado e posto à prova, algumas vezes até de modo inconsciente ou inesperado.
Procure lembrar-se de algum fato do passado, mesmo de quando você ainda era criança: quantas vezes a mesada (semanada) foi negociada com seus pais? Ou a compra de um sorvete...uma ida ao cinema...etc.
Na escola, ou já na faculdade para fazer algum trabalho...você certamente negociou com os mestres e colegas!
Hoje, ao vender algo seu (um eletrônico, o carro, algo assim) você sempre avalia por sua percepção, seus valores e interesses. O possível comprador simplesmente faz o mesmo porém através da própria visão da negociação.Pronto, eis um possível impasse! Para fechar o negócio só buscando um ponto de equilíbrio das percepções e dos interesses, isto é, só negociando!
No trabalho, dependendo da área onde você atue, a negociação está presente direta (vendas, logística, financeiro.) ou indiretamente (negociar com colegas, com o chefe, etc.). Diariamente, em várias situações pessoais eprofissionais, portanto, você negocia...e como!
Veja: há meios de obter melhores resultados do que aqueles imaginados! Para que isto aconteça deixe-me dizer alguma coisa sobre os 4 EF´s – os quatro Elementos Fundamentais – do processo negocial. Qualquer situaçãoonde você imagine ser possível negociar terá que ser suportada pelos 4 elementos fundamentais: legitimidade, informação, tempo e poder. A experiência mostra que faltando um deles você dificilmente chegará a umasolução negociada. Portanto é importante administrá-los bem.
Vejamos cada um:
Legitimidade
Toda negociação tem que ser justa para ambos os lados. Um acordo legítimo fará as os negociadores se sentirem tratados com justiça na medida em que for baseado em ética, parâmetros, critérios e princípios externos,além da vontade de cada uma das partes de chegar a um ponto de equilíbrio, um acordo satisfatório.
Informação
Modernamente os negociadores profissionais atuam como autênticos gerenciadores de informações sobre pessoas, mercados, ambiente, concorrência, tendências e premissas assim como as diversas variáveis presentesantes, durante e depois do evento. Como o rol é muito grande você terá que hierarquizá-las em função dos interesses daquela negociação. Ninguém conseguiria negociar sem ter informação suficientemente tratada.
Tempo
Qualquer negociação sempre envolve interesses conflitantes e por isto mesmo o elemento tempo é básico. A exemplo do elemento informação você tem que administrá-lo não somente durante a reunião como tambémantes e depois da mesma, procurando pré-agendar os assuntos de comum acordo com a outra parte, trabalhar na reunião para pilotar o tempo do outro lado e após o fechamento do acordo administrar o tempo decumprimento de cláusulas e condições estabelecidas no acordo. Veja alguns exemplos de como tratar o tempo na negociação: o pré-agendamento da reunião, o estabelecimento da duração do encontro, um determinadoprazo para início de obras, entregas parceladas ou uma condição de pagamento que ocorra no transcorrer de um contrato.
Vê-se logo que o elemento tempo na negociação não termina quando um acordo é celebrado. Existe a fase de pós-negociação inserida no processo e você deverá administrar o tempo decorrido até a conclusão final dascláusulas negociadas.
Poder
Por mais que se prepare ao negociar você sempre estará frente à dimensão humana , - já que quem negocia são pessoas e não computadores ou máquinas - e procurará buscar fechar acordos os mais satisfatórios possíveis.Para isto terá que trocar concessões e tomar decisões muitas vezes decorrentes da imprevisibilidade do processo.
Portanto é fundamental que o seu poder seja conhecido e pré-determinado. Se você perceber que existe a probabilidade de ações e decisões que possam extrapolá-lo será necessário pré-negociar internamente este poder,dividindo-o com alguém que o detenha ou recebendo delegação para agir naquele evento. Por outro lado convém verificar se o outro negociador está, de fato, investido de poder suficiente para tomar decisões no encontropré-agendado.
É oportuno destacar que estes quatro elementos fundamentais serão sempre alicerçados em um ambiente de ética empresarial e pessoal.
Administrando bem os quatro elementos fundamentais você pode ganhar mais em suas negociações!
Observe que é determinante e decisivo para o sucesso, agregando mais valor a suas negociações, que você esteja conscientizado, domine e administre bem os 4 EF´s (Elementos Fundamentais). Eles são a base para que oprocesso de negociação, dividido em três fases, resulte, de fato, em melhores ganhos e otimização dos resultados. Mas sobre o processo falarei em outro artigo...
COMO NEGOCIAR COM CADA ESTILO
Vimos que durante a negociação, devemos enfatizar as forças do nosso estilo e minimizar nossas fraquezas. Agora vamos ver o que fazer em relação ao outro negociador. O mesmo produto/serviço/idéias pode e deve sernegociado de quatro estilos. É como se colocássemos quatro embalagens diferentes para a mesma idéia/produto/serviço. Não se trata de mudar o nosso estilo, mas de adaptar nossa argumentação ao estilo do outronegociador.
A seguir, apresentamos algumas idéias a explorar durante a negociação com cada um dos estilos, bem como aqueles aspectos que não devem ser enfatizados.
NEGOCIAÇÃO COM UM CATALISADOR
Não enfatizar seus pontos fracos Explorar aspectos que dizem respeito a
Não vai fundo ao problema Maior rapidez
Metas irrealistas Maior facilidade
Estratosférico Exclusividade
Vende demais a si mesmo Inovação
Tende a não cumprir o que promete Coisas grandes, sem detalhes (macro)
Singularidade
Ser reconhecido pelos outros como "ótimo", "único" em
alguma coisa
NEGOCIAÇÃO COM UM APOIADOR
Não enfatizar seus pontos fracos Explorar aspectos que dizem respeito a
Agrada demasiado Eliminar conflitos
Dificuldades em dizer NÃO Aumentar a competência interpessoal
Desorganizado/desestruturado Satisfação dos outros
Difícil de ser entendido pelos outros Dar assistência, apoio às pessoas
Lento Interesse grupal
Trabalho em grupo
O que diz nem sempre retrata o que ele realmente Buscar o bem- estar da coletividade
Pensa e sente Ser amigo de todos, ser aceito pelo grupo
NEGOCIAÇÃO COM UM CONTROLADOR
Não enfatizar seus pontos fracos Explorar aspectos que dizem respeito a
Muito egoísta, só pensa em si mesmo Ganhar tempo, dinheiro, economizar
Dominador, tirano Vencer os outros
Não se importa com as pessoas ("são apenas recur- Atingir metas, resultados
sos para realizar as tarefas") Agir sozinho, ficar independente
Baixa competência interpessoal Cumprir o dever
Simplificação, racionalização
Tem muita dificuldade em aceitar e conviver com
diferenças individuais, faz pré-julgamentos Cumprir o dever, alcançar seus objetivos, metas,etc.
NEGOCIAÇÃO COM UM ANALÍTICO
Não enfatizar seus pontos fracos Explorar aspectos que dizem respeito a
Atenção demasiada dos detalhes Obter todos os dados disponíveis (macro)
Adia tudo na esperança de amanhã fazer melhor Tomar decisões seguras
Minucioso Tempo dedicado à pesquisa, coleta de dados
Teimoso, maçante Mais alternativas para análise
Indeciso Organizar-se
Maior sistematização
Esconde o jogo, não divide com os outros as infor- Aumentar o grau de segurança, o nível de certeza,
mações relevantes que possuí. minimizar riscos
É importante lembrar que a utilização da teoria dos estilos deve ser feita com as etapas, estratégicas, táticas etc.
Se você não puder identificar o estilo do outro, evite usar a teoria de estilos (use apenas as etapas, estratégias etc.). Caso tenha diante de si mais de uma pessoa, procure negociar de acordo com o estilo do líder. Se estivermuito por dentro dos estilos, você poderá também apresentar argumentos para cada pessoa em função do seu estilo, mas isto é extremamente difícil.
ESTILOS DE NEGOCIAÇÃO - SÍNTESE
Cada pessoa tem um jeito próprio de negociar, como visto no Material de Apoio 5. Aqui, faremos uma síntese de cada estilo de negociação, complementarmente.
-
CATALIZADOR - profissional orientado para idéias
DE FORMA POSITIVA:
Criativo, empreendedor, entusiasta, estimulante e persuasivo.
Usa suas habilidades e idéias para obter apoio
Valoriza cumprimentos recebidos
DE FORMA NEGATIVA
Percebido como superficial; Exclusivo; Impulsivo; Inconstante; Difícil de crer; Sob tensão, fala alto e rápido, agita-se e explode; Precisa aprender a auto disciplinar-se e a moderar-se
-
CONTROLADOR - profissional orientado para resultados
DE FORMA POSITIVA
É percebido como decidido - eficiente - rápido - objetivo - assume riscos
Confia na eficiência
Valoriza os resultados e cumprimento de metas
DE FORMA NEGATIVA
É visto com exigente - crítico - impaciente - insensível - mandão
Sob tensão, ameaça, impõe e torna-se tirânico
Precisa aprender humildade e ouvir os outros
-
APOIADOR - orientado para o relacionamento
DE FORMA POSITIVA
É percebido como amável - compreensivo - joga para o time - bom ouvinte - prestativo
Para obter apoio, faz amizades - trabalha para o grupo - busca harmonia
Valoriza atenção que recebe - Quer ser aceito pelas pessoas
DE FORMA NEGATIVA
É percebido como “aquele que perde tempo” - fingido - evita conflito - ineficiente
Sob tensão, finge concordar - sabota - não se manifesta
Precisa aprender autodeterminação e fixação de metas
-
ANALÍTICO - orientado para atender aos procedimentos
DE FORMA POSITIVA
É percebido como sério - organizado - paciente - cuidadoso - controlado
Para obter apoio, mantém-se a par do que acontece - conhece o trabalho - especializa-se - valoriza a segurança
DE FORMA NEGATIVA
É percebido como indeciso - meticuloso - teimoso - perfeccionista - procrastinador
Sob tensão, cala-se - retira-se ou evita o conflito
Precisa aprender a tomar decisões mais rápidas e arriscar-se
Os estilos do negociador, influirá nas negociações, quais sejam:
-
GANHA-GANHA
Boa forma de negociar onde todos ficam satisfeitos
GANHA-PERDE
O negociador ganha e o negociante perde, gerandoconflito e descontentamento
PERDE-GANHA
O negociante ganha e o negociador perde
PERDE-PERDE
Geralmente esse tipo de negociação é aquele em quenenhuma das partes cede. Todos perdem
COMPORTAMENTO
ALTO ASSERTIVO
GANHA-GANHA
GANHA-PERDE
BAIXO ASSERTIVO
COOPERAÇÃO
NÃO
COOPERAÇÃO
PERDE-GANHA
PERDE-PERDE
Atividade em sala:
ESTILOS DE NEGOCIADOR
Cada um de nós tem um estilo de negociação. A medida que negociamos com as outras pessoas, respeitando ascaracterísticas do seu estilo, certamente teremos maior possibilidade de êxito. O primeiro passo na teoria deestilos é a identificação do nosso próprio estilo; para isto é importante a nossa visão e das pessoas com quemnegociamos.
Após responder os questionários a seguir, escolha uma pessoa com quem negocie habitualmente e solicite a elaque preencha os dois questionários (A e B). Lembre-se de que você é o objeto da análise.
-
Abaixo está a lista das várias características de dois tipos de comportamento - dominante e condescendente. Em cada linha, existem duas características; escolha em cada linha apenas uma característica, de modoque, ao final, você tenha assinalado um total de 10 características, considerando os dois tipos de comportamento.
Características do comportamento dominante Características do comportamento condescendente
Toma iniciativa ( ) ou Espera ser solicitado ( )
Loquaz ( ) ou Quieto ( )
Comunica-se com rapidez ( ) ou Comunica-se com ponderação ( )
Desafiador ( ) ou Encorajador ( )
Direto ( ) ou Sutil ( )
Faz afirmações ( ) ou Faz perguntas ( )
Aparenta confiança ( ) ou Aparenta calma ( )
Ativo ( ) ou Recreativo ( )
Decisões rápidas ( ) ou Decisões analisadas ( )
S
entido de urgência ( ) ou Sentido de paciência ( )
SOMA
Verifique agora quantas características você assinalou na coluna do comportamento condescendente, aquela do lado direito. Coloque o total de itens assinalados ao lado da palavra SOMA. Na escala de 0 a 10, ao lado,assinale o total da SOMA anterior.
-
Abaixo estão listadas várias características de dois tipos de comportamento - informal e formal. Em cada linha, existem duas características; escolha, em cada linha, apenas uma característica, considerando os doistipos de comportamento.
Características do comportamento informal Características do comportamento formal
Espontâneo ( ) ou Autocontrole ( )
Impulsivo ( ) ou Autodisciplina ( )
Expressão de sentimentos ( ) ou Oculta sentimentos ( )
Brincalhão ( ) ou Retraído ( )
Parece acessível ( ) ou Parece inacessível ( )
Orientado para o relacionamento ( ) ou Orientado para resultados ( )
Caloroso ( ) ou Impassível ( )
Orientado para o macro ( ) ou Orientado para o micro ( )
Improvisador ( ) ou Organizado ( )
A
proxima-se ( ) ou Mantém a distância ( )
SOMA
Verifique agora quantas características você assinalou na coluna do comportamento informal (aquela do lado esquerdo). Coloque o total de itens assinalados ao lado da palavra SOMA. Na escala de 0 a 10, abaixo, assinale ototal da SOMA.
Agora, você possui dois totais, o do questionário A, eixo horizontal, e do questionário B, eixo vertical.
Vamos mostrar estes dois totais a seguir:
Exemplo: Vamos supor que o seu questionário "A" (horizontal) é de 5 e no "B" (eixo vertical) é 1. Veja como isto ficará na figura abaixo:
Agora, coloque os seus totais:
No processo de negociação, cada um de nós deve mostrar mais as forças do seu estilo, cuidando para que as fraquezas não apareçam tanto.
Informações sobre os estilos:
-
O estilo é imutável, acompanha-nos toda a vida. É possível esconder nosso verdadeiro estilo, mas nunca indefinidamente
-
Todos nós temos características dos quatro estilos, embora com predominância maior de um deles
-
Ao negociar, é fundamental enfatizar as forças do nosso estilo e administrar as fraquezas
-
Conhecer o estilo do outro negociador é fundamental, pois estaremos mais preparados para identificar suas forças e fraquezas.
NEGOCIAÇÃO COLETIVA
Negociação coletiva é forma de criação de normas prevendo direitos e deveres entre grupos sociais. No campo trabalhista a negociação é destinada à formação consensual de normas e condições de trabalho que serãoaplicadas a um grupo de trabalhadores e empregadores pertencentes às categorias que foram representadas pelos sindicatos dos empregados e dos empregadores que pactuaram os termos do acordo.
A presença da negociação é constante nas relações trabalhistas, mudando apenas o grau de desenvolvimento da negociação coletiva, pois nos sistemas políticos liberalistas, tais como o dos Estados Unidos, é mais evoluídado que nos sistemas jurídico-políticos, tais como no Brasil, aonde são centralizados no Estado, nos quais a produção de leis trabalhistas é feita com maior freqüência e intensidade.
Esta centralização é bastante evidente, por exemplo, no Brasil aonde há uma complexa legislação trabalhista e uma cultura voltada para o corporativismo com pouca ênfase no diálogo, em virtude da origem do sindicato terocorrido por intermédio do próprio Estado, além dos longos anos de militarismo que inibiram o desenvolvimento em plenitude das práticas de negociação.
Finalidade:
A negociação coletiva tem como principal finalidade suprir a insuficiência do contrato individual de trabalho, além de promover a participação tanto do capital (empresas) como do trabalho (empregados) em torno dodestino que deve ser dado às riquezas que são produzidas pelas partes, de forma menos centralizadora.
Função:
a) Normativa: criação de normas que serão aplicadas às relações individuais de trabalho desenvolvidas entre patrões e empregados pertencentes à determinada categoria econômica e profissional, ou seja, o acordo coletivoque resultar da negociação coletiva deverá ser cumprido tanto pelos empregados como pelas empresas durante o prazo de sua vigência, pois tem força de lei entre as partes, incidindo sobre os contratos individuais detrabalho.
b) Compositiva: forma de superação dos conflitos existentes entre patrão e empregado, na modalidade de auto-composição, pois a Justiça do Trabalho é meio de solução dos conflitos menos rápida.
c) Política: forma de diálogo entre grupos sociais numa sociedade democrática cuja estrutura política valoriza a ação dos interlocutores sociais, confiando-lhes poderes para que, no interesse geral, superem suasdivergências. Portanto, há o reconhecimento pelo Estado das negociações coletivas, como meio de criar normas obrigatórias para as partes, conforme Artigo 7º, inciso XXVI da CF/88.
d) Econômica: meio de distribuição de riquezas numa economia em prosperidade, visando evitar a centralização da riqueza, como ocorre, por exemplo, na China, que hoje aparece como uma das grandes potênciaseconômicas, mas que convive com grande desigualdade social, pagando salários miseráveis aos seus trabalhadores, enquanto a riqueza está concentrada nas mãos de poucos, ou, uma função ordenadora numa economia emcrise, visando atravessar esse período de forma menos traumática possível, buscando preservar os talentos da organização para quando o mercado voltar à situação normal, podendo ser citado como exemplo, os acordoscoletivos negociados entre o sindicato dos metalúrgicos e algumas montadoras, com a finalidade de reduzir salário com redução proporcional da jornada de trabalho do lado dos empregados e concessão de estabilidadedurante um certo tempo do lado dos empresários, além de atuar também como meio de recomposição dos salários corroídos pelos efeitos da inflação, pois atualmente, não há lei tratando de política salarial no Brasil, sendoesta questão objeto de negociação coletiva.
e) Social: os acordos prestam-se a uma função pacificadora, funcionando como uma fumaça da paz, aspirada entre os interessados e por certo prazo, em que não haverá conflito entre os mesmos, pois haverá o compromissodos empregados de que durante a vigência do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) ou da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) não farão reivindicações, pensando somente na produção, nem os patrões serão surpreendidoscom aumento de custos que comprometeriam sua margem de lucratividade, o que viabiliza um ambiente de trabalho mais tranqüilo para todos os atores sociais, com a harmonia nas relações de trabalho se estabelecendoem proveito dos interessados, da sociedade, que não sofrerá os inconvenientes de uma greve e do Estado, que contará com a colaboração dos “parceiros sociais”.
Etapas do procedimento de negociação:
a) Assembléia do sindicato dos trabalhadores para autorizar a diretoria iniciar as negociações, com a aprovação da pauta de reivindicações (art. 612 da CLT);
Art. 612 - Os Sindicatos só poderão celebrar Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho, por deliberação de Assembléia Geral especialmente convocada para esse fim, consoante o disposto nos respectivos Estatutos,dependendo a validade da mesma do comparecimento e votação, em primeira convocação, de 2/3 (dois terços) dos associados da entidade, se se tratar de Convenção, e dos interessados, no caso de Acordo, e, em segunda,de 1/3 (um terço) dos mesmos. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
Parágrafo único. O "quorum" de comparecimento e votação será de 1/8 (um oitavo) dos associados em segunda convocação, nas entidades sindicais que tenham mais de 5.000 (cinco mil) associados.(Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967
b)Discussões entre os dirigentes dos sindicatos dos empregados e dos empregadores no caso de convenção, e entre aqueles e os diretores da empresa no caso de acordo coletivo (art. 616 da CLT);
c) Possibilidade de mediação do Delegado Regional do Trabalho visando à aproximação entre as partes e com poderes de convocação compulsória destas para o diálogo, ato que tem o nome de mesa-redonda na DRT (art. 616, par. 1o. da CLT);
d) Havendo o ajuste de vontades, segue-se à redação do documento com as cláusulas relativas à negociação e que normalmente é feita pelos advogados das partes (art. 613 da CLT);
e) Aprovação da redação do que foi ajustado pelas assembléias dos dois sindicatos que estão participando da negociação e assinatura do instrumento coletivo;
f) Depósito do documento redigido na Delegacia Regional do Trabalho no prazo de 08 dias da sua assinatura pelos representantes dos sindicatos ou empresas (art. 614, par. 1o. da CLT);
g) Publicidade da convenção ou acordo com afixação de modo visível, dentro de 05 dias da data do depósito.
h) Início da vigência: após 03 dias do depósito na DRT;
i) Duração máxima de 02 anos, conforme parágrafo 3º do artigo 614 da CLT.
Níveis de negociação:
As negociações restringem-se ao nível dos sindicatos. Estes detêm a exclusividade, o monopólio da negociação. A Federação pode negociar somente onde a categoria não é organizada em sindicatos, ou quando o sindicato serecusa a negociar (vide parágrafo 2º do artigo 611, artigo 617, parágrafo 1º da CLT).
As Confederações e as Centrais Sindicais não podem negociar diretamente entre si.
O que pode ser alterado por meio da CCT ou ACT?
Os direitos previstos pela Constituição Federal não podem ser retirados por acordo ou convenção coletiva, exceto no caso de redução salarial, conforme artigo 7º, inciso VI da CF/88, como, também, as garantias de defesa,saúde e integridade física do trabalhador.
Posturas desejadas de um gestor de conflitos:
-
Preferível o mais calmo ao mais tenso;
-
Preferível o mais controlado ao “pavio curto”;
-
Não confundir serenidade com submissão;
-
Iniciar as discussões pelos itens menos polêmicos;
-
Saber quando deve ir à ofensiva, recuar ou aguardar o melhor momento para “vender” a idéia.
Princípios para administrar conflitos:
Autoridade, sem autoritarismo:
Prática da autoridade, não do autoritarismo, por meio do desenvolvimento por parte do gestor da capacidade de ouvir, delegar, conhecer e buscar a justiça, atuando sem preconceitos.
Transparência:
Fornecer aos empregados, informações do interesse deles, de forma clara e precisa.
Simplicidade:
Tanto no trato diário, como na redação de documentos deve-se atuar com simplicidade, como, por exemplo, no caso das cláusulas do ACT ou da CCT, devem ser redigidas com vocabulário simples, para que a sua leitura ecompreensão possam ser feitas por qualquer interessado: o empregado, o empregador ou qualquer membro do sindicato.
Conflitos trabalhistas versus gestão de RH (Plano de contingência e pró-atividade):
RH na prática: diretrizes da negociação coletiva de trabalho.
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Estabeleça objetivos claros para cada item de negociação e entenda as bases sobre as quais se estabelecem esses objetivos.
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Não seja precipitado.
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Quando estiver em dúvida, dialogue com seus assistentes.
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Esteja bem preparado, com dados sólidos que sustentem seu posicionamento.
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Procure sempre manter alguma flexibilidade no seu posicionamento. Não se coloque em apuros.
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Não se interesse somente pelo que a outra parte diz e faz; descubra os motivos. Lembre-se de que a motivação econômica não é a única explicação para a conduta e as ações da outra parte.
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Respeite a necessidade de dignidade da outra parte.
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Fique atento para as reais intenções da outra parte não apenas quanto a metas, mas também quanto a prioridades.
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Seja um bom ouvinte.
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Construa a reputação de ser justo, mas firme.
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Aprenda a controlar suas emoções, não entre em pânico. Use as emoções como ferramentas e não como obstáculos.
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Certifique-se de entender o relacionamento entre cada movimento de negociação e todos os outros movimentos.
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Avalie cada movimento tendo em vista seus objetivos.
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Preste atenção na redação de cada cláusula negociada; palavras e frases são causas freqüentes de desentendimento.
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Lembre-se de que negociações coletivas são, pela sua natureza, parte de um processo de equilíbrio; não se podem obter apenas vantagens.
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Aprenda a entender as pessoas e suas personalidades.
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Considere o impacto das negociações atuais nas negociações futuras.
CONDUTA ÉTICA
O problema da conduta ética é comum em todas as profissões. Entretanto, algumas delas, como a dos médicos, engenheiros e compradores assume uma dimensão mais relevante. A abordagem mais profunda do assuntoleva invariavelmente ao estudo do comportamento humano no seu ambiente de trabalho.
Muitos dos incidentes questionáveis nos negócios, em termos éticos, que acabam por descontrolar as situações, são os casos em que se argumentam que os “fins justificam os meios”.
O assunto deve ser resolvido estabelecendo regras de conduta devidamente escritas, divulgadas, conhecidas e praticadas por todos os envolvidos, procurando fixar limites claros entre o “legal” e o “moral”.
Assim, os aspectos legais e morais são extremamente importantes, o que faz as empresas lançarem mão de um “código de conduta ética” para seus colaboradores.
Se em um setor de compras, o problema aflora com maior intensidade devido aos altos valores envolvidos, relacionados com critérios muitas vezes subjetivos de decisão. “Saber até onde uma decisão de comprar seguiurigorosamente um critério técnico, onde prevaleçam os interesses da empresa, ou se a barreira ética foi quebrada, prevalecendo aí interesses outros, é exatamente difícil".
O importante é que esse código de ética seja válido tanto para uma área de vendas como para uma área de compras, por exemplo. Não é ético uma empresa comportar-se de uma forma quando compra e de outra quandovende.
“E quanto aos ‘presentes’, ‘lembranças’, ‘brindes’ como agendas, canetas, malas e convites que, normalmente são distribuídos, por exemplo, ao pessoal de compras, do controle da qualidade e técnico, como abordar esseassunto? Deve-se permitir que recebam? A melhor forma de abordar o assunto é definir, o mais claro possível, um código de conduta.
E as empresas que, deliberadamente, oferecem comissão? Devem ser excluídas dentre as licitantes? Essas comissões devem ser incluídas na proposta como forma de descontos? E as outras empresas, como ficam? ".
Toda esta questão fica ainda mais grave, quando entra a figura do suborno. A intuição premeditada é a essência do suborno. Quanto ao suborno, uma vez consumado o fato, já entra na alçada da justiça
Em linhas gerais, a conduta ética pode-se resumir em quatro importante diretrizes, assim estabelecidas;
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Desencorajar o recebimento de presentes de fornecedores, mesmo material promocional de baixo valor e entretenimento patrocinado por eles
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Se o departamento de vendas oferece brindes, considerando-os uma parte valiosa de sua estratégia, procure compreender o porquê e o como de tal prática. Defina, então, um valor monetário adequado tanto paraser oferecido por vendas como para ser recebido por compras, sob a forma de presentes ou brindes, proibindo, para todos os empregados, presentes cujo valor seja mais alto que o valor estipulado
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Informar seus funcionários, principalmente o pessoal de compras e de departamentos sujeitos às influências de “agrados”, o impacto dos materiais promocionais de valor mais elevados e o sentimento de obrigaçãoque ele acaba criando
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Pagamento bilateral para os almoços de negócios.
Outro aspecto concernente à ética em compras é o manuseio de informações, como o repasse dos critérios de julgamento e de dados contidos nas propostas já entregues a um outro fornecedor.
Para se evitar essas situações, o código de ética entra em cena, para ser seguido por todos os colaboradores, resultando em uma conduta homogênea em relação ao tratamento dado aos clientes, quando da venda, e aosfornecedores, quando da compra.
CONSEQUÊNCIAS DE CONDUTA ANTIÉTICA EM NEGOCIAÇÃO
Negociadores têm que resolver um problema de confiança, ou seja, precisam concluir quais são as reais intenções e preferências da outra parte, mesmo sabendo que os outros tendem a ampliar, supervalorizar e justificarsuas preferências.
Deve-se evitar os dois extremos. Tanto aceitar-se passivamente tudo aquilo que o outro lado diz, que significaria depositar crença total nas mãos do outro, quanto não aceitar nada do que o outro lado coloca significandoeliminar totalmente a possibilidade de um acordo.l
Além disso, cada um tem que resolver também um dilema pessoal, qual seja, quão franco ele deve ser quanto às suas reais preferências e prioridades.
Fraude e disfarce são palavras comuns em negociação, podendo assumir diferentes formas tais como:
a) Adulteração de uma posição perante o oponente
É a forma mais comum de fraude em uma negociação. Mostra-se ao oponente uma posição que não condiz com a realidade, distorcendo-se fatos ou exagerando-se em certas posições.
b) Blefe
Trata-se também de uma tática muito comum. Mostram-se as intenções de maneira “falsa”, não condizentes com as verdadeiras propostas, fazendo-se promessas e falsas ameaças.
c) Fraude
Acontece quando o negociador monta um conjunto de argumentos verdadeiros ou falsos para levar o oponente a conclusões erradas. Exemplo: descrever em detalhes as ações que teria tomado no passado emcircunstâncias similares, de forma a induzir o oponente a acreditar que ele pretende tomar no futuro essas mesmas decisões.
d) Falsificação
Trata-se da introdução de informações efetivamente erradas em uma negociação. Exemplo: informações financeiras falsificadas ou as declarações falsas sobre a outra parte.
e) Exposição seletiva ou adulteração de elementos
Trata-se de não contar precisamente o que se passa na negociação e/ou não contar ao oponente os reais desejos, aspirações e posições.
Ao se analisar porque algumas pessoas usam comportamentos antiéticos, a primeira coisa que ocorre é acreditar que as pessoas são corruptas, degeneradas ou imorais. Na verdade, essa análise é muito simplista. Alémdisso, ela não ajuda a entender e controlar o próprio comportamento, ou influenciar e predizer com sucesso o comportamento do outro em um ambiente de negociação.
Como resultado de uma possível decisão de empregar uma tática antiética, o negociador terá conseqüências positivas ou negativas.
Será negativa se a parte prejudicada (ou vítima) descobrir que foram enganadas ou exploradas e tendem, logicamente, a ficaram furiosas por sentirem-se manipuladas, tanto pelo fato de terem perdido a negociação emfunção de uma tática fraudulenta, como por se sentirem ridículas, por terem sido enganadas por um ato de esperteza. Isto pode levar à revanches ou retaliações.
Do ponto de vista do negociador, a principal motivação para utilizar um comportamento antiético pe para aumentar o poder e o controle. Como se acredita que a maioria dos negociadores não é desonesta, as que sãoconscientes de suas responsabilidades morais e sociais, então, quando decidem utilizar uma tática antiética, buscam razões para justificar esse comportamento.
As justificativas mais comuns para esse tipo de comportamento são:
a) A tática não podia ser evitada
O negociador não tinha total controle das suas ações e, por isso, não deve ser responsabilizado. Talvez até nunca tenha tido a intenção de prejudicar alguém, ou suas palavras foram mal interpretadas, ou ele foi pressionadopor alguém para utilizar aquela tática
b) A tática era inofensiva
O que o negociador fez era trivial e nada significativo. Contam-se várias mentiras inconseqüentes. Exageros, excessos de delicadezas e frases não muito sinceras são exemplos típicos desses comportamentos
c) A tática ajudará a evitar conseqüências negativas
Quando se utiliza esta justificativa, está se aceitando de que “os fins justificam os meios”. Nesse caso, normalmente, a justificativa é de que a tática foi utilizada pois “evitou-se uma ofensiva maior”.
Exemplo: Ao se pagar uma conta com um cheque que, conscientemente não terá provisão de fundos, e portanto o mesmo será devolvido, deve-se dizê-lo para evitar um mal maior ou deve-se ficar calado e não se envolvermais com este fato?
d) A tática irá produzir conseqüências positivas
Aqui, novamente, tem-se a questão de que “os fins justificam os meios”, porém de maneira positiva.
e) A tática é apropriada para aquela situação
É muito freqüente os negociadores justificarem suas ações com o argumento de que a situação exigiu que agissem daquela forma. Muitas situações são dirigidas pro regras claras de comportamento e conduta. Muitas vezesporém, essas regras não são seguidas, ou porque se acredita que outros já violaram (o que em princípio daria o direito de violá-las também) ou porque se sabe antecipadamente que alguém irá violá-las(desencadeandoassim, um reação antecipadas).
Quanto mais freqüentemente um negociador utiliza esse processo de justificar atitudes antiéticas, mais seus julgamentos sobre padrões e valores éticos se tornam tendenciosos, levando a uma habilidade cada vez menor defazer julgamentos precisos sobre a verdade.
Enfim, essas táticas, normalmente utilizadas visando ganhar poder, na verdade, fazem com que o negociador experimente, com o passar do tempo, uma perda de poder, na medida em que começam a caracterizá-lo comoalguém com menor credibilidade e integridade, devido ao fato de agir, explorando oportunidades que surgem. Dessa forma, o negociador tende a ser menos bem-sucedido a longo prazo, em função de sua reputaçãonegativa, gerada pelo seu tipo de conduta.
ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS E NEGOCIAÇÃO
PROMOÇÃO = Comunicação com os clientes.
VENDA = É a concretização do negócio entre o vendedor e o comprador.
VENDA PESSOAL = É o conjunto das atividades realizadas pelo vendedor com o propósito de informar, motivar e persuadir o cliente a adquirir um produto ou um serviço da empresa. Podendo incluir ou não a concretizaçãoda venda propriamente dita.
A melhor maneira de fazer essa comunicação é:
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Enfrentar o cliente face a face
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Obter maior atenção ao anúncio
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Ajustar o que falar
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Apresentar / perguntar / observar
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Aguardar o feedback
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Fechar a venda
O vendedor é aquele que representa a empresa junto ao cliente, é muitas vezes, o único elo entre a empresa e seus clientes e representa também seus clientes dentro de sua própria empresa.
“Ninguém questiona a importância da força de vendas no mix de marketing. Entretanto, as empresas são sensíveis a custos altos e crescentes (salários, comissões, bonificações, despesas de viagem, ajudas de custo,benefícios, incentivos, treinamento, etc.) para a manutenção da FORÇA DE VENDAS. Como o custo de uma visita de vendas pessoal situa-se na faixa de 250 a 500 dólares, e como para fechar uma venda normalmente sãonecessárias quatro visitas, o custo total para o fechamento de uma venda pode situar-se na faixa de 1000 a 2000 dólares. Não é de se estranhar que muitas empresas estejam tentando implementar unidades de vendas porcorreio, por telefone ou on-line para reduzir as despesas com vendas de campo. Elas também estão tentando aumentar a produtividade das forças de vendas por meio de melhores seleção, treinamento, supervisão,motivação e remuneração.
(Kotler)
Nova visão de vendas...
A visão tradicional do vendedor solitário, que executa seu trabalho de vendas em transações específicas com os clientes, tornou-se obsoleta. Na verdade a moderna gerência de vendas desenvolveu-se em três eixosprincipais:
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Criação de um relacionamento com o cliente
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Trabalho em equipe (teamwork)
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Qualidade em vendas
ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS NO BRASIL
Qual o papel da venda pessoal na ESTRATÉGIA DE MKT?
IMPORTÂNCIA DE VENDAS
Para a ECONOMIA
Melhor PADRÃO DE VIDA
APERFEIÇOAMENTO DO PRODUTO
Manutenção da ATIVIDADE EMPRESARIAL
Desenvolvimento de PROFISSIONAIS
“ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS é o planejamento, direção e controle de venda pessoal, incluindo recrutamento, seleção, treinamento, providências de recursos, delegação, determinação de rotas, supervisão, pagamento emotivação, à medida que estas tarefas se aplicam a força de vendas”. Hoje também se ocupa com INOVAÇÃO, PESQUISA, PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO, PREÇO, CANAIS, PROMOÇÃO, PRODUÇÃO e até LOCALIZAÇÃO DEFÁBRICAS.
INFLUÊNCIAS INTERNAS NA ATIVIDADE DE VENDAS:
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Composto de MKT
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Os recursos da companhia
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A atitude da administração
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Localização do Departamento de Vendas no organograma
INFLUÊNCIAS EXTERNAS NA ATIVIDADE DE VENDAS:
Fornecedores, varejistas, intermediários, agências do governo, comunidade financeira, imprensa e público em geral.
FORMAS DE ORGANIZAR UM DEPARTAMENTO DE VENDAS
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Organização de vendas por TERRITÓRIO
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Organização de vendas por CLIENTES
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Organização de vendas por PRODUTOS
A REALIDADE BRASILEIRA
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Administração tupiniquim – adaptada à realidade brasileira
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Predominam no Brasil as micros, pequenas e médias empresas:
São 3,5 milhões de empresas, representando 99,8% do total de empresas.
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Recursos e situação diferentes de grandes empresas.
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Empresário brasileiro é mais VERSÁTIL. Tem “jogo de cintura”.
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Desvantagens das pequenas: falta de recursos financeiros, e na obtenção dos mesmos, aspecto organizacional, distribuição, falta de orientação para o MKT.
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Observar RH.
PERSPECTIVAS DA ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS NO BRASIL
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Novo papel do vendedor e do depto de vendas
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Qualidade dos produtos / serviços
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Globalização X Segmentação X Nichos = MERCADOS PARADOXAIS
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Necessidade de AGILIDADE e RAPIDEZ
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CONCORRÊNCIA
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Capacidade de fornecer e assimilar novas culturas com fusões e incorporações.
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Novas formas de VENDER: vendas por cartão, Shopping virtual, Internet, outras formas.
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Conclusão: os vendedores devem agregar valor ao processo de comercialização através do profissionalismo.
GERÊNCIA DE VENDAS
É responsável pelo desempenho da equipe e pelos resultados alcançados.
Ele deverá conduzir sua equipe ao caminho da obtenção dos OBJETIVOS perseguidos pela empresa, pois ADMINISTRAÇÃO é “A ARTE DE EXECUTAR SERVIÇOS POR INTERMÉDIO DE PESSOAS”.
“Pode-se comprar o tempo de um homem, pagar alguém para ir a determinado lugar, pode-se obter dele, por dinheiro, determinada quantidade de movimentos musculares por hora ou por dia. Porém não se pode comprarENTUSIASMO, INICIATIVA ou LEALDADE, nem DEDICAÇÃO que envolva o CORAÇÃO, INTELIGÊNCIA E ESPÍRITO. Isso precisa ser conseguido por MERECIMENTO!”
O gerente deve ser administrador nato ou pode ser treinado para isso?
Não basta ser só administrador, há a necessidade de:
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Conhecer o trabalho de VENDAS, com experiência e vivência, conhecendo a técnica,
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Conhecer não só o produto, mas também o ofício,
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Conhecer tão bem a sua atividade para gerenciar com respeito e liderança.
DIRETRIZES PARA O TRABALHO DE UM GERENTE DE VENDAS:
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Podem ser formais, cuidadosamente feitas por escrito ou informais, comunicadas oralmente.
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São importantes para a obtenção de melhores resultados e consistem principalmente: na determinação da MISSÃO da empresa, nas POLÍTICAS, nos OBJETIVOS e METAS, nas ESTRATÉGIAS e TÁTICAS.
DEFINIÇÕES DE ALGUNS TERMOS DA ADM:
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POLÍTICA: regra ou diretriz que limita ou torna possíveis diferentes opções estratégicas,
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MISSÃO: é a determinação de qual é o negócio da empresa e do que ela se propõe a fazer para atender o mercado. Engloba a definição do que é organização, por que existe e que tipo de contribuição ela pode dar.
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OBJETIVO: resultados perseguidos a longo prazo.
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META: etapa intermediária na consecução de um objetivo.
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ESTRATÉGIA: esquema de objetivos e políticas que definem a empresa e seus negócios, assim como os planos de ação e os orçamentos para concretizá-los no tempo.
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TÁTICA: determinação de ação exigida, por quem e quando.
REQUISITOS PARA UMA BOA ADM. DE VENDAS: Liderança e Habilidades
FUNÇÕES DO GERENTE DE VENDAS
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Planejamento
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Organização
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Direção
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Controle
PLANEJAMENTO DE VENDAS
Uma das funções do gerente de vendas e significa DECIDIR COM ANTECIPAÇÃO O QUE DEVE SER FEITO E CONSTITUI-SE NA 1ª ETAPA DO PROCESSO ADMINISTRATIVO.
Com Planejamento é possível:
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Precaver-se contra eventualidades futuras
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Adequar a empresa ao nível de atividades necessárias
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Reduzir custos
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Fazer com que as operações saiam de forma racional e eficientes
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Um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis
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Envolver a atividades diretamente relacionadas a vendas
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A partir do dos OBJETIVOS EMPRESARIAIS, analisar as situações interna e externa
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Preparar-se para atender e executar as previsões
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Controlar todo o trabalho.
O PLANEJAMENTO NA PEQUENA E MÉDIA EMPRESA
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Acontece com limitações
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Existem as restrições qto à sua produção e sua capacidade de crescimento
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Sua preocupação maior é com o aumento da produção e com finanças (o planejamento é secundário)
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O empresário apresenta aversão ao planejamento formal
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DEVE SER ADPTADO ÀS SUAS CONDIÇÕES.
PLANO DE VENDAS
É um documento escrito com os principais tópicos de um planejamento. Deve ser documento operacional da empresa, servindo de conduta para todas as atividades do pessoal envolvido no que foi planejado. O planejadorprecisa ter profundos conhecimentos dos passos mencionados no planejamento. A seqüência mais lógica do plano seria:
1. Potencial de mercado e Potencial de vendas – é necessário para fixar planos e objetivos da empresa, favorece a divisão de territórios, estabelecimento de quotas mais justas, o conhecimento da participação de mercadoda empresa, etc.
Segundo a AMA: “potencial de mercado são as vendas esperadas de um bem, um grupo de bens ou serviço, para todo o ramo industrial, num mercado e durante um período determinado”.
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Intenção de compra – Consiste em perguntar aos clientes se comprariam ou não os produtos ou qual a qtde que pretendem comprar no próximo ano ou período. Depois disso os dados são projetados para determinaro potencial. Simples, porém não confiável.
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Comparação – aqui a projeção é feita com base na comparação de algum fator já conhecido.
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Testes de mercado – o produto é comercializado em pequena escala e os dados são coletados com o objetivo de determinar o nº de consumidores que comprará o produto. Depois os dados são projetados para omercado total.
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Análise de dados secundários – censos, renda disponível (certos indicadores) e tendência para gastar (pode ser medido pela arrecadação de impostos).
2. Previsão de Vendas (FORECAST) – Com um quadro geral de atuação, o administrador já pode fazer uma previsão do que poderá ocorrer no período a ser planejado, que pode ser mensal, anual, para mais anos, etc. Estaprevisão ocorre a partir da análise da empresa, seu ambiente, concorrência, condições gerais dos negócios, do ramo, do produto no mercado, em função do esforço mercadológico da empresa. Afeta todos os deptos daempresa, portanto a cautela é imprescindível. Pode ser feita por PRODUTO, por REGIÃO e MERCADOS ou por CLIENTE, através dos métodos: INTENÇÃO DE COMPRA, OPINIÃO DA FORÇA DE VENDAS, VENDAS PASSADAS,JULGAMENTO DOS EXECUTIVOS, entre os modelos matemáticos e estatísticos.
3. Territórios e Rotas – são unidades geográficas em que se apresentam divididas as zonas de vendas, dando a oportunidade de se identificar os clientes potenciais e chegar mais próximo de um atendimento adequado, comcobertura mais intensiva, controle maior das atividades do vendedor, criando também no mesmo uma sensação de responsabilidade, aumentando a motivação.
Atenção para uma divisão harmoniosa sendo proporcional em tamanho, nº de clientes, potencial de vendas e com oportunidades de vendas iguais. Depende também do produto, segmento e tipo de trabalho. É importante adeterminação das rotas (itinerários) que são os vários caminhos que o vendedor deve percorrer para dar cobertura apropriada ao território. O roteiro deve ser econômico e o mais racional possível.
4. Orçamento de vendas (BUDGET) – planejamento financeiro das expectativas das ocorrências do plano de vendas. Auxilia na previsão de lucros com receitas e necessidades de gastos. Pode ter as seguintes configurações:ORÇ. DE VENDAS, ORÇ. DAS DESPESAS DE VENDAS, ORÇ. DE PROPAGANDA E ORÇ. ADMINISTRATIVO.
5. Quotas – Servem de parâmetros para análise da atividade de vendas. É instrumento de controle, contribui para aumentar a motivação do vendedor.
Sabe-se que o administrador eficiente tem de ser capaz de compreender e de lidar com problemas econômicos e técnicos, mas precisa também ser capaz de compreender e de lidar com as pessoas (comportamentointerpessoal). De acordo com esse conceito, praticar relações interpessoais passa a ser mais do que manter contato com outras pessoas. Podemos dizer que implica em perceber o outro em suas particularidades, entender erespeitar as diferenças individuais. Para desenvolver as habilidades necessárias ao estabelecimento de relações interpessoais eficazes é preciso um melhor conhecimento de si próprio – a autopercepção – e ampliar apercepção do outro – a heteropercepção.
RELACIONAMENTO INTRAPESSOAL AUTOCONHECIMENTO
Como eu sou?
Meus defeitos e minhas qualidades?
No que posso melhorar?
São as diferenças individuais que determinam o comportamento do indivíduo no grupo. Para convivermos em sociedade temos que nos adaptar, contribuir, cooperar e aceitar as opiniões de outras pessoas. È a oportunidadeque temos de exercer ao mesmo tempo a liberdade individual e a adaptação social.
Às vezes não compreendemos por que temos certos tipos de comportamento ou atitudes. Isso ocorre porque temos dentro de nós conflitos que não conseguimos resolver.
Esses conflitos íntimos impedem nossa maneira eficiente de agir. Quando a prendemos a reconhecer as defesas que utilizamos para repelir as ameaças imaginárias ou reais estabelecemos a eficiência no relacionamentointerpessoal e na compreensão intrapessoal.
DESENVOLVIMENTO DE APTIDÕES PARA UM RELACIONAMENTO MAIS EFICIENTE PARA COM OS OUTROS
À medida que utilizamos o autoconhecimento e o conhecimento dos outros, aprendemos a maneira de nos comunicarmos mais eficazmente, isto é:
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Como ouvir
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Como dialogar
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Como informar
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Como avaliar
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Como elogiar
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Como disciplinar
A compreensão dos outros é a aptidão para sentir o que os outros pensam e sentem. A essa aptidão denominamos empatia – colocar-se no lugar do outro, porém sem envolvimento emocional. Dessa forma, na comunicaçãointerpessoal devemos:
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Desenvolver nossa empatia;
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Ter flexibilidade de ação, ou seja, saber se conduzir apropriadamente em cada situação, com determinada pessoa a fim de não ter uma reação uniforme para com todos e em todos os casos.
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Ter um repertório de condutas que vai variar conforme a situação e a pessoa.
Empatia
Relações Interpessoais Repertório de condutas
Flexibilidade de ação
SATISFAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO
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Grande parte do nosso trabalho é feita por meio do contato com os outros, quer como indivíduos, quer como grupo;
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A eficiência em lidar com outras pessoas é muitas vezes prejudicada pela falta de habilidade, de compreensão e de trato interpessoal;
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As pessoas que têm mais habilidade em compreender os outros e têm traquejo interpessoal são mais eficazes no relacionamento humano;
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A experiência tem comprovado que as pessoas podem aprender a aperfeiçoar sua habilidade em compreender os outros e a si próprias adquirindo traquejo nas relações interpessoais.
Conviver com os outros não é tarefa fácil. Para garantir o equilíbrio, eficiência e harmonia no nosso local de trabalho devemos:
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Conhecer a Empresa – conhecer o regimento interno,saber as funções exercidas pelas pessoas dentro da empresa;
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Conhecer a chefia – não basta apenas estar ciente das funções. É indispensável conhecer seus superiores, suas características e comportamentos.
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Conhecer os colegas – conhecer para compreendê-los e para colaborar em suas necessidades para garantir um relacionamento mais efetivo e menos conflitante.
TÉCNICAS DE VENDAS
CARACTERÍSTICAS DA PROFISSÃO DE VENDAS:
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Uma das áreas que mais apresenta atrativos
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Contatos constantes com clientes de todos os tipos
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Viagens freqüentes, reuniões , treinamentos, etc.
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O vendedor é o seu próprio administrador, com certa liberdade, tomador de decisões qto ao seu tempo, clientes e trabalho
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Responsabilidade, compromisso são determinantes
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Detém conhecimentos valiosos, reação dos consumidores, melhores técnicas de apresentação, enfim, decisões de marketing fundamentadas e válidas
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Exige flexibilidade, adaptação, versatilidade
REQUISITOS PARA UM VENDEDOR COMPETENTE
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CARACTERÍSTICAS PESSOAIS: boa aparência, ótima apresentação, altura da voz, boa educação, hábitos saudáveis e postura adequada
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CARACTERÍSTICAS DE PERSONALIDADE: dinamismo, versatilidade, conhecimento do ramo e das necessidades dos clientes,
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Buscar constantemente informações, inclusive de acontecimentos gerais
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Com a aquisição de intensa vida social, como jantares, coquetéis, eventos, deve ter habilidade em relações humanas
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Deve conquistar a confiança do cliente, cumprir aquilo que promete, eficiente na execução das tarefas. Determinação e responsabilidade para administrar o seu próprio tempo
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Conhecer seus produtos, sua empresa e seu concorrente
ADMINISTRAÇÃO DE TEMPO
Distribuir tarefas da melhor maneira possível, para um melhor aproveitamento.
Tempo gasto: 1/3 em contatos, 1/3 em viagens e 1/3 esperando clientes.
PLANEJAMENTO E USO DE NOTAS e uso de RELATÓRIOS, FICHÁRIOS E AGENDAS.
Telefone e mala-direta são formas úteis de economizar tempo.
Examinar o material com antecedência para as visitas reduzindo o tempo gasto com “procuras”.
PROCESSO DE VENDAS
Etapas:
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procura e avaliação dos clientes,
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abordagem;
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apresentação,
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tratamento de objeções,
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“fechamento”,
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pós-venda.
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Alcançar os objetivos de venda utilizando alguns critérios para procurar e avaliar os clientes: poder aquisitivo, capacidade de compra, reconhecimento social ou status, etc.
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Selecionar aqueles que mais dão retorno, contatando os melhores clientes, portanto concentrando-se nos melhores clientes, melhores resultados são obtidos.
MÉTODOS PARA SELECIONAR CLIENTES:
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Corrente contínua = em cada entrevista ocorre a indicação para futuros contatos.
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Centro de Influências = relacionar-se com uma pessoa ou grupo de pessoas que sirvam como centro de influências para indicação de clientes.
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Observação Pessoal = Manter-se alerta para as necessidades de compra a partir de conversas informais. Incluem tb atividades como atividades sociais, leituras de periódicos, revistas, etc.
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Assistente de Vendas = vendedor jr ou em treinamento para visitar prováveis compradores. Se houver interesse o vendedor titular fecha o negócio.
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Novas contas = Visita vários clientes sem marcar entrevista. Obtém tb nomes e indicações para futuros contatos.
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Outras fontes = clientes antigos, feiras, concursos, classificados, listas telefônicas, outros vendedores, funcionários e amigos, escolas, etc.
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ABORDAGEM = A 1a impressão é a que fica, certos detalhes são fundamentais. Aparência, hora marcada, vender a entrevista para a secretária, sinceridade, honestidade qto aos propósitos da visita, boa intenção,despertar a atenção neste momento é crucial. Como?
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APRESENTAÇÃO = do vendedor e da empresa. (às vezes é necessário adequar esta apresentação com mais ou menos treinamento, desenvolvimento das habilidades técnicas).
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ABORDAGEM DO PRODUTO = método usado mais no varejo, demonstrando ou comentando sobre o produto para encantar o cliente.
-
MÉTODO DE FAZER PERGUNTAS = forma recomendada de despertar a atenção, pois exige participação, considerando que:
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quanto mais específica a pergunta, melhor
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não fazer perguntas que o cliente não deseja responder,
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devem ser feitas perguntas que consideram os benefícios mais interessantes para o cliente.
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ABORDAGEM DO ELOGIO
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Elogiando o consumidor em algum aspecto visível ao vendedor. Sendo simpático, sem ser “falso”.
TRATAMENTO DAS OBJEÇÕES
Por uma série de razões:
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não estar disposto para atender o vendedor naquele dia,
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estar tentando se livrar do vendedor,
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não perceber a necessidade do produto/serviço apresentado,
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não ter dinheiro
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negar pelo simples fato de dizer NÃO.
Objeções podem ser FALSAS E VERDADEIRAS
FALSAS: difíceis de ser identificadas
VERDADEIRA: importante passo para o fechamento
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Identificar se é verdadeira ou falsa
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Concorde e contra-ataque
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Transforme a objeção em ponto para o fechamento
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Pergunte a razão da objeção e faça perguntas específicas
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Adie a resposta, se necessário.
PREPARE-SE ANTECIPADAMENTE, SEMPRE.
FECHAMENTO
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Não ser passivo, pode ser o temor da resposta negativa.
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Resumir os principais pontos da apresentação.
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Simplificar para não dar oportunidade ao cliente de pedir tempo para decidir. Daí é preciso estar atento para o momento X. Observar os sinais de compra que favorecem a tentativa de fechamento, que pode ser:Direto, Formação de barreiras e Ofertas Especiais.
SERVIÇOS DE PÓS-VENDAS
Aconteceram as “promessas”, depois veio o “fechamento” da venda, agora é a “hora da verdade”...
Nada impede que, mesmo saindo do circuito após conseguir as propostas assinadas, o vendedor faça um follow-up junto aos colegas de trabalho para assegurar-se de que o cliente está recebendo o que prometeu, umatendimento adequado e completo.
Cuidado especial em preparar os vendedores, pois são de importância vital para o sucesso da empresa a longo prazo, por estarem em contato permanente com os clientes que, se bem atendidos, por uma força de vendascapacitada, retornarão e indicarão outros clientes.
Texto para leitura
LIDERANÇA E NEGOCIAÇÃO
Eraldo Meireles de Souza
Quando se fala em liderança, uma das primeiras e mais importantes atribuições do líder, logo ressaltada, é sua capacidade de negociar.
As mudanças no mundo e nas empresas leva-nos à constatação de que encontramo-nos em um momento de transição de um tempo que está acabando e de outro que começa. Estruturas hierarquizadas são substituídaspelas matriciais, as relações formais cedem lugar às informais, os vínculos burocráticos perdem sentido diante dos vínculos empreendedores, já tem pouco valor o "manda quem pode, obedece quem tem juízo" , quandotodos sabem que é necessário "fazer o que é preciso". As informações centralizadas, até então um símbolo do poder, perdem lugar para as informações pulverizadas, quando todos são envolvidos nos processos decomunicação dentro das empresas. Cada um cuidando de seu pedaço, em busca dos resultados de sua unidade, perde importância diante dos resultados maiores da Empresa. A revolução provocada pela internet estáfazendo diminuir sensivelmente as vendas em local físico, em favor das vendas cada vez mais significativas em "local virtual". Enfim, os antigos modelos mentais, responsáveis por comportamentos e atitudes que já nãofuncionam, têm que ceder espaço a novos modelos mais eficazes.
Todas estas mudanças batem de frente com necessidades e valores enraizados, com um "status quo" estabelecido e, principalmente, com o principal agente de todas as mudanças: o ser humano. E este não muda comomudam as peças, as máquinas ou seus componentes. Conhecer ou mesmo treinar habilidades não basta para que o ser humano se disponha a mudar; o processo de convencimento é árduo e muitas vezes desgastante. Nestahora revelam-se os verdadeiros líderes. E, quando falamos de líderes, não estamos nos referindo apenas àqueles que exercem funções gerenciais, de chefia ou que detêm algum poder formal nas estruturas hierárquicas.Referimo-nos a todos que precisam obter resultados com/e por intermédio de outras pessoas, independentemente de sua posição, cargo ou contexto em que esteja atuando. A estes principalmente não pode faltar o grandeatributo da liderança: saber negociar!
Segundo os consagrados autores Kouzes e Posner a "Liderança é um conjunto de práticas observáveis que podem ser aprendidas". Em seu livro Desafios da Liderança eles citam as 5 práticas: 1. Desafiar o Processo; 2. Inspiraruma Visão Compartilhada; 3.Capacitar os Outros para Agir; 4.Modelar o Caminho; 5.Encorajar o Coração.
Ora nenhuma dessas práticas pode ser imposta. Se não, vejamos alguns exemplos.
Como impor às pessoas uma "uma busca de oportunidades desafiantes ou a assunção de riscos" sem que eles estejam dispostas a isto? Como fazê-las colaborar ou compartilhar informações, se elas não estiveremconvencidas do valor destes comportamentos? Dar o Exemplo, Reconhecer as Contribuições e até Comemorar as Pequenas Vitórias são comportamentos ativos que exigem pré-disposição e convencimento íntimo. Nãopodem ser impostos, mas podem e devem ser negociados!
Usando suas habilidades pessoais, aliadas às boas técnicas de negociação, os verdadeiros líderes são capazes de se transformar em "agentes de resultados" tão necessários nestes tempos de mudança cada vez mais rápidas eque exigem inteligência.
NEGOCIAÇÃO E CRISE
Eraldo Meireles de Souza
Entre perplexos e confusos temos assistido às disputas, discussões, ataques e acusações que têm caracterizado as relações entre o Governo Federal e alguns Governos Estaduais, especialmente o de Minas Gerais.
Como qualquer cidadão comum, desconhecemos em detalhes os meandros da burocracia que rege as famosas dívidas, empréstimos e avais que têm sido citados como razão da discórdia.
O que percebemos é que a palavra NEGOCIAÇÃO tem sido usada, de parte a parte, ora como elemento de defesa, ora como arma de ataque. Todos parecem querer negociar, mas ninguém se dispõe a conversar, a dialogar e,principalmente, a OUVIR a outra parte. Confunde-se negociar com falar, acusar, atacar, intimidar, cobrar. Até a gratidão tem sido usada como moeda de troca.
Tudo isto nos conduz a uma reflexão sobre alguns pontos importantes que devem nortear qualquer negociação que pretenda ser bem sucedida:
1. Antes de falar, ouça!
De fato, a etapa "Exploração ou Sondagem" é a mais esquecida pelo negociador brasileiro. Temos enorme dificuldade em ouvir a outra parte, acreditamos que falando, argumentando, ameaçando, acabamos por vencerqualquer disputa. Mais ainda, deixando de ouvir, passamos a agir como se os outros pensassem, sentissem e agissem como nós mesmos. Por não ouvir plenamente, julgamos e avaliamos qualquer coisa que os outros dizem;e estes julgamentos e avaliações são feitos a partir de nossos próprios valores e crenças.
2. Separe as pessoas do objeto da negociação.
Os bons negociadores, especialmente os que têm que negociar em nome de uma Empresa, de um Estado, de um Povo, de um País, estes sabem seguir um dos mais antigos ditados de todos os idiomas: "amigos, amigos,negócios à parte". E ainda são capazes de melhorá-lo quando dizem: "amigos ou inimigos, negócios à parte". Em outras palavras, quem negocia a coisa pública, o bem comum, tem que saber separar as pessoas do objeto danegociação: não pode se deixar influenciar por sentimentos, paixões, ódios ou ressentimentos, pois o que está em jogo é o resultado que irá influenciar a vida de muitas pessoas, da Empresa, do Estado ou do País e não asvaidades pessoais, os egos feridos, as gratidões ou ingratidões, os rancores ou as divergências passadas mal resolvidas.
3. Se a intenção é, de fato, negociar esteja aberto a tudo.
Quando se impõem condições prévias, quando se estabelece "a priori" que só se sentará à mesa de negociação se determinadas ações foram empreendidas ou outras deixarem de ser, neste momento já se cria um grandeimpasse, antes de começar a negociação. Neste ponto já não se trata de uma negociação, mas pelo menos, de duas. Primeiro será necessário superar o impasse deliberadamente criado, para, então, prosseguir-se nanegociação do que realmente importa. Muitas vezes, o impasse se torna intransponível e aí, adeus negociação!
4. Nem sempre quem está com a razão, negocia melhor.
Muitos negociadores acreditam tão firmemente em suas posições e pontos de vista, que passam a julgar que esta crença é suficiente para torná-los imbatíveis. Agem, então, como se nada pudesse demovê-los e passam aconsiderar os argumentos, atitudes e ações de outra parte como ofensas pessoais ou como agressões gratuitas. Suas crenças e vontades obliteram sua capacidade de raciocínio, tornando-os insensíveis a argumentos eposições, por mais racionais, lógicos ou estruturados que possam ser.
Neste momento assumem uma postura "emburrada", tornam-se surdos e inacessíveis a qualquer tentativa de aproximação.
5. Intermediários são bons, quando merecem confiança e respeito.
Todos sabem que a confiança é fator decisivo em qualquer negociação. Muitas vezes, esta confiança pode ser ampliada ou mesmo conquistada por meio de um bom intermediário que a outra parte respeite ou admire; elescostumam aparar arestas, aplainar terrenos e aproximar as partes em litígio. À escolha do intermediário, então, assume importância decisiva, pois, de sua presença pode depender todo o processo e também o resultado. Umintermediário mal escolhido pode matar uma negociação antes que ela comece.
De fato, o episódio em questão permite muitas outras reflexões sobre o tema, mas fiquemos, por enquanto com estas na esperança de que o bom-senso prevaleça e que não venhamos nós a pagar mais uma conta nascidada inabilidade de nossos políticos. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, não é mera coincidência.
Bibliografia
KOZICKI, Stephen. Negociação criativa. São Paulo: Futura, 1999.
MARTINELLI, Dante P. ALMEIDA, Ana Paula. Negociação e solução de conflitos. São Paulo: Atlas, 1998.
DANTE, P. Martinelli e ALMEIDA, Ana Paula. Negociação - Como transformar confronto em cooperação. São Paulo: Atlas, 1997
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