Johannesburgo – O presidente sudanês, Omar al-Bashir, acusado de genocídio pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), abandonou ontem a África do Sul, embora a Justiça sul-africana tenha proibido sua saída do país. Bashir, que havia viajado a Johannesburgo para participar de uma cúpula da União Africana (UA), retornou durante a Cartum, depois que seu avião decolou de um aeroporto militar da capital sul-africana.
O TPI, que acusa o presidente sudanês de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídios, havia pedido à África do Sul que prendesse Bahir caso ele entrasse em seu território. “estamos muito decepcionados por não terem detido o líder sudanês”, declarou James Stewart, adjunto da procuradora do TPI. Fatou Bensouda. O governo sul-africano não fez nenhum comentário sobre o caso.
Bashir, de 71 anos, governa o Sudão desde um golpe de Estado em 1989 e foi reeleito em abril, sem oposição e com 94% dos votos, para um novo mandato de cinco anos. Desde 2009, ele reduziu suas viagens ao exterior, preferindo os países que não são membros do TPI.
Segundo a ONU, ao menos 300 mil pessoas morreram e 2,5 milhões precisaram fugir devido à violência interétnica que assola o Sudão desde 2003.
Fonte: Correio do Povo, página 6 de 16 de junho de 2015.
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