Febraban e Abecs apoiam meios de pagamento eletrônicos. Saques nos caixas somam R$ 1 trilhão
São Paulo – A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) estudam propostas para entregar ao Banco Central (BC) que desestimulem o uso do papel moeda no país. Segundo Raul Moreira, vice-presidente de Varejo do Banco do Brasil e da Abecs, foi criado um grupo de trabalho para debater sugestões sobre o tema. Anualmente, explicou ele, são sacados R$ 1 trilhão dos caixas eletrônicos.
Um caminho possível, de acordo com Raul Moreira, é incentivar os meios de pagamento eletrônicos. “Há, contudo, três gargalos que dificultam o menor uso da moeda: cultural, legislação e tecnologia”, argumentou. Moreira disse também que nenhum proposta foi desenhada ainda e que a análise será do BC, que regula bancos e os meios de pagamento.
No Brasil, até 1993, o dinheiro em circulação correspondia a menos de 1% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Em 2013, essa relação já estava em 4,2%, conforme o BC. Isso quer dizer que a quantidade de células em poder dos brasileiros quadruplicou no período de 20 anos.
Mesmo com outros meios de pagamento como cheques e cartões, os brasileiros ainda preferem o uso de cédulas e moedas de real para suas transações financeiras. Pesquisa do BC de 2013 mostrou que para 70% das pessoas os dinheiro é a forma preferida de pagamento. Já no comércio, o percentual de uso de dinheiro ficou em 57%.
Fonte: Correio do Povo, página 5 de 20 de junho de 2015.
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