segunda-feira, 15 de junho de 2015

Ostracismo e democracia

 Os gregos, que inventaram a democracia, também desenvolveram mecanismos para protegê-la dos tiranos e demagogos. Por prevenção aos primeiros, instituíram o “ostracismo”.
Todo ano, a Assembleia – Ecclesia – se reunia e recebia a tarefa de elaborar uma lista com os nomes daqueles que poderiam vir a ameaçar a democracia com a sombra da tirania. Passados dois meses cada cidadão apresentava sua lista e quem recebesse mais de 6 mil votos – gravados numa ostra – era afastado da pólis por dez longos anos.
Contra os demagogos, os atenienses foram outra vez engenhosos. Calejados contra decisões desastrosas, arrancadas da Ecclesia na base da eloquência e das promessas que muitas vezes violavam as leis em nome do poder soberano do ovo, decidiram que eram responsáveis pelas decisões não só os demagogos, mas igualmente aqueles que os seguiam através dos votos, que passaram a ser colhidos de casa em casa.

Com essas providências, imaginaram os atenienses, a democracia passaria a ser o regime da “moderação”.

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