Quando o assunto
envolve o plástico e o meio ambiente é muito mais comum lermos os
contras do produto, porém sem os fundamentos necessários. É
verdade que o material demora a se decompor, pois é muito resistente
a radiações do sol, ar e água. Porém precisamos nos conscientizar
de que a postura das pessoas, nesse sentido é crucial para a
poluição do meio ambiente. Lembre-se: plástico não tem pernas,
não tem asas nem nadadeiras.
O que muitos não
sabem é que o plástico tem um benefício ambiental muito forte em
diversos aspectos na atmosfera. A redução do custo de energia, por
exemplo, é um deles. Injetoras e extrusoras de plástico permitem
reduzir até 60% do consumo de energia. Além disso, o plástico é
um componente indispensável no processo de reciclagem energética:
como é derivado do petróleo, o material tem um alto poder
calorífico – isso significa que, aos ser queimado na reciclagem
energética, libera uma alta qualidade de calor, resultando na
produção de energia. Ressalto que 1 kg de plástico é capaz de
produzir a mesma quantidade de energia elétrica gerada por 1kg de
óleo combustível.
Outra vantagem do
plástico é em relação aos aterros sanitários: são as lonas
plásticas que impermeabilizam os aterros, evitando a contaminação
dos lençóis freáticos. Ainda nesse processo, os líquidos vindos
do chorume são captados através de tubulações plásticas e
escoados para uma lagoa de tratamento.
A questão é que o
problema não está intrínseco ao produto plástico, mas sim ao bom
senso da sociedade. O material traz diversas vantagens ao meio
ambiente e seria impossível viver sem ele. A conscientização deve
partir de cada um de nós a praticar os famosos três Rs: reduzir,
reciclar e reutilizar. O que prejudica o meio ambiente não é o
plástico, é o seu descarte incorreto. Fica a dica para este Dia
Mundial do Meio Ambiente (5 de junho): o que vale é o bom senso.
Coordenadora do
programa Sustenplást (Sinplast)
Fonte: Correio do Povo,
página 2 de 5 de junho de 2015.
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