LUÍS SÉRGIO DIBE – Enviado Especial
Em seu discurso na abertura da 17ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, ontem, o residente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziukolski, defendeu a revisão do pacto federativo e a necessidade de regulamentação da lei para redistribuição dos royalties do petróleo como alterativas para amenizar a crise dos municípios brasileiros. “Nunca presenciei crise tão grane como a de agora. Ela não é apenas econômica, mas também estrutural. E pior: se aprofunda a cada ano”, declarou. O evento, que ocorre no Centro de Convenções de Brasília, prosseguirá até amanhã.
O presidente da CNM também criticou a postura do governo federal perante a marcha, mencionando a ausência da presidente da República, Dilma Rousseff, como um destaque negativo para o encontro. “A presidente não veio. Posso imaginar a razão, mas não devo dizer o que penso”, sublinhou Ziulkoski em entrevista. Em seu lugar, Dilma enviou o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, que foi duramente vaiados pelos prefeitos durante sua saudação. “Kassab é um municipalista, mas agora está do outro lado do balcão”, completou.
Segundo Ziulkoski, o corte de R$ 21 bilhões de emendas somado ao ajuste fiscal impactará diretamente sobre as contas dos municípios, atingindo programas sociais e serviços públicos. “Cerca de 60 mil obras estão paradas nos municípios”, afirmou.
Fonte: Correio do Povo, página 4 de 27 de junho de 2015.
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