A
Prefeitura de Porto Alegre tem uma empresa da administração
indireta, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), que
tem entre suas atribuições garantir a fluidez do trânsito na
Capital. A cidade tem hoje, em média, dois habitantes, dois
habitantes por carro, o que indica que a frota supera os 700 mil
veículos circulando nas vias pública. Com um grande contingente em
qualquer hora do dia, principalmente no de pico, não existe mais
horário bom para dirigir, pois os congestionamentos se tornaram
corriqueiros para os porto-alegrenses. Contudo, uma permissão da
prefeitura agrava o problema, que se torna ainda mais preocupante em
dias de chuva, quando a mobilidade urbana vira sinônimo de
estagnação.
Nos
horários de circulação mais intensa, caminhões contratados pela
prefeitura estão trancando as ruas para recolher o lixo dos
contêiners estacionados nas ruas. Com isso, os veículos são
obrigados a parar e esperar. Ocorre que em ruas de uma única mão e
com passagem única de um veículo, principalmente por volta de 19h,
quando todos estão retornando para casa, o trânsito se torna um
caos. Isso ocorre, por exemplo, em vias como a Fernando Machado, no
Centro, e na Fernandes Vieira, no bairro Bom Fim, para ficar apenas
em dois exemplos.
O
trânsito transformou-se num drama pessoal e coletivo nas grandes
cidades. Mas ele não pode ser gravado por quem deve solver o
gargalo. A prefeitura precisa encontrar horários alternativos para
realizar a importante tarefa de recolher o lixo sem penalizar o
cidadão.
Fonte:
Correio do Povo, editorial da edição de 18 de junho de 2015, página
2.
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