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sexta-feira, 5 de junho de 2015

Lava Jato: R$ 30 milhões para campanha no RJ

A campanha de 2010 do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e do atual governador, Luiz Fernando Pezão, teria sido irrigada com R$ 30 milhões destinados por empreiteiras contratadas para a construção do Polo Petroquímico do RJ. Eles concorriam respectivamente, a governador e a vice e, juntamente com Régis Fichtner, ex-chefe da Casa Civil do Rio na gestão de Cabral, estão sendo investigados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O inquérito, no âmbito da Operação Lava Jato, tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que quarta-feira autorizou a quebra dos sigilos telefônicos de Cabral, de Pezão e de Fichtner.

Ontem, o governador Luiz Fernando Pezão tentou se defender por meio de uma nota em que afirma respeitar a decisão do STJ. Ele espera rebater e contestar as declarações do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, feitas em depoimento de delação premiada, indicando que tinha entregue cerca e R$ 30 milhões ao caixa de campanha eleitoral de Sérgio Cabral, em 2010. De acordo com Costa, a origem do dinheiro era propina em contratos para obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. Segundo Costa, as empreiteiras Odebrecht, OAS e UTC, que formavam o consórcio Compar, teriam repassado à campanha de Cabral R$ 15 milhões. Outros R$ 15 milhões teriam como origem os caixas de Skanska e Alusa, entre outras empresas.

Fonte: Correio do Povo, página 4 de 5 de junho de 2015.

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