Força-tarefa que une PF, MPU e Fazenda constata mais irregularidades
Brasília – Desde o início da fase pública da Operação Zelotes, que apura denúncias de venda de sentenças do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), o número de conselheiros investigados subiu de nove para 21. A força-tarefa que une a Polícia Federal (PF), Ministério Público da União (MPU) e Ministério da Fazenda constatou que o esquema é maior que o imaginado inicialmente e vai além dos casos que estão no relatório da PF enviado à Justiça. Até nos julgamentos simples houve manipulação, constataram as investigações.
Segundo uma fonte a par das investigações, a PF passou a focar em dois núcleos do suposto esquema de corrupção. Um deles seria liderado pelo ex-presidente do Carf e ex-secretário da Receita Federal Otacílio Cartaxo e seu genro Alexandre Manzan, famoso advogado tributarista de Brasília. E o outro, pelo ex-presidente do Carf Edison Rodrigues e sua filha Megan, também conselheira.
A CPI do Carf no Senado ouve hoje o genro de Cartaxo e outros dois ex-conselheiros. Eles não compareceram à sessão da semana passada, e os parlamentares aprovaram um requerimento para a condução coercitiva deles.
Mesmo antes do fim das investigações, o MPU deve começar a fazer as primeiras denúncias à Justiça, ainda neste mês. A estratégia é pegar os casos com provas mais robustas e encaminhar à Justiça. Enquanto isso, a PF procura novas conexões dos conselheiros investigados.
Desde que o escândalo de vendas de sentença estourou, o Ministério da Fazenda suspendeu as sessões do Carf. A ideia é dar celeridade e evitar que casos como o uso da primeira instância para criar jurisprudência não ocorram mais.
Fonte: Correio do Povo, página 6 de 18 de junho de 2015.
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