Não é de hoje que
delinquentes tentam formas variadas de enganar pessoas para obter
dinheiro fácil. Os golpes costumam ter a marca ardil próprio dos
estelionatários e, frequentemente, contam com a própria
participação da vítima, que é levada a desempenhar um papel ativo
na armadilha e só descobre o engodo quando o malogro já está
perpetuado. Exemplo desse tipo de investida está no chamado conto do
bilhete, em que a vítima entrega dinheiro ou joias para ficar com o
bilhete premiado.
Agora, com o advento
da internet, outras modalidades de delitos vêm sendo constatadas.
Uma delas é o boleto falso, simulando uma cobrança real. Também
está na moda o envio de um anexo no qual a pessoa clica e instala,
inadvertidamente, um programa espião que vai permitir uma
manipulação à distância dos seus dados pessoais e bancários.
Ainda são tidas notícias, igualmente, de casos de extorsão por
telefone, seja pelo falso prêmio, seja pela simulação de um
sequestro de um membro da família.
Em todos esses casos,
as autoridades recomendam que as pessoas estejam alertas para não
serem enganadas. Além disso, é importante ter e compartilhar a
informação sobre os métodos empregados pelos criminosos em busca
de vantagens indevidas. A sociedade deve se proteger contra esses
crimes, que lesam o patrimônio alheio e servem, não raras vezes,
para capitalizar organizações criminosas. A sofisticação dos
métodos dos delinquentes exige reação do poder público e atenção
das potenciais vítimas.
Fonte: Correio do Povo,
editorial da edição de 5 de junho de 2015, página 2.
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