Segundo a presidente,
corrupção na Petrobras se limita a cinco funcionários
Em
entrevista a uma emissora de TV francesa, divulgada ontem, a
presidente Dilma Rousseff disse ser impossível que se aponte ligação
entre ela e o escândalo de desvio de dinheiro da Petrobras,
investigado na Operação Lava Jato. Dilma fez a afirmação após o
jornalista Marc Perelman perguntar se a presidente assumiria as
consequências caso as investigações cheguem até ela. “Eu não
respondo a esta questão porque eu não estou ligada. Eu sei que não
estou nisso. É impossível. Lutarei até o fim para demonstrar que
não estou ligada. Eu sei o que eu faço. E eu tenho uma história
por trás de mim. Neste sentido, eu nunca tive uma única acusação
contra mim qualquer malfeito. Então, não é uma questão de 'se'.
Eu não estou ligada”, disse.
A
entrevista foi feita na sexta-feira. No mesmo dia, Dilma também
falou à TV Deutsche Welle (Alemanha) e Le Soir Belgique (Bélgica).
Hoje, Dilma viaja para Bruxelas, onde vai participar da Cúpula da
União Europeia – Comunidade de Estados Latino-Americanos e
Caribenhos (Celac), que reunirá líderes de países europeus e
americanos.
Dilma
ressaltou que candidatos de outros partidos, além do PT, também
receberam dinheiro das empresas investigadas na Lava Jato de forma
legal e questionou porque somente o PT foi destacado. “Estão
tentando envolver a minha campanha. Não existe nenhuma evidência
que prove irregularidade na minha campanha. Não só em 2010, como
também em 2014, todos os candidatos concorreram comigo receberam
dinheiro dessas empresas de forma legal.”
A
presidente disse ainda que o esquema de corrupção não pode ser
chamado de “escândalo da Petrobras” porque alguns funcionários
se envolveram em irregularidades. “É muito importante entender que
a Petrobras tem mais de 30 mil empregados e cinco envolvidos. O
escândalo da Petrobras é escândalo de um determinado funcionário
que era diretor na Petrobras.
Fonte:
Correio do Povo, página 3 de 9 de junho de 2015.
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