terça-feira, 16 de junho de 2015

Gabas diz que aplicação da regra 85/95 deixaria Previdência "insustentável"

O ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, disse hoje (15) que, caso o novo cálculo para aposentadoria, proposto pelo Congresso Nacional, chamado de “fórmula 85/95”, fosse aplicado hoje, o Brasil viveria “o caos” anos mais tarde. De acordo com o ministro, o aumento progressivo da expectativa de vida faria com que, em 2060, o Brasil tivesse um número muito grande de aposentados e poucos contribuintes em comparação com 2015. Segundo ele, a estimativa do gasto extra da Previdência Social nos próximos 45 anos ficaria em torno de R$ 3 trilhões.

O ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, em coletiva após reunião sobre alternativas ao fator previdenciário, no Palácio do Planalto (Valter Campanato/Agência Brasil)

O ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, fala à imprensa após reunião sobre alternativas ao fator previdenciário, no Palácio do Planalto Valter Campanato/Agência Brasil

“Em 2060, do ponto de vista previdenciário, é o caos. Se mantivermos as regras, vamos chegar a uma situação totalmente insustentável. A expectativa de vida vai chegar a 81,2 anos, e nós teremos um terço da população de idosos. E isso muda a relação de previdência”, explicou o ministro. Gabas disse ainda que, com a nova fórmula, a tendência seria os trabalhadores contribuírem mais tempo para terem direito à aposentadoria integral, mas, quando isso ocorresse, as despesas seriam maiores.

Em reunião com líderes das centrais sindicaisna tarde desta segunda-feira (15), Gabas, junto com os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, do Planejamento, Nelson Barbosa, e das Comunicações, Ricardo Berzoini, expôs os cálculos do governo em relação à proposta. “Em 2060, ela não tem condições de sustentar os idosos, e é isso que estávamos explicando para as centrais”, disse Gabas.

Saiba Mais

A fórmula 85/95 foi incluída pelo Congresso Nacional no texto da Medida Provisória (MP) 664 e encaminhada à presidenta Dilma Rousseff para sanção. A fórmula estabelece que, para se aposentar recebendo os proventos integralmente (obedecido o teto de R$ 4.663,75 da Previdência Social), os trabalhadores têm que somar o tempo de contribuição e a idade até atingir o limite 85, para as mulheres, e 95 para os homens.

Na prática, a fórmula 85/95 permite que os trabalhadores se aposentem mais cedo do que pelo cálculo do fator previdenciário. Pelo fator, quanto mais cedo o beneficiário se aposenta, menor o benefício. O governo argumenta que a fórmula aprovada pelo Congresso compromete a sustentabilidade da Previdência, principalmente no longo prazo.

Gabas frisou que, no encontro desta tarde, o governo não apresentou uma alternativa à fórmula 85/95. Segundo o ministro, a equipe de Dilma Rousseff queria ouvir ideias dos representantes dos trabalhadores. As centrais, no entanto, mantêm a posição pela aprovação do texto tal qual aprovado no Congresso.

Um fórum será feito entre o governo, os empregados e empregadores para discutir questões trabalhistas, com data a ser definida. Enquanto o governo quer usar o fórum para debater uma alternativa, os sindicalistas sugerem a sanção da MP 664 sem vetos e, no fórum, um posterior ajuste do cálculo de aposentadoria.

“Agora, estamos solicitando da presidenta que não vete a 85/95. E no fórum discutiremos as propostas para todo o sistema previdenciário. Aí, depois de promulgar a 85/95, discutir as outras questões”, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Wagner Freitas. “Pedimos à presidenta que não vete, que corrija essa distorção que prejudica milhões de trabalhadores. Ela tem a oportunidade de fazer esse bem aos trabalhadores”, destacou o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

Gabas acredita que, uma vez sancionada a proposta do Congresso, será mais difícil mudá-la. De acordo com ele, seria como “mudar a direção de uma carreta em alta velocidade”. Apesar de argumentar que a fórmula não é viável a longo prazo, o ministro reiterou que a posição da presidenta ainda não está definida.

“Gostaríamos muito que o diálogo permanecesse, independentemente da posição que a presidenta Dilma vai tomar, e ela tem até quarta-feira [17] para isso. Ela não tomará medidas sem ter conhecimento de todos os números e projeções”. Gabas disse ainda que o diálogo com as centrais sindicais se manterá até quarta-feira, quando a presidenta terá que tomar a decisão de sancionar ou vetar o texto.

 

 

Agência Brasil

 

COMO FUNCIONA NA POLÍTICA O MULTIPLICADOR DE OPINIÃO! O CASO ATUAL DO BRASIL!


1. Em estudos de reação do consumidor –especialmente em restaurantes- a aprovação ou desaprovação do serviço deve servir de base para se entender a dinâmica da opinião dos eleitores. No caso dos restaurantes, o multiplicador é de 10 no caso de desaprovação do serviço, ou seja, um consumidor que desaprova efetivamente o que comeu, conta para mais 10. No caso de aprovação efetiva, ele conta e elogia para outras 3 pessoas. E há os que não têm opinião efetiva, ou seja, com nenhum multiplicador.
2. No caso da política, o processo observa essa mesma dinâmica geral, mas com ajustes. A população, em conjunturas normais, não está muito ligada à política. Sendo assim, sua opinião é episódica e não se sente apaixonada pela causa – a favor ou contra. Ou seja, o multiplicador é ralo e difuso. Só é ativado no auge da campanha eleitoral impulsionado pela propaganda.
3. No caso de uma situação de crise, de forte envolvimento da população pelas consequências sobre sua renda e emprego, e consequente impopularidade do governante, aí sim a opinião das pessoas passa a observar os multiplicadores dos restaurantes e minimizar os neutros.
4. Mesmo num quadro de crise e forte impopularidade, sempre há uma parte do eleitorado que não tem rejeição intensa ao governante, até porque nem todos são vítimas da crise. Por exemplo: Se é fato que só 15% aprovam Dilma, outros 20% a acham regular. A reação desses grupos é diferente dos 65% que a desaprovam.
5. Os 15% que aprovam –no caso atual de Dilma- tendem a ser militantes ou os que se sentem seguros que não serão atingidos. Ou seja, encontram argumentos para aprovar o governo e tentar desqualificar os críticos. Normalmente o multiplicador deles é bem maior que o dos que rejeitam com baixa intensidade. Entre os 65%, uma parte é militante no sentido de diretamente atingido e outra é multiplicador de opinião pelo quadro geral que avaliam. Entre os dois, há aqueles que temem serem atingidos em curto prazo.
6. O maior problema de Dilma é que os 15% são quase só os que acham que não serão atingidos. Os militantes –PT e CUT, fazem parte do governo e da oposição, como as ruas e o noticiário tem mostrado. Ou seja, o multiplicador deles é baixo na proporção máxima 3 dos que aprovam um restaurante, e não na proporção inversa de militantes 10.
7. Numa conjuntura como a atual, os 20% que a acham regular não aprovando nem desaprovando, não multiplicam a opinião negativa. E até podem justificar deslocando as causas para fora do governo, com um baixo multiplicador positivo.
8. Fazendo uma conta simplista, poderíamos dizer que o multiplicador dos 15% é de 3. O dos 20% é de 2. Dos 65%, o multiplicador dos 35% é de 10 e o dos demais 30% é de 3. No total, os que aprovam ou multiplicam as justificativas são (15 x 3) + (20 x2) = 45 + 40 = 85. Os que rejeitam ou reprovam teriam um multiplicador de (35 x 10) + (30 x 3) = 350 + 90 = 440.
9. O saldo dos fluxos de opiniões negativas multiplicadoras seria 440 / 85 = 5,17 vezes maior que o de opiniões positivas multiplicadoras. Portanto, um quadro de improvável reversibilidade da rejeição de Dilma. E os militantes –PT/CUT- ficam numa calça justa: não podem abrir mão das benesses do poder, mas podem perder esse mesmo poder e mandatos.
10. Em tempo: Se os 15% de aprovação fossem militantes PT/CUT apaixonados em vez de 15 x 3 teríamos 15 x 10 ou 150 – 45 = 105 a mais. Nesse caso a proporção da rejeição seria de 440 / 190 ou só 2,31 vezes maior, o que geraria um quadro reversível. Mas não é o caso.

 

Ex-Blog do Cesar Maia

 

Al Qaeda no Iêmen confirma morte de líder em ataque com drone norte-americano

 

Da Agência Lusa

A Al Qaeda no Iêmen confirmou a morte do líder Nasir Al Wuhayshi, número dois da organização jihadista, durante um ataque norte-americano com um drone, por meio de um vídeo divulgado na internet.

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A Al Qaeda na Península Arábica disse que escolheu Qassem Al Rimi como novo líder.

Wuhayshi “foi morto em um ataque norte-americano com drone que o tinha como alvo, tal como dois outros combatentes”, que também morreram, disse o homem que leu o comunicado no vídeo.

A Al Qaeda na Península Arábica foi responsável por várias conspirações contra os Estados Unidos, incluindo uma tentativa de explodir um avião comercial no dia de Natal de 2009.

 

Agência Brasil

 

Policiais do Rio fazem operação contra o tráfico na região metropolitana

 

Vítor Abdala - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

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Policiais civis fazem hoje (16) uma operação para prender suspeitos de tráfico de drogas e de armas na região metropolitana do Rio de Janeiro. Até o momento, 26 mandados de prisão foram cumpridos nas cidades do Rio e de Niterói, além da Baixada Fluminense, por 400 policiais civis de diversas delegacias e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

Segundo a Polícia Civil, as pessoas são suspeitas de integrar a facção criminosa que controla a maior parte dos pontos de venda de drogas no estado do Rio de Janeiro. A investigação da Delegacia de Vicente de Carvalho (27ª DP), que durou oito meses, identificou os líderes do grupo e fornecedores de armas e drogas.

A organização criminosa atua trazendo as drogas para o estado e distribuindo para os diversos pontos de venda. O faturamento mensal do grupo, estimado pela polícia, supera R$ 7 milhões em apenas algumas regiões. Os policiais informaram, ainda, que integrantes atuam de dentro de presídios.

 

Agência Brasil

 

MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO E A QUESTÃO DO ENSINO RELIGIOSO QUE STF DECIDIRÁ NOS PRÓXIMOS DIAS!


(Trechos do artigo na Folha de SP, 14) 1. “No Supremo Tribunal Federal, sou relator de uma ação direta de inconstitucionalidade na qual se discute o papel do ensino da religião nas escolas públicas. Há basicamente duas posições em debate.  De um lado, há os que defendem que o ensino religioso possa ser ligado a uma religião específica, sendo ministrado, por exemplo, por um padre, um pastor ou um rabino. É o que se chama de ensino religioso confessional. De outro, há os que sustentam que o Estado é laico e que o ensino de religião tem de ser de caráter histórico e plural, com a apresentação de todas as principais doutrinas. Isto é: não pode ser ligado a um credo específico.”
2. “São diferentes formas de ver o papel da educação religiosa. Ao Supremo Tribunal Federal caberá determinar qual dessas duas posições realiza mais adequadamente a vontade constitucional. A Constituição não tem uma norma expressa a respeito, mas prevê a existência de ensino religioso facultativo, assim como prevê que o Estado é laico e que não deve apoiar ou embaraçar qualquer culto. Há três grandes valores em questão. O primeiro é a liberdade de religião, a possibilidade legítima de se professar uma crença e pretender conquistar adeptos para ela. O segundo é o dever de neutralidade do Estado, que deve se abster de promover qualquer religião, bem como de dificultar o seu exercício. O terceiro valor envolve o papel da religião na educação e no espaço público, no âmbito de um Estado democrático e de uma sociedade multicultural.”
3. “A verdade não tem dono, e o papel do Estado é assegurar que cada um possa viver a sua convicção, sem a exclusão do outro. O caminho do meio, feito do respeito ao próximo e da tolerância.   Como ensinam o "Velho Testamento", os evangelhos, o budismo, Aristóteles, Immanuel Kant e todos aqueles que viveram para um mundo melhor e maior.”

 

Ex-Blog do Cesar Maia

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