Bruxelas – Os chefes de Estado e de governo dos 28 países da União Europeia (UE) concordaram em repetir os 40 mil refugiados da Síria e Eritreia, nos próximos dois anos, mas com base em quotas voluntárias. A proposta era implantar quotas obrigatórias, segundo a qual cada país teria de acolher um número previamente definido de migrantes com base no Produto Interno Bruto, na população total e ainda na taxa de desemprego. O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, interveio criticando a proposta. “Ou vocês estão solidários ou não nos façam perder o nosso tempo”, afirmou perante os colegas europeus.
Além de Itália, também Hungria, Polônia e Grécia se posicionaram do lado das críticas aos países mais reticentes em mostrar solidariedade com aqueles que têm de fazer face à chegada em larga escala de migrantes que atravessam o Mediterrâneo à procura de uma vida melhor na Europa.
O método de repartição dos imigrantes deverá decidido em julho. Além dos 40 mil refugiados da Síria e da Eritreia que a UE irá acolher nos próximos dois anos, serão ainda reinstalados 20 mil refugiados que estão fora da Europa em situações de emergência, sobretudo no Norte e Nordeste africano e no Médio Oriente. Desde o início deste anos, mais de 100 mil pessoas entraram clandestinamente na União Europeia.
Fonte: Correio do Povo, página 7 de 27 de junho de 2015.
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