Justiça Militar absolveu os outros seis bombeiros ontem em Santa Maria
RENATO OLIVEIRA
Dois anos e quatro meses após a tragédia da Kiss, que deixou 242 mortos, foi conhecida ontem a sentença do primeiro julgamento sobre o caso. Depois de dois dias de audiências na cidade de Santa Maria, a Justiça Militar condenou o tenente-coronel da reserva e ex-comandante do 4º Comando Regional de Bombeiros Moisés da Silva Fuchs e o capitão Alex da Rocha Camillo por atos relacionados ao segundo alvará de liberação para a boate. Ambos foram condenados a um ano de detecção por inserção de declaração falsa em documento, sendo que Fuchs também recebeu pela de seis meses pro prevaricação – esta revertida para apresentação à Justiça Militar a cada dois meses. A defesa ainda pode entrar com recurso no Tribunal de Justiça Militar.
O tenente-coronel Daniel da Silva Adriano foi absolvido da acusação de falsidade ideológica. Por crime de inobservância da lei, foram absolvidos os soldados Gilson Martins Dias, Marcos Vinícius Lopes Bastide, Vagner Guimarães Coelho, o sargento Renan Severo Berleze e o primeiro-tenente da reserva Sérgio Roberto Oliveira de Andrade.
O julgamento dos oito bombeiros foi composto por cinco votos: da juíza de Direito Viviane de Freitas Pereira e dos quatro juízes militares do Conselho Especial de Justiça. Durante a audiência de ontem, o Ministério Público havia pedido as absolvições dos soldados, sargentos e primeiro tenente por entender que não tiveram participação ativa em supostas irregularidades. O coordenador do Movimento do Luto à Luta, Flávio Silva, lamentou a decisão e disse que a pena de oficiais deveria ter sido mais rigorosa.
Fonte: Correio do Povo, página 6 de 4 de junho de 2015.
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