Ministro diz que setor de veículos, o mais afetado pela crise, terá situação equacionada até setembro
Brasília – A situação de dificuldade da indústria automobilística no país deve ser “equacionada” até setembro deste ano, afirmou o ministro de Trabalho, Manoel Dias, que coordenou ontem em Brasília reunião entre os ministros da Pasta dos cinco países do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai). Envolvido nas negociações entre montadoras e sindicatos de metalúrgicos para evitar que as paralisações de fábricas por causa da desaceleração da economia se configurem em demissões em massa, Dias afirmou que “a situação não vai ficar pior do que está” e que “as coisas vão melhorar”.
A indústria automotiva enfrenta diminuição na produção, nas vendas e nas exportações. Para 2015, a expectativa da Anfavea é de queda de 20,6% no licenciamento e de 17,8% na produção de veículos. “Esperamos, pelas informações que dispomos, que a indústria automobilística vai equacionar seu problema de excedentes de estoques até setembro. Um país que inaugura quatro montadoras em um ano não pode estar em crise, não é? Quem está em crise é o mundo. Aqui vivemos um período de dificuldades, mas que serão superadas agora no segundo semestre”, disse Dias.
Segundos dados da própria Anfavea, de junho de 2014 a maio de 2015 foram produzidos 2,89 milhões de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus), uma queda de 17,6% em relação aos 3,5 milhões dos 12 meses anteriores. Também houve recuo de 16,2% nas vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias (tratores de rodas e de esteiras, colheitadeiras e retroescavadeiras). As exportações de veículos e máquinas agrícolas e rodoviárias caíram 29%, de 15,32 de dólares de junho de 2013 a maio de 2014 para 10,88 bilhões de junho de 2014 a maio de 2015.
Os cinco ministros fecharam um documento que servirá como base para a reunião de cúpula do bloco no próximo da 17 de julho em Brasília. O documento, revelou Dias, busca reduzir a burocracia para a migração de trabalhadores entre os países do Mercosul.
Fonte: Correio do Povo, página 5 de 27 de junho de 2015.
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