O Brasil vem de boas
safras, mas enfrenta um problema crônico no escoamento. Essa questão
logística foi novamente aventada em mais um levantamento realizado
pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). De acordo com o
relatório, as deficiências da malha rodoviária, a mais usada no
país, acabam levando a um encarecimento do frete e a maiores gastos
por parte das empresas, aumentando o chamado Custo Brasil. Isso
retira a competitividade da economia brasileira, tanto no mercado
externo como no interno, prejudicando a produtividade.
Atualmente, o país
tem 1,7 milhão de quilômetros de rodovias, segundo o Sistema
Nacional de Viação, mas apenas 12,4% delas são asfaltadas. Isso
representa um percentual médio 18 vezes menor que o norte-americano
e 14 vezes menor que o chinês, conforme os técnicos que elaboraram
o estudo. As perdas no transporte de grãos superam, na média, 30,5%
o custo operacional ara o escoamento, sendo de 48,3% no Norte e
Nordeste e 26% no Sul e Sudeste.
Diante desse quadro,
vêm em boa hora as notícias de tratativas que visitam a atrair mais
investimentos em infraestrutura. Nesta segunda-feira, o ministro da
Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente do Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID), Luís Alberto Moreno, debateram sobre meios de
alavancar os projetos de infraestrutura no pais. É disso que o país
precisa, de soluções estratégicas que envolvam as parcerias certas
para remover os gargalos que impedem o crescimento.
Fonte: Correio do Povo,
editorial da edição de 27 de maio de 2015, página 2.
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