Os novos
pacotes de medidas de incentivo à retomada do crescimento,
anunciados pelo governo federal , deixaram um pouco mais otimistas os
empresários da construção civil. O montante de R$ 198,4 bilhões
pode significar o reaquecimento de um mercado estagnado por conta de
uma série de problemas estruturais, entre eles o contingenciamento
de R$ 25,7 bilhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
e de R$ 5,6 bilhões no Minha Casa Minha Vida. Esse recuo na
atividade econômica vem acompanhado de um pessimismo no setor, o
maior em 16 anos. Em uma escala de 0 a 100, a perspectiva de
desempenho deve queda de 37,1 para 35,9 pontos. Segundo o
SindusCon-SP, isso representa queda de 3,2% na comparação com o
resultado de fevereiro e de 19,7% em um lapso temporal de 12 meses.
Agora,
as perspectivas são mais favoráveis a partir de medidas como as
alterações no crédito compulsório, que liberou R$ 22,5 bilhões
da poupança para financiar imóveis, somadas aos mais de R$ 4,9
bilhões do FGTS. Com um déficit em torno de 6 milhões de
moradias, o país precisa voltar a construir. Além da oferta de
habitações, há também o fato de que a construção civil é a
porta de entrada para o mercado para profissionais que ainda não têm
qualificação adequada. Com isso, a partir da renda auferida, eles
podem sustentar suas famílias e melhorar sua formação a fim de
disputar vagas melhores, tanto no seu segmento inicial quanto em
outras áreas. Diante disso, o setor precisa retornar a patamares de
anos atrás.
Fonte:
Correio do Povo, editorial da edição de 13 de junho de 2015, página
2.
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