O
presidente da Assembleia, deputado Edson Brum (PMDB), anunciou ontem
que encaminhou para a Comissão de Ética da Casa as denúncias de
suposta conduta irregular do deputado estadual Diógenes Basegio
(PDT). Segundo denúncia feita pelo ex-chefe de Gabinete do
pedetista, Neuromar Gatto, Basegio receberia dinheiro indevidamente
de servidores, incluindo funcionários fantasmas do Legislativo, que
deveriam ao parlamentar parte dos vencimentos.
Brum
disse que irá tomar as medidas cabíveis para verificar se as
denúncias têm procedência, mas afirmou “não poder fazer nada”
sobre a possibilidade de extorsão de Cargos em Comissão por parte
de deputados. Além disso, confirmou que a ouvidoria da Casa vai
trabalhar para encontrar alternativas de cerco e controle dos gastos
com combustível. Segundo Gatto, o parlamentar mandaria alterar o
odômetro para simular maior quilometragem percorrida e, com isso,
receber maior verba de combustível.
Em
entrevista concedida na sede do PDT ontem, Basegio alegou inocência
e apontou que Gatto teria forjado a denúncia como retaliação por
sua exoneração ocorrida em 2014. “Sou homem com muita coisa a
preservar, pessoal, familiar e política. Eu poderia ter denunciado
as ameaças, que eram veladas, mas existiram. Poderia, mas não fui
para não me expor”, disse. Basegio afirmou ser totalmente
favorável à investigação. “Vou estar à disposição da
Comissão de Ética e do Ministério Público, sem problema algum. Se
houver Justiça, a Justiça será feita e meu mandato preservado.”
Fonte:
Correio do Povo, página 4 de 9 de junho de 2015.
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