Estamos em meados do século XVII. Por uma entrada lateral do salão esgueira-se a figura negra de um sacerdote jesuíta. Magro, de caminhar lento e pausado, rosto atento, olhos penetrantes, um meio-sorriso na boca. Atencioso, a todos cumprimenta de forma discreta, ora retendo-se por alguns segundos numa saudação, ora acenando levemente com a cabeça. As pessoas comentam entre si ao vê-lo passar, e uma palavra transmitida como se fosse uma senha revela sua identidade: Frei Baltasar Gracián. Comenta-se à boca pequena que se encontra em sérias dificuldades com seus superiores por sua insistência em publicar obras com pseudônimos ou sem a necessária autorização da hierarquia eclesiástica... |
Nenhum comentário:
Postar um comentário