sábado, 20 de junho de 2015

Assange: três anos de refúgio

Londres – O fundador do Wikileaks, Julien Assange, completou ontem três anos de refúgio na Embaixada do Equador em Londres, sem que tenha sido interrogado pela Justiça sueca sobre acusações de crimes sexuais ou que seu caso tenha sido resolvido.

Em junho de 2012, quando perdeu o processo de extradição no Reino Unido, ele pediu asilo político ao Equador, convicto de que se viajasse para a Suécia para ser ouvido seria extraditado para os Estados Unidos – que querem processá-lo pela divulgação de milhares de documentos diplomáticos e militares confidenciais, no caso Wikileaks. Com mandado de detenção europeu emitido desde então, Assange não pode sair da embaixada equatoriana porque seria imediatamente detido pela Polícia britânica e entregue à Justiça sueca. Ele nega o crime, dizendo que as relações sexuais foram consensuais.

Assange tem comparado a vida na embaixada à vida em uma estação espacial. Na área que ocupa, um escritório e uma área de habitação, dispõe de chuveiro, micro-ondas e uma lâmpada solar, além de ligação à Internet. “Ele não vê o sol há três anos porque a embaixada não tem qualquer espaço exterior. Os seus direitos têm sido gravemente violados”, afirmou a organização Wikileaks. O reforço da vigilância da embaixada pela Polícia britânica custou em três anos cerca de 10 milhões de libras, segundo à imprensa.

Fonte: Correio do Povo, página 6 de 20 de junho de 2015.

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