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domingo, 28 de junho de 2015

As Sete Maravilhas do Mundo Antigo

Minúsculos chips de computadores, satélites de telecomunicações, viagens espaciais, lentes de contato, Internet, telefones celulares, ressonância magnética nuclear, TV a cabo, Projeto Genoma, videoconferências de qualquer ponto do planeta, engenharia genética... Sem dúvida nenhuma, os avanços tecnológicos conseguidos após quase 2.000 anos da Era Cristã, em todas as áreas onde o ser humano atua, pode ser considerado assombroso. Uma maravilha, até.
Entretanto, sem contar com todo o arsenal tecnológico acumulado para se conseguir concretizar ideias que traduzem avanço, já no início da história o homem realizou obras que causariam igual assombro: as chamadas Maravilhas do Mundo ou Maravilhas da Antiguidade, na Idade Média.
Foram os gregos, provavelmente entre os anos 150 a 120 a.C., os primeiros a listar os monumentos erigidos até então pelas mãos do homem que se destacavam pela sua grandeza, suntuosidade e magnitude. Chamaram o conjunto deles de “Ta hepta Thaemata”, ou seja, “as sete coisas dignas de serem vistas” - as sete maravilhas do mundo.
Apesar da lista ser grega, apenas uma das obras situava-se na Grécia: a Estátua de Zeus. Três outras encontravam-se na Ásia Menor – o Colosso de Rhodes, o Templo de Ártemis, em Éfeso, e o Mausoléu de Helicarnasso. Duas outras maravilhas – as Pirâmides de Gizé e o Farol de Alexandria – poderiam ser vistas no Egito. Finalmente, no atual Iraque, poder-se-ia contemplar os Jardins Suspensos, situados na Babilônia.
Com o passar do tempo, estas obras maravilhosas desapareceram das mais diversas maneiras. De algumas, restam ruínas. De outras, apenas a história. No entanto, uma única maravilha resiste até hoje: as Pirâmides do Egito. Vale a pena conhecer um pouco de cada uma das sete maravilhas e descobrir o por que são merecedoras de tanto destaque.

Os Jardins Suspensos da Babilônia

“... e que se ergam, nos arredores de meu palácio, elevações de pedra com forma de montanha, e que se plantem nestas construções toda a espécie de flores e frutas, e que se construam quedas d'água, formando um ambiente onde deverá transitar toda a espécie de animal exótico...”
A antiga cidade da Babilônia na Mesopotâmia, no reinado de Nabucodonosor II, era uma maravilha, para os olhos do viajantes. “Além do tamanho, escreveu o historiador Heródoto, em 450 a.C., a Babilônia ultrapassava em esplendor qualquer cidade do mundo conhecido até hoje”.
Heródoto afirmava que as muralhas externas da cidade tinham 56 milhas de comprimento e 320 pés de altura (97,53 m). Enquanto os achados arqueológicos têm rechaçado alguns dos fatos citados por Heródoto (as muralhas externas parecem ter apenas 10 milhas de comprimento), a sua narrativa nos dá alguma noção do tamanho e da maravilha da cidade, ou seja, como ela parecia com aqueles que a visitavam.
Heródoto, entretanto, não chega a citar os Jardins Suspensos, uma das Sete Maravilhas da Antiguidade.
Relatos indicam que os Jardins Suspensos foram construídos pelo rei Nabucodonosor, que reinou por 43 anos, a partir do ano 605 antes da nossa era. Este período marca o apogeu e influência tanto da Babilônia quanto de Nabucodonosor, que construiu uma infinidade templos, ruas, palácios e muralhas.
Sabe-se que os Jardins foram construídos para alegrar a amada de Nabucodonosor, a Rainha Amyitis, que sentia saudades das montanhas verdejantes de sua terra natal. A Rainha Amyitis, filha do rei de Medes, casou-se com Nabucodonosor a fim de estabelecer uma aliança entre as duas nações. Medes era uma terra montanhosa e cheia de pastagens, de forma que a jovem rainha achou extremamente deprimente o solo plano e arenoso da Babilônia.
Sedu esposo, etão, decidiu recriar a paisagem natal de Amyitis com a da construção de uma montanha artificial e um jardim na parte superior. Os Jardins Suspensos, provavelmente, não eram suspensos propriamente ditos por cabos ou cordas. Tal nome vem de uma tradução incorreta da palavra kremastos ou da palavra latina pensilis, que significam não apenas suspensos, mas superpostos, como no caso de um terraço ou balcão.
O geógrafo Strabo, que descreveu os jardins no primeiro século antes da nossa era, escreveu:
Eles consistem de terraços superpostos, erguidos sobre pilares em forma de cubo. Estes pilares são ocos e preenchidos com terra para que ali sejam plantadas as árvores de maior porte. Os pilares e terraços são construídos de tijolos cozidos e asfalto. A subida até o andar mais elevado era feita por escadas, e na lateral, estavam os motores de água, que sem cessar levavam a água do rio Eufrates até os Jardins”.
Strabo aborda o aspecto mais extraordinário dos jardins suspensos para os povos da Antiguidade. A região da Babilônia raramente recebia chuvas e para os jardins sobreviveram, deveriam ser irrigados com águas do rio Eufrates, que situava-se nas proximidades. Isto quer dizer que a água deveria ser elevada de forma a fluir através dos terraços, molhando as plantas de cada andar. Provavelmente, a tarefa era executada por meio de um sistema de bombeamento por corrente.
À construção dos jardins e à irrigação destes, deve ser somado o problema da necessidade de evitar que o líquido arruinasse as fundações do complexo. Uma vez que a pedra era material escasso nas planícies mesopotâmicas, a maioria das construções usava tijolos de argila cozidos. Estes tijolos, que tinham uma espécie de betume usado como liga, também podiam ser dissolvidos pela água.
Mas, como a região era seca e árida, não havia problemas em utilizá-los desta forma. Entretanto, os jardins exigiam irrigação constante, com a necessidade e ter suas fundações protegidas. Um historiador grego, registrou que as plataformas sobre as quais estavam os jardins eram grandes plataformas de pedra (algo anteriormente desconhecido pelos Babilônicos), cobertas por camadas de juncos, asfalto e azulejos.
… E assim 800 anos depois de sua destruição, o magnífico Templo de Artemis, em Efesus, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, foi completamente esquecido pelas pessoas da cidade. O mesmo Templo que era sinal de orgulho pelos seus habitantes.
… E não há nenhuma dúvida que o Templo era realmente magnífico. “Eu vi as paredes e Jardins Suspensos da Babilônia,” escreveu Philon de Byzantium,” a estátua de Zeus olímpico, o Colosso de Rhodes, o trabalho poderoso das Pirâmides altas e a tumba de Mausoléu. Mas quando vi o templo em Efesus que sobe às nuvens, todas estas outras maravilhas foram postas na sombra”.
Então, o que aconteceu a este templo? E o que aconteceu para a cidade? O que fez Efesus passar de um movimentado porto de comércio para um pântano?
Os Vários Templos a Artemis ou Diana
O primeiro santuário para a Deusa Artemis foi construído provavelmente em torno de 800 a.C. em uma faixa pantanosa perto do rio Efesus. A Deusa Artemis de Efesus, às vezes chamada de Diana, não é a mesma Artemis cultuada na Grécia. A Artemis grega é a deusa da caça. A Artemis de Efesus era uma deusa de fertilidade e foi pintada frequentemente com peitos múltiplos, símbolos de fertilidade.
Aquele templo, mais antigo tinha uma pedra sagrada, provavelmente um meteorito que tinha caído de Júpiter”. O santuário foi destruído e foi reconstruído várias vezes durante uns cem anos. Em 600 a.C., a cidade de Efesus tinha se tornado um porto principal de comércio e um arquiteto nomeado Chersiphron foi designado para construir um novo templo, só que maior. Ele o projetou com altas colunas de pedra. Preocupado que as carroças que fossem carregar as colunas atolassem, Chersiphron pôs as colunas nos lados rolou-as até o local onde elas seriam erguidas.
Este templo não durou muito. Em 550 a.C. o Rei Croesus de Lydia conquistou Efesus e as outras cidades gregas de Ásia Menor. Durante a luta, o templo foi destruído. Croesus se provou um vencedor cortês, contribuindo generosamente à construção de um novo templo.
Este estava próximo do último dos grandes templos de Artemis em Efesus. Acredita-se que o arquiteto é um homem chamado Theodoro tinha 300 pés de comprimento e 150 pés de lado, com uma área quatro vezes maior que a do templo anterior. Mais de cem colunas de pedra apoiavam o telhado volumoso. O novo templo era o orgulho de Efesus até 356 a.C. quando uma tragédia, chamada Herostratus, surpreendeu.
Herostratus de Efesus, um jovem que não media esforços para ter seu nome escrito na história. E ele conseguiu isso, quaimando templo, e levando-o ao chão. Os cidadãos de Efesus ficaram tão apavorados com esse ato que eles decretaram que quem falasse em Herostratus seria executado.
Logo após esta ação horrível, um templo novo foi “encomendado”. O escolhido Scopas de Paros, um dos escultores mais famosos da época.
De acordo com Piny, um antigo historiador romano, o templo era um “monumento maravilhoso do esplendor grego, e que é digna da nossa admiração.”
O templo foi construído no mesmo lugar pantanoso, como antes. Acredita-se que a construção foi a primeira a ser completamente construída com mármore e uma das suas características mais incomuns eram 36 colunas, cujas porções mais baixas foram esculpidas com figuras de alto-alívio. O templo também alojou muitas obras de arte, incluindo quatro estátuas de bronze de mulheres Amazonas.
O comprimento de novo templo era de 425 pés e a largura era de 225 pés. 127 colunas de 60 pés de altura sustentavam o talhado. Em comparação com o Phartenn, cujas ruínas estão em Acrópolis em Atenas, tinha apenas 230 pés de comprimento, 100 pés de largura e tinha 58 colunas.
De acordo com o historiador Piny, a construção levou 120 anos, entretanto, alguns peritos suspeitam pode ter levado só a metade do tempo. Nós sabemos que quando o Alexandre, o Grande, chegou em Efesus em 333 a.C., o templo ainda estava em obras. Ele se ofereceu financiar a conclusão do templo se acidade o acreditasse como construtor. Os vereadores não quiseram o nome de Alexandre esculpido no templo, mas não quiseram lhe contar isso. Eles deram a resposta diplomática: “Não está certo que um deus construa um templo para outro” e Alexandre não levou a sua ideia adiante.
Rampas térreas foram empregadas para levar as vigas de pedra pesadas para cima das colunas. Este método parecia funcionar bem até que uma das maiores vigas fosse colocada em cima da porta. Foi abaixo, torta e o arquiteto não achou nenhum modo para conseguir desentortá-la. Ele estava preocupado até que ele teve um sonho na qual a Deusa apareceu lhe dizendo que ele não deveria se preocupar, pois ela tinha movido a pedra para a posição formal. Na manhã seguinte, o arquiteto achou que o sonho foi verdade. Durante à noite, o povoado tinha colocado a viga no seu devido lugar.
A cidade continuou prosperando durante uns cem anos era o destino de muitos peregrinos que iam ver o templo. Um comércio de souvenirs se espalhou ao redor do santuário. Eles vendiam miniaturas de Artemis, talvez semelhante a estátua dela do templo. Foi um desses empresários. Demetrius, que deu a St. Paul momentos desagradáveis em sua visita a cidade, 57 d.C.
St. Paul veio para a cidade para converter pessoas para a então nova religião, o Cristianismo. Ele obteve tanto êxito que Demétrius temeu que as pessoas esquecessem de Artemis e ele fosse perder o seus sustento. Ele chamou outros comerciantes e fez um discurso agressivo: “Grande ´Artemis de Efesus!”. Então eles prenderam dois companheiros de ST. Paul e uma multidão seguiu. Finalmente a cidade foi em silêncio, os homens de St. Paul liberados e Paul para a Macedônia.
Foi o Cristianismo de St. Paul que ganhou no fim. Na época em que o grande Templo de Artemis foi destruído durante uma invasão gótica em 262 d.C., a cidade e a religião de Artemis estavam em declínio. Quando o Imperador romano Constantino reconstruiu Efesus, depois de um século, ele se recusou reconstruir o templo. Ele tinha se tornado um cristão e tinha pouco interesse em templos pagãos.
Apesar dos esforços de Constantino, Efesus caiu em relação a sua importância como uma das capitais do comércio. A baía onde navios ancoravam desapareceu, e o lodo do rio tomou conta dela. No fim, a cidade ficou a milhas do mar, e muitos dos habitantes deixaram o pântano para viver em colinas vizinhas. Os que permaneceram usaram as ruínas do templo para realizar construções. Muitas das finas esculturas foram moídas e viraram pó, para fazer gesso.
Em 1863, o Museu Britânico enviou John Trtle Wood, arquiteto, para procurar o templo.
Wood encontrou muitos obstáculos. A região estava infestada de bandidos. Trabalhadores eram escassos. O orçamento dele era muito pequeno. A maior dificuldade era descobrir onde estava o templo. Ele procurou o templo durante seis anos. Cada ano o Museu britânico ameaçava cortar os fundos a menos que ele achasse algo significante, e ele sempre convencia a arcar por mais um ano.
Wood continuou voltado ao local todo o ano apesar do sofrimento. Durante a primeira estação ele foi lançado de um cavalo e quebrou a clavícula. Dois ano depois ele foi apunhalado no coração numa tentativa de assassinato do Cônsul Britânico em Smyrna.
Finalmente em 1869, 20 pés ao fundo de uma cova, a tripulação dele bateu na base do grande templo. Wood escavou e removeu 132,000 jardas cúbicas de pântano para deixar um buraco de 300 pés de largura. Foram achados os restos de algumas esculturas e foram transportados para o Museu Britânico, onde eles podem ser vistos até hoje.
Em 1904, uma outra expedição do Museu Britânico, sob a liderança de D. G. Hograth continuou a escavação. Hograth achou evidências de cinco templos no local, construídos um em cima do outro.
Hoje o local do templo é um campo pantanoso. Uma única coluna está erguida para lembrar aos turistas que uma vez, esteve naquele lugar uma das maravilhas do mundo antigo.

Estátua de Zeus

Sentado em seu trono do cedro, vestido com uma toga de ouro e todo ornamentado com pedras preciosas, Zeus, o deus do Olimpo, reinava soberano no oeste da Grécia, na planície do Peloponeso. Era considerado o senhor do Olimpo, pais dos deuses, protetor dos reis e defensor da lei e da ordem.
Foi a grande importância de Zeus que inspirou Phídias, o célebre escultor ateniense, a realizar o que foi sua obra-prima: a estátua de Zeus. A obra foi colocada em Olímpia, cidade famosa por suas construções e monumentos ligados ao jogos olímpicos, que eram realizados de quatro em quatro anos para homenagear justamente o deus Zeus.
Por volta do ano 393 da era moderna, época em que Roma dominava o mundo conhecido, o imperador romano Teodósio baniu os jogos olímpicos da Grécia e o templo de Zeus foi fechado. A estátua foi transportada por um rico grego para um palácio em Constantinopla e lá permaneceu até ser destruída em um grande incêndio, por volta do ano 462 da Era Cristã.
O príncipe Mausolo, vice-rei da província persa de Caria, mandou construir por volta do ano 360 d.C. Um túmulo destinado a fazer perdurar a sua fama através dos templos.
Essa obra foi confiada aos melhores e mais famosos arquitetos e escultores, mas o príncipe não chegou a vê-la concluída.
O majestoso túmulo erguia-se a quase 50 metros de altura e era rodeado por colunas, coberto, por um telhado feito de degraus, dando uma impressionante sensação de grandiosidade.
No século XVI, os cavaleiros de São João transformaram o túmulo em uma pedreira para a construção da Fortaleza de São Pedro de Helicarnasso.

Colosso de Rhodes

O Colosso de Rhodes é considerado a mais famosa estátua gigante da antiguidade. Foi construída em homenagem a Hélios, o deus do sol. Sustentando em suas mãos um archote aceso, apoiava seus pés sobre a entrada do porto de Rhodes.
Feita de ferro, media de 30 a 40 metros e pesava cerca 70 toneladas. Segundo a tradição, após a vitória sobre o rei Macedônio, os habitantes de Rhodes decidiram fundir uma estátua em homenagem ao seu deus protetor. A obra foi confiada ao escultor Charese e os primeiros esboços começaram no ano 291 a.C. só sendo concluída 12 anos mais tarde.
A estátua manteve-se firme durante pouco mais de 50 anos, sendo derrubada por um terremoto que assolou Rhodes. Sobre o pedestal não ficaram mais do que restos de seus enormes pés, que foram comprados por um comerciante que fundiu todo o ferro. Deste modo, não subsiste qualquer vestígios de estátua de Hélios, uma das mais célebres maravilhas da antiguidade.
Farol de Alexandria

Considerada uma das maiores produções da técnica da antiguidade, o Farol de Alexandria foi construído por volta de 300 a.C. pelo arquiteto grego Sóstrato de Cnido.
Sobre uma base quadrada erguia-se uma esbelta torre octogonal de cerca de 130 metros de altura, que por mais de cinco séculos guiou todos os navegantes num raio de 55 quilômetros da antiga capital egípcia.
Durante à noite, uma enorme chama era mantida acesa na base do edifício e o combustível utilizado era,, provavelmente, estrume ressecado. Um jogo de espelhos de bronze levava a luz até o topo e a emitia para o alto mar.
O efeito era tão grandioso que, segundo relatos da época, era como se um sol brilhasse à noite. Essa obra, feita toda em granito, começou a ruir no século IV, quando terremotos e deslizamentos tragaram boa parte de Alexandria, acabando com o brilho da “cidade dos mil palácios”.

Pirâmide do Egito

Única maravilha do mundo antigo ainda existente, as Pirâmides do Egito foram construídas há cerca de 4.500 anos. Sua finalidade, segundo a crença comum e alguns historiadores, era servir de tumba para preservar os despojos reais dos faraós, demonstrando, na sua grandeza, a própria grandeza dos faraós.
A Grande Pirâmide é a maior das três pirâmides construídas em Giza, no Egito Antigo. Esta impressionante estrutura foi construída por volta de 2550 a.C. como monumento funerário de Queóps (também conhecido como Qufu) o segundo rei da 4º dinastia.

A Grande Pirâmide tem uma base quadrada, com lados de 230 metros, alinhada com os pontos cardeais. Os lados são elevados em um ângulo uniforme de mais ou menos 51 graus a´te um ponto central a 147 metros de base. A pirâmide era originalmente revestida com calcário liso e de uma cor clara.
Até o dia de hoje não se tem certeza de como este admirável monumento foi construído. O historiador grego Herodoto escreveu que 100.000 homens trabalharam durante 20 anos na construção da Grande Pirâmide. A maioria dos especialistas “acreditam” que foram usadas rampas feitas de tijolo e areia para levantar os blocos, alguns pesando mais de 16 toneladas, para a sua posição devida.
Apesar de que as pirâmides foram feitas para salvaguardar o corpo e posses dos reis mortos, as estruturas foram atacadas e roubadas não muito depois de terem sido acabadas. Quando os exploradores modernos entraram na Grande Pirâmide, os tesouros nela enterrados juntamente com Qufu já tinham desaparecido, e até mesmo o revestimento de calcário das pedras já tinha sido roubado por ladrões.
A construção mais antiga do mundo é moderna mesmo para os padrões atuais. Seus alicerces contêm esferas e cavidades tais quais as pontes do século XX. Está sujeita a movimentos de expansão e contração sob a ação do calor ou do frio, assim como possui proteção contra terremotos, intempéries e outros fenômenos da natureza. E aí pode estar um dos motivos de sua tão longa duração, diferentemente do que ocorreu com as outras maravilhas do mundo antigo.
O revestimento original de alabastro era feito de 144.000 pedras ao todo e era tão brilhante que poderia ser visto a quilômetros de distância. O tipo de material utilizado para manter unidas as pedras está intacto e é mais resistente que as próprias pedras que une.
A construção da Pirâmide revela um grande conhecimento, por uma parte de seus construtores, de geografia, história, astronomia, geologia, matemática e outras ciências, o que pode ser constatado por sua localização, medidas, inclinação e curvatura. Durante séculos, a Pirâmide foi denominada “o centro das dimensões e do conhecimento”.
E agora, às portas do século 21, a Pirâmide coexiste com todos os avanços tecnológicos citados no início. E mesmo utilizando-se as mais complexas técnicas que hoje se conhece, não conseguiria ser reproduzida. Ela, com toda a sua majestade e simplicidade, resguarda o Conhecimento há séculos e resiste ao tempo para contar, talvez também, a nossa História.
Entretanto, a Grande Pirâmide não guarda restos de nenhum faraó e seus tesouros. Esta maravilha antiga guarda, sim, um grande mistério em torno de sua construção e finalidade. E quanto mistério não deve estar ainda escondido sob as imensas pedras de Gisé...


Em 25/08/2004


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