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chips de computadores, satélites de telecomunicações, viagens
espaciais, lentes de contato, Internet, telefones celulares,
ressonância magnética nuclear, TV a cabo, Projeto Genoma,
videoconferências de qualquer ponto do planeta, engenharia
genética... Sem dúvida nenhuma, os avanços tecnológicos
conseguidos após quase 2.000 anos da Era Cristã, em todas as áreas
onde o ser humano atua, pode ser considerado assombroso. Uma
maravilha, até.
Entretanto,
sem contar com todo o arsenal tecnológico acumulado para se
conseguir concretizar ideias que traduzem avanço, já no início da
história o homem realizou obras que causariam igual assombro: as
chamadas Maravilhas do Mundo ou Maravilhas da Antiguidade, na Idade
Média.
Foram os
gregos, provavelmente entre os anos 150 a 120 a.C., os primeiros a
listar os monumentos erigidos até então pelas mãos do homem que se
destacavam pela sua grandeza, suntuosidade e magnitude. Chamaram o
conjunto deles de “Ta hepta Thaemata”, ou seja, “as sete coisas
dignas de serem vistas” - as sete maravilhas do mundo.
Apesar
da lista ser grega, apenas uma das obras situava-se na Grécia: a
Estátua de Zeus. Três outras encontravam-se na Ásia Menor – o
Colosso de Rhodes, o Templo de Ártemis, em Éfeso, e o Mausoléu de
Helicarnasso. Duas outras maravilhas – as Pirâmides de Gizé e o
Farol de Alexandria – poderiam ser vistas no Egito. Finalmente, no
atual Iraque, poder-se-ia contemplar os Jardins Suspensos, situados
na Babilônia.
Com o
passar do tempo, estas obras maravilhosas desapareceram das mais
diversas maneiras. De algumas, restam ruínas. De outras, apenas a
história. No entanto, uma única maravilha resiste até hoje: as
Pirâmides do Egito. Vale a pena conhecer um pouco de cada uma das
sete maravilhas e descobrir o por que são merecedoras de tanto
destaque.
Os
Jardins Suspensos da Babilônia
“... e
que se ergam, nos arredores de meu palácio, elevações de pedra com
forma de montanha, e que se plantem nestas construções toda a
espécie de flores e frutas, e que se construam quedas d'água,
formando um ambiente onde deverá transitar toda a espécie de animal
exótico...”
A antiga
cidade da Babilônia na Mesopotâmia, no reinado de Nabucodonosor II,
era uma maravilha, para os olhos do viajantes. “Além do
tamanho, escreveu o historiador Heródoto, em 450 a.C., a
Babilônia ultrapassava em esplendor qualquer cidade do mundo
conhecido até hoje”.
Heródoto
afirmava que as muralhas externas da cidade tinham 56 milhas de
comprimento e 320 pés de altura (97,53 m). Enquanto os achados
arqueológicos têm rechaçado alguns dos fatos citados por Heródoto
(as muralhas externas parecem ter apenas 10 milhas de comprimento), a
sua narrativa nos dá alguma noção do tamanho e da maravilha da
cidade, ou seja, como ela parecia com aqueles que a visitavam.
Heródoto,
entretanto, não chega a citar os Jardins Suspensos, uma das Sete
Maravilhas da Antiguidade.
Relatos
indicam que os Jardins Suspensos foram construídos pelo rei
Nabucodonosor, que reinou por 43 anos, a partir do ano 605 antes da
nossa era. Este período marca o apogeu e influência tanto da
Babilônia quanto de Nabucodonosor, que construiu uma infinidade
templos, ruas, palácios e muralhas.
Sabe-se
que os Jardins foram construídos para alegrar a amada de
Nabucodonosor, a Rainha Amyitis, que sentia saudades das montanhas
verdejantes de sua terra natal. A Rainha Amyitis, filha do rei de
Medes, casou-se com Nabucodonosor a fim de estabelecer uma aliança
entre as duas nações. Medes era uma terra montanhosa e cheia de
pastagens, de forma que a jovem rainha achou extremamente deprimente
o solo plano e arenoso da Babilônia.
Sedu
esposo, etão, decidiu recriar a paisagem natal de Amyitis com a da
construção de uma montanha artificial e um jardim na parte
superior. Os Jardins Suspensos, provavelmente, não eram suspensos
propriamente ditos por cabos ou cordas. Tal nome vem de uma tradução
incorreta da palavra kremastos ou da palavra latina pensilis, que
significam não apenas suspensos, mas superpostos, como no caso de um
terraço ou balcão.
O
geógrafo Strabo, que descreveu os jardins no primeiro século antes
da nossa era, escreveu:
“Eles
consistem de terraços superpostos, erguidos sobre pilares em forma
de cubo. Estes pilares são ocos e preenchidos com terra para que ali
sejam plantadas as árvores de maior porte. Os pilares e terraços
são construídos de tijolos cozidos e asfalto. A subida até o andar
mais elevado era feita por escadas, e na lateral, estavam os motores
de água, que sem cessar levavam a água do rio Eufrates até os
Jardins”.
Strabo
aborda o aspecto mais extraordinário dos jardins suspensos para os
povos da Antiguidade. A região da Babilônia raramente recebia
chuvas e para os jardins sobreviveram, deveriam ser irrigados com
águas do rio Eufrates, que situava-se nas proximidades. Isto quer
dizer que a água deveria ser elevada de forma a fluir através dos
terraços, molhando as plantas de cada andar. Provavelmente, a tarefa
era executada por meio de um sistema de bombeamento por corrente.
À
construção dos jardins e à irrigação destes, deve ser somado o
problema da necessidade de evitar que o líquido arruinasse as
fundações do complexo. Uma vez que a pedra era material escasso nas
planícies mesopotâmicas, a maioria das construções usava tijolos
de argila cozidos. Estes tijolos, que tinham uma espécie de betume
usado como liga, também podiam ser dissolvidos pela água.
Mas,
como a região era seca e árida, não havia problemas em utilizá-los
desta forma. Entretanto, os jardins exigiam irrigação constante,
com a necessidade e ter suas fundações protegidas. Um historiador
grego, registrou que as plataformas sobre as quais estavam os jardins
eram grandes plataformas de pedra (algo anteriormente desconhecido
pelos Babilônicos), cobertas por camadas de juncos, asfalto e
azulejos.
… E
assim 800 anos depois de sua destruição, o magnífico Templo de
Artemis, em Efesus, uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, foi
completamente esquecido pelas pessoas da cidade. O mesmo Templo que
era sinal de orgulho pelos seus habitantes.
… E não
há nenhuma dúvida que o Templo era realmente magnífico. “Eu vi
as paredes e Jardins Suspensos da Babilônia,” escreveu Philon de
Byzantium,” a estátua de Zeus olímpico, o Colosso de Rhodes, o
trabalho poderoso das Pirâmides altas e a tumba de Mausoléu. Mas
quando vi o templo em Efesus que sobe às nuvens, todas estas outras
maravilhas foram postas na sombra”.
Então,
o que aconteceu a este templo? E o que aconteceu para a cidade? O que
fez Efesus passar de um movimentado porto de comércio para um
pântano?
Os
Vários Templos a Artemis ou Diana
O
primeiro santuário para a Deusa Artemis foi construído
provavelmente em torno de 800 a.C. em uma faixa pantanosa perto do
rio Efesus. A Deusa Artemis de Efesus, às vezes chamada de Diana,
não é a mesma Artemis cultuada na Grécia. A Artemis grega é a
deusa da caça. A Artemis de Efesus era uma deusa de fertilidade e
foi pintada frequentemente com peitos múltiplos, símbolos de
fertilidade.
Aquele
templo, mais antigo tinha uma pedra sagrada, provavelmente um
meteorito que tinha caído de Júpiter”. O santuário foi destruído
e foi reconstruído várias vezes durante uns cem anos. Em 600 a.C.,
a cidade de Efesus tinha se tornado um porto principal de comércio e
um arquiteto nomeado Chersiphron foi designado para construir um novo
templo, só que maior. Ele o projetou com altas colunas de pedra.
Preocupado que as carroças que fossem carregar as colunas atolassem,
Chersiphron pôs as colunas nos lados rolou-as até o local onde elas
seriam erguidas.
Este
templo não durou muito. Em 550 a.C. o Rei Croesus de Lydia
conquistou Efesus e as outras cidades gregas de Ásia Menor. Durante
a luta, o templo foi destruído. Croesus se provou um vencedor
cortês, contribuindo generosamente à construção de um novo
templo.
Este
estava próximo do último dos grandes templos de Artemis em Efesus.
Acredita-se que o arquiteto é um homem chamado Theodoro tinha 300
pés de comprimento e 150 pés de lado, com uma área quatro vezes
maior que a do templo anterior. Mais de cem colunas de pedra apoiavam
o telhado volumoso. O novo templo era o orgulho de Efesus até 356
a.C. quando uma tragédia, chamada Herostratus, surpreendeu.
Herostratus
de Efesus, um jovem que não media esforços para ter seu nome
escrito na história. E ele conseguiu isso, quaimando templo, e
levando-o ao chão. Os cidadãos de Efesus ficaram tão apavorados
com esse ato que eles decretaram que quem falasse em Herostratus
seria executado.
Logo
após esta ação horrível, um templo novo foi “encomendado”. O
escolhido Scopas de Paros, um dos escultores mais famosos da época.
De
acordo com Piny, um antigo historiador romano, o templo era um
“monumento maravilhoso do esplendor grego, e que é digna da nossa
admiração.”
O templo
foi construído no mesmo lugar pantanoso, como antes. Acredita-se que
a construção foi a primeira a ser completamente construída com
mármore e uma das suas características mais incomuns eram 36
colunas, cujas porções mais baixas foram esculpidas com figuras de
alto-alívio. O templo também alojou muitas obras de arte, incluindo
quatro estátuas de bronze de mulheres Amazonas.
O
comprimento de novo templo era de 425 pés e a largura era de 225
pés. 127 colunas de 60 pés de altura sustentavam o talhado. Em
comparação com o Phartenn, cujas ruínas estão em Acrópolis em
Atenas, tinha apenas 230 pés de comprimento, 100 pés de largura e
tinha 58 colunas.
De
acordo com o historiador Piny, a construção levou 120 anos,
entretanto, alguns peritos suspeitam pode ter levado só a metade do
tempo. Nós sabemos que quando o Alexandre, o Grande, chegou em
Efesus em 333 a.C., o templo ainda estava em obras. Ele se ofereceu
financiar a conclusão do templo se acidade o acreditasse como
construtor. Os vereadores não quiseram o nome de Alexandre esculpido
no templo, mas não quiseram lhe contar isso. Eles deram a resposta
diplomática: “Não está certo que um deus construa um templo para
outro” e Alexandre não levou a sua ideia adiante.
Rampas
térreas foram empregadas para levar as vigas de pedra pesadas para
cima das colunas. Este método parecia funcionar bem até que uma das
maiores vigas fosse colocada em cima da porta. Foi abaixo, torta e o
arquiteto não achou nenhum modo para conseguir desentortá-la. Ele
estava preocupado até que ele teve um sonho na qual a Deusa apareceu
lhe dizendo que ele não deveria se preocupar, pois ela tinha movido
a pedra para a posição formal. Na manhã seguinte, o arquiteto
achou que o sonho foi verdade. Durante à noite, o povoado tinha
colocado a viga no seu devido lugar.
A cidade
continuou prosperando durante uns cem anos era o destino de muitos
peregrinos que iam ver o templo. Um comércio de souvenirs se
espalhou ao redor do santuário. Eles vendiam miniaturas de Artemis,
talvez semelhante a estátua dela do templo. Foi um desses
empresários. Demetrius, que deu a St. Paul momentos desagradáveis
em sua visita a cidade, 57 d.C.
St. Paul
veio para a cidade para converter pessoas para a então nova
religião, o Cristianismo. Ele obteve tanto êxito que
Demétrius temeu que as pessoas esquecessem de Artemis e ele fosse
perder o seus sustento. Ele chamou outros comerciantes e fez um
discurso agressivo: “Grande ´Artemis de Efesus!”. Então eles
prenderam dois companheiros de ST. Paul e uma multidão seguiu.
Finalmente a cidade foi em silêncio, os homens de St. Paul liberados
e Paul para a Macedônia.
Foi o
Cristianismo de St. Paul que ganhou no fim. Na época em que o grande
Templo de Artemis foi destruído durante uma invasão gótica em 262
d.C., a cidade e a religião de Artemis estavam em declínio. Quando
o Imperador romano Constantino reconstruiu Efesus, depois de um
século, ele se recusou reconstruir o templo. Ele tinha se tornado um
cristão e tinha pouco interesse em templos pagãos.
Apesar
dos esforços de Constantino, Efesus caiu em relação a sua
importância como uma das capitais do comércio. A baía onde navios
ancoravam desapareceu, e o lodo do rio tomou conta dela. No fim, a
cidade ficou a milhas do mar, e muitos dos habitantes deixaram o
pântano para viver em colinas vizinhas. Os que permaneceram usaram
as ruínas do templo para realizar construções. Muitas das finas
esculturas foram moídas e viraram pó, para fazer gesso.
Em 1863,
o Museu Britânico enviou John Trtle Wood, arquiteto, para procurar o
templo.
Wood
encontrou muitos obstáculos. A região estava infestada de bandidos.
Trabalhadores eram escassos. O orçamento dele era muito pequeno. A
maior dificuldade era descobrir onde estava o templo. Ele procurou o
templo durante seis anos. Cada ano o Museu britânico ameaçava
cortar os fundos a menos que ele achasse algo significante, e ele
sempre convencia a arcar por mais um ano.
Wood
continuou voltado ao local todo o ano apesar do sofrimento. Durante a
primeira estação ele foi lançado de um cavalo e quebrou a
clavícula. Dois ano depois ele foi apunhalado no coração numa
tentativa de assassinato do Cônsul Britânico em Smyrna.
Finalmente
em 1869, 20 pés ao fundo de uma cova, a tripulação dele bateu na
base do grande templo. Wood escavou e removeu 132,000 jardas cúbicas
de pântano para deixar um buraco de 300 pés de largura. Foram
achados os restos de algumas esculturas e foram transportados para o
Museu Britânico, onde eles podem ser vistos até hoje.
Em 1904,
uma outra expedição do Museu Britânico, sob a liderança de D. G.
Hograth continuou a escavação. Hograth achou evidências de cinco
templos no local, construídos um em cima do outro.
Hoje o
local do templo é um campo pantanoso. Uma única coluna está
erguida para lembrar aos turistas que uma vez, esteve naquele lugar
uma das maravilhas do mundo antigo.
Estátua
de Zeus
Sentado
em seu trono do cedro, vestido com uma toga de ouro e todo
ornamentado com pedras preciosas, Zeus, o deus do Olimpo, reinava
soberano no oeste da Grécia, na planície do Peloponeso. Era
considerado o senhor do Olimpo, pais dos deuses, protetor dos reis e
defensor da lei e da ordem.
Foi a
grande importância de Zeus que inspirou Phídias, o célebre
escultor ateniense, a realizar o que foi sua obra-prima: a estátua
de Zeus. A obra foi colocada em Olímpia, cidade famosa por suas
construções e monumentos ligados ao jogos olímpicos, que eram
realizados de quatro em quatro anos para homenagear justamente o deus
Zeus.
Por
volta do ano 393 da era moderna, época em que Roma dominava o mundo
conhecido, o imperador romano Teodósio baniu os jogos olímpicos da
Grécia e o templo de Zeus foi fechado. A estátua foi transportada
por um rico grego para um palácio em Constantinopla e lá permaneceu
até ser destruída em um grande incêndio, por volta do ano 462 da
Era Cristã.
O
príncipe Mausolo, vice-rei da província persa de Caria, mandou
construir por volta do ano 360 d.C. Um túmulo destinado a fazer
perdurar a sua fama através dos templos.
Essa
obra foi confiada aos melhores e mais famosos arquitetos e
escultores, mas o príncipe não chegou a vê-la concluída.
O
majestoso túmulo erguia-se a quase 50 metros de altura e era rodeado
por colunas, coberto, por um telhado feito de degraus, dando uma
impressionante sensação de grandiosidade.
No
século XVI, os cavaleiros de São João transformaram o túmulo em
uma pedreira para a construção da Fortaleza de São Pedro de
Helicarnasso.
Colosso
de Rhodes
O
Colosso de Rhodes é considerado a mais famosa estátua gigante da
antiguidade. Foi construída em homenagem a Hélios, o deus do sol.
Sustentando em suas mãos um archote aceso, apoiava seus pés sobre a
entrada do porto de Rhodes.
Feita de
ferro, media de 30 a 40 metros e pesava cerca 70 toneladas. Segundo a
tradição, após a vitória sobre o rei Macedônio, os habitantes de
Rhodes decidiram fundir uma estátua em homenagem ao seu deus
protetor. A obra foi confiada ao escultor Charese e os primeiros
esboços começaram no ano 291 a.C. só sendo concluída 12 anos mais
tarde.
A
estátua manteve-se firme durante pouco mais de 50 anos, sendo
derrubada por um terremoto que assolou Rhodes. Sobre o pedestal não
ficaram mais do que restos de seus enormes pés, que foram comprados
por um comerciante que fundiu todo o ferro. Deste modo, não subsiste
qualquer vestígios de estátua de Hélios, uma das mais célebres
maravilhas da antiguidade.
Farol
de Alexandria
Considerada
uma das maiores produções da técnica da antiguidade, o Farol de
Alexandria foi construído por volta de 300 a.C. pelo arquiteto grego
Sóstrato de Cnido.
Sobre
uma base quadrada erguia-se uma esbelta torre octogonal de cerca de
130 metros de altura, que por mais de cinco séculos guiou todos os
navegantes num raio de 55 quilômetros da antiga capital egípcia.
Durante
à noite, uma enorme chama era mantida acesa na base do edifício e o
combustível utilizado era,, provavelmente, estrume ressecado. Um
jogo de espelhos de bronze levava a luz até o topo e a emitia para o
alto mar.
O efeito
era tão grandioso que, segundo relatos da época, era como se um sol
brilhasse à noite. Essa obra, feita toda em granito, começou a ruir
no século IV, quando terremotos e deslizamentos tragaram boa parte
de Alexandria, acabando com o brilho da “cidade dos mil palácios”.
Pirâmide
do Egito
Única
maravilha do mundo antigo ainda existente, as Pirâmides do Egito
foram construídas há cerca de 4.500 anos. Sua finalidade, segundo a
crença comum e alguns historiadores, era servir de tumba para
preservar os despojos reais dos faraós, demonstrando, na sua
grandeza, a própria grandeza dos faraós.
A Grande
Pirâmide é a maior das três pirâmides construídas em Giza,
no Egito Antigo. Esta impressionante estrutura foi construída por
volta de 2550 a.C. como monumento funerário de Queóps (também
conhecido como Qufu) o segundo rei da 4º dinastia.
A Grande
Pirâmide tem uma base quadrada, com lados de 230 metros, alinhada
com os pontos cardeais. Os lados são elevados em um ângulo uniforme
de mais ou menos 51 graus a´te um ponto central a 147 metros de
base. A pirâmide era originalmente revestida com calcário liso e de
uma cor clara.
Até o
dia de hoje não se tem certeza de como este admirável monumento foi
construído. O historiador grego Herodoto escreveu que 100.000 homens
trabalharam durante 20 anos na construção da Grande Pirâmide. A
maioria dos especialistas “acreditam” que foram usadas rampas
feitas de tijolo e areia para levantar os blocos, alguns pesando mais
de 16 toneladas, para a sua posição devida.
Apesar
de que as pirâmides foram feitas para salvaguardar o corpo e posses
dos reis mortos, as estruturas foram atacadas e roubadas não muito
depois de terem sido acabadas. Quando os exploradores modernos
entraram na Grande Pirâmide, os tesouros nela enterrados juntamente
com Qufu já tinham desaparecido, e até mesmo o revestimento de
calcário das pedras já tinha sido roubado por ladrões.
A
construção mais antiga do mundo é moderna mesmo para os padrões
atuais. Seus alicerces contêm esferas e cavidades tais quais as
pontes do século XX. Está sujeita a movimentos de expansão e
contração sob a ação do calor ou do frio, assim como possui
proteção contra terremotos, intempéries e outros fenômenos da
natureza. E aí pode estar um dos motivos de sua tão longa duração,
diferentemente do que ocorreu com as outras maravilhas do mundo
antigo.
O
revestimento original de alabastro era feito de 144.000 pedras ao
todo e era tão brilhante que poderia ser visto a quilômetros de
distância. O tipo de material utilizado para manter unidas as pedras
está intacto e é mais resistente que as próprias pedras que une.
A
construção da Pirâmide revela um grande conhecimento, por uma
parte de seus construtores, de geografia, história, astronomia,
geologia, matemática e outras ciências, o que pode ser constatado
por sua localização, medidas, inclinação e curvatura. Durante
séculos, a Pirâmide foi denominada “o centro das dimensões e do
conhecimento”.
E agora,
às portas do século 21, a Pirâmide coexiste com todos os avanços
tecnológicos citados no início. E mesmo utilizando-se as mais
complexas técnicas que hoje se conhece, não conseguiria ser
reproduzida. Ela, com toda a sua majestade e simplicidade, resguarda
o Conhecimento há séculos e resiste ao tempo para contar, talvez
também, a nossa História.
Entretanto,
a Grande Pirâmide não guarda restos de nenhum faraó e seus
tesouros. Esta maravilha antiga guarda, sim, um grande mistério em
torno de sua construção e finalidade. E quanto mistério não deve
estar ainda escondido sob as imensas pedras de Gisé...
Em
25/08/2004
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