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domingo, 28 de junho de 2015

Alerta contra as mutilações

No período compreendido entre junho e julho, em todo o país, costumam proliferar as chamadas festas juninas. Na soltura de fogos de artifícios, uma tradição que perdura há muito tempo, não são raros os acidentes marcados pela imprudência, o que tem levado a mutilações graves milhares de pessoas, com consequências danosas para elas e para suas famílias.
Visando estimular uma postura preventiva contra essas tragédias, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) está lançando uma campanha de conscientização sobre a importância dos cuidados na hora de largar os fogos. A entidade ressalta que a legislação brasileira proíbe que menores os lancem. Também esclarece que os riscos são reais, conforme mostram levantamentos de amputações e até mesmo de perda da visão. A Bahia é o estado com maior número de acidentes com queimas de fogos, apresentando 296 registros de hospitalização em quatro anos, seguida por São Paulo, com 289 casos, Minas Gerais, com 165, Rio de Janeiro, com 97, Paraíba e Paraná, com 61 casos cada, Ceará e Goiás, com 45 casos cada, Santa Catarina, com 44 casos, e Pará, com 37 casos. Ao todo, nos últimos 20 anos, foram 122 mortes.
Não é possível aceitar que acidentes gravíssimos ocorram em momentos de lazer envolvendo circunstâncias nas quais poderiam ser evitados. A conscientização dos adultos que aderem a essas brincadeiras é fundamental para evitar que tais eventos continuem a ocorrer, dando margem a tragédias irreversíveis.


Fonte: Correio do Povo, editorial da edição de 22 de junho de 2015, página 2.  

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