No
período compreendido entre junho e julho, em todo o país, costumam
proliferar as chamadas festas juninas. Na soltura de fogos de
artifícios, uma tradição que perdura há muito tempo, não são
raros os acidentes marcados pela imprudência, o que tem levado a
mutilações graves milhares de pessoas, com consequências danosas
para elas e para suas famílias.
Visando
estimular uma postura preventiva contra essas tragédias, a Sociedade
Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) está lançando uma
campanha de conscientização sobre a importância dos cuidados na
hora de largar os fogos. A entidade ressalta que a legislação
brasileira proíbe que menores os lancem. Também esclarece que os
riscos são reais, conforme mostram levantamentos de amputações e
até mesmo de perda da visão. A Bahia é o estado com maior número
de acidentes com queimas de fogos, apresentando 296 registros de
hospitalização em quatro anos, seguida por São Paulo, com 289
casos, Minas Gerais, com 165, Rio de Janeiro, com 97, Paraíba e
Paraná, com 61 casos cada, Ceará e Goiás, com 45 casos cada, Santa
Catarina, com 44 casos, e Pará, com 37 casos. Ao todo, nos últimos
20 anos, foram 122 mortes.
Não é
possível aceitar que acidentes gravíssimos ocorram em momentos de
lazer envolvendo circunstâncias nas quais poderiam ser evitados. A
conscientização dos adultos que aderem a essas brincadeiras é
fundamental para evitar que tais eventos continuem a ocorrer, dando
margem a tragédias irreversíveis.
Fonte:
Correio do Povo, editorial da edição de 22 de junho de 2015, página
2.
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