Páginas

domingo, 28 de junho de 2015

A persistência da informalidade

De acordo com os dados do Instituto Brasileiro da Ética Concorrencial e do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), o mercado informal teve uma movimentação de R$ 826 bilhões em 2014. O relatório foi divulgado nesta quinta-feira e mostra o recuo de 0,2% na comparação com o ano anterior. As reduções anuais, em dez anos, foram de 0,5% em 2013, de 0,2% em 2012, de 0,8% em 2011 e de 0,8% em 2010.
Em nota, a FGV afirmou que as medidas do governo federal para enfrentar a informalidade, exemplificando com a desoneração de alguns setores da economia e com as políticas direcionadas para pequenos empresários, apesar de serem efetivas, não foram suficientes para dar um freio na informalidade na atual conjuntura econômica. O texto ressalta que se faz necessário o encaminhamento de medidas envolvendo maior racionalização da matriz tributária, modernização do sistema de cobrança, melhoria do nível educacional da população e diminuição dos índices de desemprego. A atual estagnação econômica não pode favorecer um recuo na formalização, que deve continuar sob incentivo, até porque a chamada economia subterrânea, expressiva por certo, só gera benefícios para quem se apropria dos recursos. Dela não se espera retorno em serviços e em bem-estar à população, até porque alavanca a precarização nas relações de trabalho. Esse levantamento deve subsidiar a elaboração de novas políticas públicas eficazes na neutralização dessa realidade adversa.


Fonte: Correio do Povo, editorial da edição de 26 de junho de 2015, página 2.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário