De acordo
com os dados do Instituto Brasileiro da Ética Concorrencial e do
Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas
(Ibre-FGV), o mercado informal teve uma movimentação de R$ 826
bilhões em 2014. O relatório foi divulgado nesta quinta-feira e
mostra o recuo de 0,2% na comparação com o ano anterior. As
reduções anuais, em dez anos, foram de 0,5% em 2013, de 0,2% em
2012, de 0,8% em 2011 e de 0,8% em 2010.
Em nota,
a FGV afirmou que as medidas do governo federal para enfrentar a
informalidade, exemplificando com a desoneração de alguns setores
da economia e com as políticas direcionadas para pequenos
empresários, apesar de serem efetivas, não foram suficientes para
dar um freio na informalidade na atual conjuntura econômica. O texto
ressalta que se faz necessário o encaminhamento de medidas
envolvendo maior racionalização da matriz tributária, modernização
do sistema de cobrança, melhoria do nível educacional da população
e diminuição dos índices de desemprego. A atual estagnação
econômica não pode favorecer um recuo na formalização, que deve
continuar sob incentivo, até porque a chamada economia subterrânea,
expressiva por certo, só gera benefícios para quem se apropria dos
recursos. Dela não se espera retorno em serviços e em bem-estar à
população, até porque alavanca a precarização nas relações de
trabalho. Esse levantamento deve subsidiar a elaboração de novas
políticas públicas eficazes na neutralização dessa realidade
adversa.
Fonte:
Correio do Povo, editorial da edição de 26 de junho de 2015, página
2.
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