O
tradicionalista Antônio Augusto da Silva Fagundes, o Nico, morreu na
noite de ontem aos 80 anos. Ele estava internado havia um mês na
Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Ernesto Dornelles e
morreu às 21h10min. Em 2000, Nico sofreu um AVC e passou longo
período de recuperação. Sobreviveu a um coma induzido para curar
infecção generalizada em 2010.
Nascido
em 4 de novembro de 1934, em Alegre, foi morar em Porto Alegre em
1954 e passou a integrar o 35 CTG. Nico sempre foi respeitado como
autoridade do folclore gaúcho, história do Rio Grande,
antropologia, religiões afro-gaúchas, indumentária gaúcha,
cozinha gauchesca e danças folclóricas.
Poeta,
historiador, radialista, advogado, antropólogo e dançarino. Nico
escreveu uma das músicas mais tocadas no Brasil e considerada quase
um hino no RS, o “Canto Alegretense”. Foi patrão do 35 CTG e
roteirizou filmes sobre a cultura gaúcha como “Ana Terra” e
“Para, Pedro”. Foi apresentador de televisão do programa “Galpão
Crioulo”.
Formou e
comandou o grupo Cavaleiros da Paz, empreendendo cavalgadas por
diversos países da América Latina com o intuito de divulgar as
tradições gaúchas e de levar mensagens de paz. Deixa mulher, de
seu segundo casamento, e seis filhos.
Fonte:
Correio do Povo, capa do caderno Arte & Agenda da edição de 25
de junho de 2015.
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