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domingo, 28 de junho de 2015

A insegurança no cotidiano

A população brasileira está se sentindo órfã em matéria de segurança pública. Todos os dias, temos notícias de crimes que vão desde furtos até roubos, latrocínios, sequestros e assassinatos. Enquanto a maioria desses delitos não têm a devida apuração, os brasileiros vão cada vez menos encontrando respaldo nos órgãos encarregados de lhe prestar um serviço de proteção. Os estados encarregados constitucionalmente de prover os meios para enfrentar a criminalidade, queixam-se de que estão com seus orçamentos comprometidos com dívidas e custeio e pouco sobra para investimentos, em áreas essenciais, aí incluídas educação e saúde, também importantes para evitar a exclusão social que favorece o cenário para a criminalidade.
Agora, tramita no Congresso a PEC 33/2014, que torna de competência comum dos entes federados, como a União, legislar sobre segurança pública. Também as prefeituras têm muito a fazer, principalmente em termos de iluminação pública, para a qual se recolhe mensalmente valores que nem sempre são empregados com o retorno esperado.
Outro tema que não pode mais esperar é a contenção dos grupos criminosos nos presídios. O poder público precisa alocar verbas para que haja condições para o cumprimento da pena, sem que as quadrilhas consigam arregimentar novos integrantes, bem como de isolar seus líderes para que eles não constituem a desafiar a sociedade atrás das grades. Modernizar a legislação penal também é outra demanda a ser atendida.


Fonte: Correio do Povo, editorial da edição de 19 de junho de 2015, página 2.  

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