O desabrochar só crescimento material na China
Os três séculos em que os Song dominaram a China atestam uma curiosa anomalia. Essa época foi, por uma lado, extremamente criativa, e a China avançou então mais do que o resto do mundo em termos de invenções tecnológicas, produção material, filosofia política, governo e cultura de elite.
Livros impressos, pinturas, o sistema de exames para o serviço civil são exemplos de preeminência da China. Por outro lado, foi justamente durante esse período da expansão chinesa que invasores tribais, oriundos da Ásia Interior, começaram gradualmente a assumir o controle administrativo e militar do Estado e do povo chinês. Estariam as realizações culturais da China na época dos Song relacionadas à dominação não-chinesa? Essa é um questão central, embora complexa.
Em 960, o comandante da guarda do palácio da última das Cinco Dinastias do Nore da China foi aclamado por suas tropas com o novo imperador. Assim levado ao poder, Zhao Kuangyin fundou a dinastia Song. Ele e seu sucessor, prudentes e hábeis, aposentaram os generais, substituíram os governadores militares por funcionários civis, concentraram as tropas de elite no exército palaciano, construíram uma burocracia composta de diplomados por meio de exames e centralizaram a receita. O controle dos militares e o estabelecimento de um novo poder civil foi exemplarmente realizado. O século e meio durante o qual os Song do Norte ocuparam o poder (960-1126) foi um dos períodos mais criativo da China, de certo modo semelhante à Renascença, que começaria na Europa dois séculos mais tarde.
A avaliação do lugar estratégico ocupado pelo Song na história da China requer a adoção de diferentes abordagens. A primeira seria sob o plano do crescimento material demográfico, urbano e referente à produção, à tecnologia e ao comércio interno e externo.
A população da China atingiu cerca de sessenta milhões de habitantes em meados do período Han (por volta de 2 d.C.). Depois de conhecer um provável declínio na era da desunião, ela aparece ter chegado de novo entre cinquenta e sessenta milhões de habitantes no ápice da dinastia Tang, no início dos anos 700. Ela voltou a crescer para cerca de cem milhões no início da dinastia Song, permanecendo estável por volta de 120 milhões até o fim do século XII: podemos dizer que 45 milhões se concentravam ao norte do rio Huai e 75 milhões ao longo do Yangzi e em direção ao sul.
O crescimento da população acarretou um desenvolvimento da vida urbana que na capital se tornou espetacular Kaifeng, centro político e administrativo dos Song do Norte, mantinha uma grande concentração de funcionários e de pessoal de serviço, tropas e parasitas atraídos pela corte. Essa cidade tinha apenas quatro quintos da superfície da capital Tang, Chang'an, mas era três vezes maior do a Roma antiga. Em 1021, sua população intramuros era de cerca de um milhão. Em 1100, os registros totalizaram 1,05 milhão de pessoas e, se adicionarmos o exército, cerca de 1,4 milhão.
Tal concentração urbana só podia ser alimentada na medida em que Kaifeng se encontrava próxima à junção do primeiro Grande Canal com o rio Amarelo, que comandava o transporte fluvial por barcaças desde o celeiro de grãos do baixo Yangzi.
O comércio interno e inter-regional chinês era facilitado por transportes baratos através do Grande Canal, do Yangzi, seus afluentes e lagos e de outros rio e sistemas de canais. Essas vias aquáticas estendiam-se por cerca de 48 mil quilômetros, criando a mais populosa área de comércio do mundo. O comércio exterior sempre foi uma derivação desse grande comércio interno da China.
A indústria cresceu em Kaifeng, em primeiro lugar para atender às necessidades do governo. Por exemplo, o Norte da China tinha então extensos depósitos de carvão e ferro, que podiam ser transportados a baixo custo por via aquática para a capital. A exaustão dos recursos florestais por volta de 1.000 d.C. Obrigou as fundições de ferro a usarem carvão mineral em vez de carvão vegetal nos altos fornos de coque. Além disso, o ferro fundido assim produzido permitiu que os trabalhadores do ferro da dinastia Song desenvolvessem uma técnica de eliminação do carbono para a produção do aço. Por volta de 1078, o Norte da China estava produzindo anualmente mais de 114 mil toneladas de ferro-gusa (setecentos anos mais tarde, a Inglaterra produzia apenas a metade dessa quantidade).
Essa atividade forneceu cotas de malhas e armas feitas de aço à indústria da guerra. Antes disso, usava-se uma proto artilharia sob a forma de catapultas para as guerras de sítio, e a pólvora foi originalmente empregada em lanças incendiárias, granadas e bombardas. Se os cercos primitivos conseguiam manter-se, era porque os estoques de suprimentos de uma cidade sitiada lhes permitia, com frequência, resistir a seus sitiadores, obrigados a pilhar campos estéreis. AS novas armas dos Song podiam agora demolir muralhas e portões, explodir minas de pólvora e provocar incêndios no interior das muralhas.
Infelizmente para a dinastia dos Song do Norte, essa tecnologia de guerra foi rapidamente adotada pelos invasores Ruzhen, que estabeleceram sua dinastia Jin no Norte da China, depois de capturar Kaifeng, em 1126. Uma nova capital Song foi então criada no Sul, em Hangzhou.
Em seu apogeu, no início de 1200, a grande capital dos Song do Sul estendeu-se por mais de 32 quilômetros, ao longo do estuário do rio Quantang. Ela ia desde os subúrbios do Sul, com mais de quatrocentos mil habitantes, passando pela cidade imperial murada, com meio milhão de habitantes, até os subúrbios do Norte, com cerca de duzentas mil pessoas. Como notou Marco Polo, Hangzhou possuía algumas características similares às de Veneza. Água corrente oriunda do grande lago do oeste fluía pela cidade, por uma vintena ou mais de canais que também serviam para carregar os dejetos em direção ao leste, para as marés do estuário do rio.
No interior de suas muralhas, a cidade tinha cerca de dezoito quilômetros quadrados, cortados ao meio pela larga Via Imperial, que corria do sul ao norte. Antes da conquista mongol, em 1279, Hangzhou possuía uma população de mais de um milhão de habitantes (algumas estimativas chegam a dois milhões e meio), o que a tornava a maior cidade do mundo. A Veneza de Marco Polo teria talvez cinquenta mil habitantes: é fácil entender por que a vida urbana da China fascinou tanto.
Durante a dinastia Song do Sul, o comércio exterior fornecia a maior parte da receita do governo – única vez em que isto ocorreu antes do século XIX. A demanda de artigos de luxo em Hangzhou, especialmente de especiarias importadas pela Rota das Especiarias – que ia da Índia Ocidental até a China e que se estendia até a Europa – está na base da rápida expansão do comércio exterior na época Song. A demanda era tão elevada que as famosas exportações chinesas de sedas e porcelanas, assim como de moedas de cobre, não eram assim como de moedas de cobre, não eram suficientes para contrabalançá-las. A diáspora islâmica – que chegou a Espanha e influenciou profundamente a Europa – provocou também, na época dos Song, uma grande expansão do Comércio marítimo nos portos chineses de Gunazhou (Cantão), Quanzhou (Zayton), Xiamen (Anoy), Fuzhou e Hangzhou. Embarcações chinesas desciam pela costa da Ásia Oriental até as Índias e, dobrando a Índia chegavam até mesmo à África Oriental, mas o comércio exterior dos Song do Sul encontrava-se ainda fortemente concentrado nas mãos dos árabes. Os impostos que recaíam sobre eles permitiam que os Song do Sul se apoiassem mais no sal e nas taxas comerciais do que no tradicional esteio da vida imperial, ou seja, os impostos sobre a terra. Um dos efeitos desse aumento do comércio foi ter revivido o uso do papel-moeda, inaugurado pelos Tang, que começou com notas de pagamento do governo para a transferência de fundos, notas promissórias e outros papéis de poder de negociação limitado, chegando até a emissão, pelo governo, de papel-moeda em todo o território nacional. Tal como o carvão, o papel-moeda também fascinou Marco Polo.
A tecnologia náutica chinesa era a melhor do mundo nesse período. Os grandes navios compartimentados da China (com até quatro converses, quatro ou seis mastros e doze velas), dirigidos por um leme de popa e pelo uso de mapas e da bússola, podiam embarcar até quinhentos homens. Essa tecnologia era bem mais avançado do que a que estava em vigor na Ásia Ocidental e na Europa, onde as galeras mediterrâneas ainda utilizavam força muscular e um ineficiente sistema de população a remo.
Essas facetas são penas alguns exemplos das realizações dos Song. Qualquer expansionista dotado de uma mente moderna, ao voltar o olhar para todo esse crescimento e criatividade, pode imaginar como a China dos Song, poderia ter dominado o mundo marítimo e alterado o curso da história, invadindo e colonizado a Europa a partir da Ásia. Aparentemente, a única coisa que faltava era motivação e incentivo. É evidente que isso é apenas uma fantasia pouco convencional, mas ela permite que nos perguntemos sobre o que impediu um maior desenvolvimento da “revolução econômica medieval” da China, nas palavras de Mark Elvin (1973). É fácil apontar os invasores bárbaros e culpar a conquista mongol por ter bombardeado o navio do Estado Song em sua rota tão promissora em direção aos tempos modernos. Essa interpretação apresenta a fascinação própria a toda teoria centrada em uma causa única, porém, como veremos a seguir, elas foram muitas.
As seções seguintes mostrarão como o sistema de exames tornou-se uma fonte importante de fornecimento de burocratas para o serviço civil: como a menor possibilidade de obter um cargo no serviço civil encorajou a classe dos eruditos (shi) a retornar ao seu envolvimento nos assuntos locais como líderes da aristocracia rural; e como a filosofia neoconfunciana ajudou essa mudança de foco.
Fonte: China – Uma Nova História, páginas 95 a 100.
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A REAÇÃO DO ELEITOR AOS MEGA-CASOS DE CORRUPÇÃO TENDE A SER A ANTIPOLÍTICA!
1. Os casos de corrupção medidos em bilhões e que alcançam elites políticas, elites econômicas e elites esportivas, ganham ampla divulgação, detalhes escabrosos e enorme repercussão de opinião pública. Estão aí a Lava-Jato, a Fifa, o Zelotes, e por aí vai. Qual tende a ser a reação política dos eleitores? Já há uma vítima –a presidenta Dilma- com níveis de rejeição recordes e irrecuperáveis. Mas ela não é mais candidata a nada.
2. Na política não se aplica a lei da física de ação e reação, onde a reação é previsível e mensurável a partir da intensidade e direção da ação. Na política, o processo ação-reação é como aquela bolinha densa que as crianças jogam no chão e elas pulam para qualquer direção. Não é simples prever a reação.
3. A reação do eleitor àqueles casos, valendo as leis da física, seria um voto seletivo que buscasse a ética como resposta, como direção e sentido. Nos últimos anos, acompanhando a política na América Latina e na Europa, a reação aos escândalos não tem sido a busca de candidatos e partidos que sirvam de referência ética.
4. A ética tem sido muito mais o argumento de todos, políticos, imprensa, intelectuais, opinião pública... Argumento para sustentar a reação. As manifestações massivas nas ruas virtuais (redes sociais), nas ruas reais, nas conversas, debates, talk shows, nos legislativos, nas entrevistas, tem sempre como lastro o argumento ético.
5. Mas a escolha dos caminhos –ou a reação política/eleitoral- tem sido muito mais a ANTIPOLÍTICA. Quem pensava que esse tipo de reação era próprio e exclusividade de países subdesenvolvidos latino-americanos, recheados de caudilhos desde o período das independências, enganou-se. A antipolítica tem crescido e avançado de forma surpreendente na Europa, berço das políticas orgânicas e ideológicas.
6. Aí estão a Espanha (Podemos, Cidadãos e suas “filiais” locais), e a Itália (MV5), em suas recentes eleições regionais, com a ascensão ao primeiro escalão de partidos –antipartidos- impulsionados pelas redes sociais e pelas denúncias carregadas de fatos. O Reino Unido foi salvo pelo sistema eleitoral de voto distrital puro uninominal em pequenos distritos. Para falar dos fatos mais significativos.
7. No Brasil, os políticos e os partidos se defendem com um sistema-eleitoral que cria enormes barreiras a entrada que vão muito além da porcentagem de votos exigidos. A legislação impede acesso à TV compulsória, ao fundo partidário, à criação de partidos, à existência de partidos regionais, etc. Assim mesmo, em nível do legislativo, há casos de grande repercussão e votação como Enéas, Tiririca, Romário.
8. Agora –depois dessa cadeia de mega-escândalos- se poderá ver se a força da antipolítica que entra como um tsunami será suficiente para varrer as restrições e alcançar os poderes executivos em grandes cidades. 2016 será o primeiro teste da antipolítica “majoritária” se transformar em poderes locais significativos.
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TURQUIA: SURPRESA ELEITORAL! GOVERNO PERDE A MAIORIA ABSOLUTA!
1. Surpresa nas eleições na Turquia: o partido governante, AK, perdeu sua maioria parlamentar pela primeira vez em 13 anos; logrou 41% dos votos contados (99%).
2. Outra surpresa: HDP, pró-curdo, ultrapassou o limiar de 10%, garantindo assentos no parlamento pela primeira vez.
3. O resultado é um golpe nos planos do presidente Recep Tayyip Erdogan para aumentar seus poderes, transformando a Turquia numa república presidencial.
4. O AKP de Erdogan perdeu 51 cadeiras. O Chip (Partido Republicano do Povo) socialdemocrata, manteve-se no mesmo patamar. O MHP (Movimento Nacionalista), de direita religiosa, ganhou 29 cadeiras. HDP (Partido Curdo) passou a ter 80 cadeiras, ultrapassando a cláusula de barreira.
5. Veja o gráfico com a eleição de ontem e de 2011 comparadas.
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MÉXICO: PRI, DO PRESIDENTE PEÑA NIETO, CAI, MAS MANTÉM PRIMEIRA MAIORIA!
Eleição para a Câmara de Deputados neste domingo (07). PRI 28%, PAN (centro-direita) 20,8%, PRD 10,4% + Modena 9,25% = 19,65% (esquerda, com dissidência liderada por Lopes Obrador), PV 6,9% e MC 6,2%. Os demais devem ficar fora do parlamento pela cláusula de barreira.
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CRESCE O DESEMPREGO ENTRE OS JOVENS!
(Estado de SP, 07) 1. Dados da última Pesquisa Mensal de Empregos (PME), do IBGE, mostram que a taxa geral de desemprego em seis regiões metropolitanas do País (São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Porto Alegre) foi de 6,4% em abril. Entre os jovens, essa taxa foi duas vezes e meia maior, e ultrapassou os 16%.
2. De 2002 a 2014, a taxa de desemprego entre jovens com até 24 anos caiu 11,2 pontos porcentuais, de 23,2% para 12%. Neste ano, essa taxa chegou a 16,2% em abril. “Demorou 12 anos para a taxa cair 11 pontos e em único ano já foram devolvidos mais de 4 pontos”, diz o pesquisador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Eduardo Zylberstajn.
Tarifa de energia vai subir para compensar melhoria dos serviços
O consumidor vai ter de pagar —por meio de aumentos na tarifa de luz— a melhoria da qualidade dos serviços de energia elétrica que estão sendo exigidos pelo governo federal...
Governo anuncia novo pacote de concessões para tentar reverter crise
Plano deve incluir leilão de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Parte do previsto pelo governo na primeira versão do PIL não saiu do papel. O governo...
Homem com 14 carros na garagem pagará R$ 5 mil de pensão para sua ex-mulher
A 1ª Câmara de Direito Civil do TJ majorou pensão alimentícia, de 1,5 salário mínimo para R$ 5 mil, devida por um homem em favor de sua ex-companheira, mas fixou...
CNJ aprova cotas para negros em concursos do Judiciário
A partir de agora, haverá reserva mínima de 20% das vagas para candidatos negros, sendo que o percentual poderá ser elevado a critério de cada tribunal. O...
Site Airbnb passa a aceitar cartão nacional e parcelamento no Brasil
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Inflação sobe mais que o esperado em maio e acumula 8,47% em 12 meses
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Redução de depósitos na poupança deve continuar
Segundo o diretor executivo da Anefac, Miguel Ribeiro de Oliveira, retração da economia com inflação e juros elevados continuará a comprometer orçamento...
Empresa de segurança é condenada a indenizar participante de show de axé
O juiz do 5º Juizado Especial Cível de Brasília julgou parcialmente procedente pedido de indenização para condenar a empresa Dragon Vigilância e Segurança...
Noiva receberá indenização por entrega de maquete de bolo distinta do acordado
A juíza do 6º Juizado Especial Cível de Brasília condenou confeitaria a pagar R$ 4 mil de compensação por dano moral, por falta de cumprimento do que foi acordado...
Cliente deve ser notificado pessoalmente sobre rescisão de contrato de seguro
Cliente da Mapfre Seguros Gerais que teve seu contrato unilateralmente rescindido por atraso em prestação tem direito a ser indenizada por danos materiais e morais, em montante que ultrapassa...
Empresa de construção deve indenizar clientes em R$ 35,9 mil por má prestação de serviço
A 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) condenou a Multisik Distribuição Construção e Serviços Ltda. ao pagamento de...
Protestos de dívidas crescem 21% em 2015, aponta relatório do SCPC
O total de protestos de dívidas em cartórios do Brasil acumulou alta de 21,3% entre janeiro e maio deste ano, se comparado ao mesmo período de 2014. Contabilizando apenas os consumidores,...
Hotéis são condenados a pagar direitos autorais por TVs e rádios de quartos
O artigo 68 da Lei 9.610/98, que trata de direitos autorais, aponta que os quartos de hotéis são considerados locais de frequência coletiva e, por isso, não podem retransmitir...
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E ENDIVIDAMENTO! PRIMEIRO QUADRIMESTRE DE 2015!
(Dados do Diário Oficial –RJ- de 25/05/2015- por determinação da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF)
1. RECEITAS REALIZADAS - COMPARAÇÃO ENTRE JANEIRO- ABRIL DE 2015 X JANEIRO-ABRIL DE 2014!
1.2. Receitas Tributárias: 2015: R$ 9,912 bilhões / 2014: R$ 13,068 bilhões. Queda nominal de - 24,1% / Queda real de -29,6%
1.3. Principal causa: ICMS. 2015: R$ 6,175 bilhões / 2014: R$ 9,198 bilhões. Queda nominal de – 32,8% / Queda real de 37,7%.
1.4. Receita com execução da Dívida Ativa: 2015: R$ 31,6 milhões / 2014: R$ 109 milhões. Queda nominal de – 71%. /. Queda real de 73,1%.
1.5. Operações de Crédito: 2015: R$ 459,9 milhões / 2014: R$ 3,568 bilhões. Queda nominal de – 87% / Queda Real 88%.
2. DESPESAS LIQUIDADAS E COMPARADAS. ATÉ ABRIL DE 2015 E ATÉ ABRIL DE 2014!
2.1. Pessoal e Encargos Sociais: 2015: R$ 6,361 bilhões / 2014: R$ 5,597 bilhões. Crescimento nominal de + 13,6% / Crescimento Real de + 5,4%.
2.2. Serviço da Dívida: juros + amortizações: 2015: R$ 2,295 bilhões / 2014: R$ 2,037 bilhões. Crescimento nominal de + 12,6% / Crescimento Nominal de + 4,5%.
2.3. Investimentos: 2015: R$ 1,418 bilhão / 2014: R$ 1,584 bilhão. Queda nominal de - 10,4% / Queda Real de - 16,9%.
2.4. Despesa de Pessoal em proporção a Receita Corrente Líquida: 34,29%.
DÍVIDA CONSOLIDADA
31/12/2014: R$ 89,868 bilhões, sendo que R$ 9,073 bilhões de dívida externa.
28/02/2015: R$ 91,689 bilhões.
30/04/2015: R$ 93,482 bilhões. Crescimento sobre 31/12/2014: + 4%. Sendo que R$ 10,285 bilhões de dívida externa (+ 13,3%).
* * *
DÉFICIT DE VAGAS NO SISTEMA PRISIONAL CRESCEU 139% EM 8 ANOS!
(Editorial - Estado de SP, 09) 1. O Mapa do Encarceramento divulgado pelo governo federal revela que o déficit de vagas no sistema prisional aumentou 139% em oito anos. Em 2013, faltavam 216.033 vagas; em 2005, o déficit era de 90.360. No mesmo período, a população encarcerada cresceu 87,7%. Passou de 296.919 para 557.286 presos. Já o número de vagas do sistema cresceu só 65%. Deve-se isso ao fato de as Polícias Civil e Militar prenderem mais e a Justiça ter aumentado o número de condenações, demonstrando maior eficiência no combate à criminalidade, ao passo que os governos federal e estaduais não expandiram a rede de prisões no mesmo ritmo. Por causa da superlotação das prisões, o Brasil vem sendo acionado nos organismos multilaterais de defesa dos direitos humanos.
2. Para amenizar a situação, que atingiu um ponto crítico, as Defensorias Públicas e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tomaram iniciativas importantes, que estão causando polêmica. Responsáveis pela defesa de 80% dos réus envolvidos com drogas, os defensores argumentam ser inconstitucional toda prisão de usuário de drogas. Já o CNJ vem estimulando os Tribunais de Justiça a acelerar a implementação das audiências de custódia, que obrigam as autoridades policiais a levar o acusado das práticas de um delito à presença de um juiz até 24 horas depois da prisão.
3. (Ex-Blog) Polêmica: solução é flexibilizar ou construir mais presídios?
Petistas soltos fazem o 5º Congresso; Dilma defende recessão como “tática”, e Lula tem um plano para o Brasil: atacar a imprensa
Um partido em decadência. Essa é a síntese do primeiro dia do 5º Congresso do PT, que se desenvolveu entre a contradição, a dispersão e o ressentimento. Incrível, mas ninguém por ali dizia coisa com coisa. Recorrendo a um velho chavão da esquerda, a presidente Dilma Rousseff se deslocou da Bélgica para a Bahia para falar aos companheiros sobre tática e estratégia, como se estivesse numa antiga reunião da VAR-Palmares — a Vanguarda Armada Revolucionária – Palmares. Disse a mandatária: “O PT é um partido preparado para entender que, muitas vezes, as circunstâncias impõem movimentos táticos para alcançar o objetivo mais estratégico: a transformação do Brasil em uma nação desenvolvida e mais justa”. Entendi: os juros, que Rui Falcão, no mesmo encontro, classificou de “escorchantes”, e a recessão são os caminhos da redenção socialista, que o PT diz ainda buscar. Os companheiros é que não perceberam.
Dilma teve um ataque de Fidel Castro ou de Hugo Chávez. Falou por longuíssimos 50 minutos. Começou com o auditório cheio e terminou com ele esvaziado. Ninguém mais dava bola para a sua “recessão de salvação”. Enquanto discursava, petistas abriram, num canto do salão, uma faixa em que se lia: “Abaixo o Plano Levy”, como se isso existisse. Nesse aspecto, ao menos, Dilma foi honesta: não existe um “Plano Levy”; existe um “Plano Dilma”.
A presidente apelou ao partido que apoiasse o governo depois de Falcão dizer, como antecipado aqui ontem, que “o PT não acredita que é possível retomar o crescimento provocando recessão. Nem que se possa combater a inflação com juros escorchantes e desemprego de trabalhadores e máquinas.” Vale dizer: O PT, segundo Falcão, não acredita no que diz a presidente, que, por sua vez, asseverava estar fazendo apenas um recuo tático, como, sei lá, Mao Tse-Tung ou Lênin.
Lula despertou um pouco mais de atenção. Porque, afinal, é Lula. Mas, segundo o relato de pessoas presentes, não muito. E o Babalorixá de Banânia? Apresentou alguma saída para o Brasil? Sim! O rancor. O companheiro tomou o microfone para atacar a imprensa, citando as empresas de comunicação como exemplos de má gestão e de perversidade, já que demitiram profissionais.
Afirmou: “Esses veículos falam tanto do nosso governo… Não são capazes de administrar a própria crise sem jogar o peso nas costas dos trabalhadores. E acham que podem ensinar como administrar um país com mais de 200 milhões de habitantes”. É uma fala para mobilizar boçais, que é a plateia que está restando aos companheiros. Fosse como ele diz, nos momentos de crise, jamais haveria demissões, não é? Ou os demais setores da economia não estão desempregando também? Ou esse desemprego não é uma consequência, inclusive, da recessão, que a companheira Dilma chamou de “movimento tático”?
Se o desemprego atingisse apenas jornalistas, os petistas ainda conseguiriam sair às ruas e ir a restaurantes. Ocorre que eles estão tendo de cair na clandestinidade porque a crise é bem mais séria.
O que se viu na Bahia, em suma, foi o retrato da decadência, o que é uma boa notícia para o Brasil. Na linha de frente da mesa de autoridades, Lula, Dilma e Rui Falcão, cada um atirando para o lado. Na segunda fileira, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que não consegue dar as caras nem em ciclofaixa, e o enrolado governador de Minas, Fernando Pimentel.
João Vaccari Neto não foi porque está preso.
A rigor, a gente pode dizer que esse 5º Congresso do PT juntou os petistas que ainda estão soltos.
Por Reinaldo Azevedo
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Pensam como Marx, governam como Stalin e vivem como Rockefeller? "O socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros" Margaret Thatcher
Crescimento do subdesenvolvimento
Adriano Benayon * - 15.06.2015
A economia brasileira está seriamente doente. A crise põe-se à mostra: negócios fechando, desemprego crescente, violência e insegurança recrudescendo.
2. A atual é uma das muitas provenientes da enfermidade estrutural e crônica que assola o País, há mais de 60 anos. Sem ordem constitucional não há como sair do atoleiro, pois os beneficiários da corrupção sistêmica a institucionalizaram e criaram mecanismos, em todas as esferas do poder, para aprofundá-la.
3. Os desequilíbrios agravam-se, porque o poder, sob todos os regimes e governos que se têm sucedido, é controlado pelos que acumulam poder através do dinheiro e faturam com os desequilíbrios.
4. Aristóteles ensinou que o hábito forma uma segunda natureza. Então, há muito tempo, através da psicologia aplicada - e utilizando formadores de opinião e o crédito de instituições supostamente científicas - o sistema de poder acostuma as pessoas a ignorar as causas da doença política e social.
5. A economia brasileira perde qualidade através da concentração, da desnacionalização, da desindustrialização e do consequente empobrecimento tecnológico.
6. Afora a indústria, prejudicada desde meados dos anos 50, as infraestruturas foram deterioradas e privatizadas, principalmente a partir dos anos 90. A regulação dos serviços favorece a manipulação dos preços de suas tarifas e a falta de qualidade, sob o beneplácito das agências, ao bel prazer dos carteis que os controlam.
7. Nessas fabulosas negociatas - que a grande mídia nunca denunciou - foram entregues a carteis estrangeiros as infraestruturas construídas e pagas pelo Estado. Além disso, privatizaram-se e desnacionalizaram-se bancos, cada vez mais favorecidos pela legislação e pelo BACEN.
8. A entrega dos monopólios das infraestrutura e as normas pró-carteis da precificação de suas tarifas tornaram-se causa maior da alta da inflação.
9. Daí também, e em combinação com a produção industrial dominada por carteis transnacionais, advém a perda de competitividade da economia e os déficits nas transações correntes, formadores da dívida externa.
10. Na lógica perversa do sistema, em vez de se construir uma infraestrutura eficiente e independente, finge-se combater a inflação através da elevação das taxas de juros.
11. Ora, aumentar os juros significa:
1) fazer crescer as insuportáveis despesas financeiras do Tesouro, incapacitando-o de realizar os prementes investimentos de infraestrutura, baixar o “custo Brasil” e melhorar o grau de competitividade;
2) elevar a taxa de inflação, uma vez que os juros são um dos custos de produção, além de dissuadir investimentos produtivos e assim reduzir a oferta de bens e serviços, determinante da alta dos preços;
3) tornar ainda mais concentrada a renda e o poder nas mãos dos oligarcas financeiros: daí ser essa política promovida pelas “autoridades monetárias” e endossada pelos beneficiários das doações de grandes empresas e bancos às campanhas eleitorais.
12. Mais efeitos estruturais negativos são gerados a pretexto de conter os preços através das importações, deixando de desvalorizar a taxa de câmbio em correspondência com a alta dos preços internos: agrava-se a falta de competitividade da indústria local e aumenta a desindustrialização.
13. As empresas estatais foram entregues a preços muito abaixo de seu valor patrimonial, envolvendo a subavaliação dos lances iniciais, o pagamento em “moedas podres” (títulos de dívida desvalorizados) e a participação de fundos de pensão de estatais. Ainda por cima, a União despendeu centenas de bilhões de reais para sanear passivos trabalhistas e financeiros das empresas privatizadas.
14. Assim, o Brasil tornou-se a casa da sogra dos carteis. Nas telecomunicações, até as tarifas promocionais são múltiplos enormes das normais do exterior. O serviço é de baixa qualidade, e áreas imensas ficam sem sinal.
15. Mudanças na Lei Geral das Telecomunicações (nº 9.472/97) permitiram a operação de telefonia e celular por um único conglomerado, e incentivos à concentração favoreceram as mega-empresas, apoiadas por ANATEL e CADE.
16. No sistema elétrico, danos semelhantes ao País: a infraestrutura deteriorou-se, e, desde a privatização, as tarifas elevaram-se em cerca de 150%, acima da alta média dos preços.
17. A Petrobrás, foi privada, desde sua fundação, do monopólio da distribuição, o segmento privilegiado da indústria do petróleo, feudo para obter grandes lucros e que nada produz. A estatal já tivera desgastes, mesmo antes dos pesados golpes decorrentes da Lei 9.497 de 1997, entre os quais sua desnacionalização parcial e a perda dos monopólios da prospecção e exploração.
18. Desde 1955, a preponderância dos combustíveis fósseis, não-renováveis, esteve associada à deletéria expansão subsidiada da indústria automotiva, nas mãos dos carteis transnacionais, com a míngua de investimentos nas ferrovias e demais meios eficientes e econômicos, como a navegação fluvial e a marítima.
19. A mesma linha pró-subdesenvolvimento – característica da política inaugurada em agosto de 1954 - faz que, nas hidrelétricas, a geração de energia seja grandemente diminuída, e os custos elevados.
20. As mesmas normas e intervenções falsamente ambientais e pró-indígenas, impedem ou reduzem as eclusas, para grande dano do aproveitamento de rios e canais que tornariam baratíssimo o transporte interior no Brasil.
21. A política pró-subdesenvolvimento fez, nos anos 90, entrar em cena os negócios corruptos do gás da Bolívia, em favor das angloamericanas Shell, BP e Enron, tendo o Brasil pagado pelos gasodutos e investido em termelétricas antieconômicas, sem falar nas alimentadas por óleo combustível.
22. Ao mesmo tempo, impede-se que a energia de biomassa assuma o lugar principal que deve ter:
1) desvirtuando o Programa do Álcool, criado sob a liderança de Severo Gomes e Bautista Vidal, a partir de 1975; o etanol chegou a suprir integralmente a demanda de veículos novos produzidos no País, antes do final dos anos 80, mas concentrou-se em usinas e plantations gigantescas, que implicam transportar a cana a grandes distâncias e depois o álcool, de volta: a produção descentralizada, e combinada com alimentos, trazia vantagens econômicas, sociais e ecológicas; mas, nos últimos decênios o setor sucroalcooleiro passou a integrar o agronegócio e tem sido desnacionalizado;
2) marginalizando a produção de óleos vegetais, com a escolha de matérias primas e tecnologias erradas, como o biodiesel, além de adotar a lógica concentradora, antieconômica e antissocial, dificultando o acesso ao mercado de cooperativas e pequenos produtores;
3) coerentemente com a opção pela dependência tecnológica, não dando espaço à alcoolquímica e nem à oleoquímica;
4) entre as fontes renováveis de energia, preferindo e subsidiando as de tecnologia proprietária de empresas estrangeiras, como a eólica e a solar.
23. Juntamente com a desorganização econômica, política e social, fortalece-se a ordem colonial sobre o País, enquanto este perde a identidade nacional.
24. O caminho para isso tem sido as respostas subalternas dos governos às crises recorrentes derivadas do modelo dependente. Ao contrário do que alegam, as autoridades monetárias não têm como sanear as finanças, levando à estratosfera a dívida do Tesouro.
25. Com a composição e capitalização da elevadíssima taxa SELIC, o crescimento dessa dívida compromete, em definitivo, a independência do País.
26. No círculo vicioso, a produção e o emprego caem, e os recursos que os viabilizariam, são carreados para o pagamento de impostos, a fim de sustentar rendas exclusivamente financeiras, enquanto definham as suscetíveis de gerar produção.
27. A presente crise é pretexto para cortes profundos, também na área militar, vital para que se recupere algum grau de autonomia. Ela perdera substância, quando da crise da dívida externa do início dos anos 80.
28. Dita crise resultara da estrutura industrial desnacionalizada e concentrada que fizera acumular déficits externos incompatíveis com a capacidade de pagamento do País.
29. Hoje revivemos a daquela época, quando foram desativadas importantes indústrias de defesa, devido à falta de encomendas das Forças Armadas. A partir dos anos 80, não cessaram de ocorrer perdas e desnacionalizações de empresas brasileiras.
30. Nos anos mais recentes, após um esforço de ressurgimento, promove-se, de novo, desmonte nas pastas militares, tendo o governo cortado R$ 500 milhões no projeto (KC-390) da EMBRAER, com mais de 1.000 engenheiros e 10.000 técnicos envolvidos. Podam-se também os projetos da HELIBRAS e os dos submarinos.
31. Em suma, o País fica sem indústria e sem tecnologia, e à mercê das potências imperiais. O Reino Unido, à frente delas, obteve a demarcação de áreas imensas em Roraima e em outras regiões amazônicas, a pretexto de criar reservas indígenas e ecológicas. Pouco falta para essas áreas serem alijadas do território nacional.
32. Todos deveriam saber que o Reino Unido ocupa as Ilhas Malvinas da Argentina há mais de duzentos anos e recusa-se a reconhecer a soberania platina sobre essa área rica em petróleo.
34. A realidade do Brasil é a de um país dominado pelas corporações estrangeiras e desestruturado, que sofreassalto antigo, agora em fase aguda, desferido também sobre Petrobrás e à engenharia nacional, cujos conglomerados têm importante atuação nos segmentos tecnológicos da defesa.
35. Por que o inimigo ataca, confiante? Por que nem a Petrobrás é mais unanimidade. Porque a coesão nacional foi dilacerada. Porque o País está sem liderança política alguma, digna de crédito, e sem que qualquer dos poderes do Estado o defenda.
* - Adriano Benayon é doutor em economia pela Universidade de Hamburgo e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.
Dilma no Jô!
“Um governo opressor e ilegítimo, agindo na legalidade que ele mesmo criou, não encontra limites em sua volúpia por poder e recursos”
(Rodrigo Constantino)
Caros amigos
Permiti-me assistir, nesta madrugada, a entrevista concedida pela Governanta Dilma Rousseff ao nosso velho e decadente “Gordo” Jô Soares.
Sem índice no IBOPE, Jô se vê obrigado a vender seu espaço ao promotores da propaganda do não menos decadente Governo Federal.
Transpirando hipocrisia, sorridente e desenvolta, olhando ao redor e poucas vezes aos olhos dos telespectadores, a Governanta não teve qualquer pejo para reafirmar que a sua solução para os problemas criados pelo populismo, pela demagogia, pela falsidade, pela mentira, pela omissão, pela corrupção, pela desonestidade e pela incompetência do seu governo será o aumento dos impostos e a recessão, sem qualquer corte de gastos ou redução da paquidérmica máquina estatal.
Faltou-lhe o que nunca teve, humildade para admitir a sua responsabilidade pela quebra financeira e moral do Brasil. Falou dos fracassos como se eles tivessem ocorrido apesar dela e não por sua máxima culpa.
Dilma propõe-se a cobrar da sociedade a reposição do dinheiro que ela própria jogou na lata de lixo dos investimentos eleitoreiros e nas contas bancarias dos canalhas que se serviram da carapaça da sua arrogância para engordar contas bancarias no exterior.
Se o Brasil fosse um país sério e se os brasileiros tivessem cultura para fazer valer seu poder constitucional, a Sra Dilma Rousseff já estaria, há muito, respondendo na justiça pela forma com que tem gerido o país e, com certeza, a entrevista teria sido gravada na Papuda ou em uma penitenciária do Paraná e não sob os arcos do Palácio da Alvorada.
Jô Soares iniciou a conversa mostrando-se indignado com o despropósito da rejeição do eleitorado brasileiro à governanta recém reeleita, como se não tivessem havido as mentiras, como se a vaca não tivesse tossido e como se a verdade sobre a situação financeira do país não tivesse sido criminosamente escamoteada por “pedaladas” contábeis.
Procurando amolecer o coração da escassa assistência, Jô lembrou o tempo em que a hoje governanta cumpria pena por atos de terrorismo, ocasião em que ela, não tendo nada para ler, compartilhou com seus camaradas apenados a leitura de uma Bíblia. Logo ela, comunista, que tem a religião como o ópio do povo! Tudo com a ajuda de um Soldado da Polícia do Exército, oriundo de Santa Catarina, que, por ter sido descrito como alto, forte, loiro e de olhos azuis, não mereceu do outrora engraçado humorista a adjetivação pátria de “brasileiro”, mas de “catarina”!
Dilma confessou na entrevista a complexidade da sua incompetência, ao afirmar que fez “tudo o que podia” para que a “crise de 2008” não atingisse o Brasil. O que temos hoje a enfrentar - recessão, inflação, desemprego e todas as consequências desses males da gestão irresponsável - provam seu fracasso e não a eximem de culpa.
Pôs na adversidade climática toda a responsabilidade pela crise energética, sem mencionar uma só vez a falta de investimentos em infraestrutura para sustentar uma demanda naturalmente crescente que acabou por “secar o Brasil”!
Disse que reduziu a pobreza, só “esqueceu de lembrar” que o fez por decreto e pela distribuição demagógica de esmolas. Com certeza não sabe que a redução da pobreza se faz pela criação de empregos e de renda e não pelo compartilhamento da renda dos outros, dos que trabalham, produzem e pagam os impostos.
Dilma afirmou, sem rubor, que o programa “Mais Médicos” resolveu 80% dos problemas de saúde dos brasileiros, ou seja, a carnagem nos hospitais públicos que diariamente é denunciada pela imprensa ainda livre representa apenas 20% dos problemas de saúde para os quais o governo ainda não deu solução. Santa hipocrisia!
Finalizou afirmando que apenas 4 ou 5 maus funcionários da Petrobras foram os responsáveis pela bancarrota da maior empresa nacional e que não conhece todos os seus 39 ministros, embora considere a todos como de suma importância, tendo citado como superlativos os ministérios da pesca, da igualdade racial e da mulher. Ou seja, se estes não podem ser suprimidos ou absorvidos, nenhum será, assim como nenhum gasto público será reduzido.
Em resumo, a entrevista serviu para que o Sr Jô Soares demostrasse a sua simpatia pela Sra Dilma Rousseff e para que ela, mais uma vez, contasse suas lorotas e mandasse um recado aos brasileiros:
“Preparem-se para continuar a apagar a conta da gastança, da demagogia e da incompetência!”
Eu pergunto aos Guardiões da Lei e aos Senhores Congressistas:
Até quando?
Gen Bda Paulo Chagas
=Nenhuma ditadura serve para o Brasil=
ENALTECENDO OS VALORES MILITARES
A recente mensagem do novo Comandante do Exército através do C Com S Ex para os “amigos” da Reserva Pró - Ativa, entre os seus aspectos positivos, um empolga os nossos corações - “A CAMPANHA DE DIVULGAÇÃO DOS VALORES MILITARES”.
Os valores, as virtudes e as qualificações que deveriam ornar o bom cidadão foram estudados e elaborados por nós em livro inédito - “VALORES MILITARES: IMPORTÂNCIA E ATUALIDADE”.
Entre outras, podemos expressar os “VALORES MILITARES”, como normas, princípios ou padrões sociais aceitos ou mantidos por indivíduos, classe, sociedade; no caso, pelo Exército Brasileiro.
Não discriminamos os civis, ao designar nossas ilações sobre os atributos e qualificações de “militares”, pois sabemos que aqueles são apanágios de todos os indivíduos.
A profissão militar por exigir de seus integrantes um nível de abnegação que pode atingir o sacrifício da própria vida, deve promover e cultivar entre os seus, os padrões mais elevados das virtudes e dos valores. Portanto, chamá-los de “militares”, é um merecido reconhecimento.
Na atualidade, o abandono de valores e de virtudes inibidoras de ações menos nobres, facilmente foram alijadas da consciência e do procedimento de muitos cidadãos na “busca do se dar bem”, e será deste ambiente de onde surgirão os soldados do amanhã.
O magnifico Tema foi estigmatizado como “politicamente incorreto”, pois sua caducidade é flagrante no cenário nacional, “onde se plantando tudo dá”, inclusive os temas “politicamente corretos”, que germinam e proliferam à larga em terra fértil.
O Exército Brasileiro em seu Vade-Mécum de Cerimonial Militar (VM 10) ressalta as principais “ideias - força” referentes aos Valores, Deveres e Ética Militares, visando contribuir para o continuado aprimoramento das Virtudes Militares.
O Vade-Mécum, estabelece como “compromissos”: o Patriotismo; o Civismo; o Amor à Profissão; o Espirito de Corpo; a Fé na Missão do Exército; e o Aprimoramento Técnico - Profissional.
No Brasil, atingimos um nível vergonhoso, onde um círculo vicioso de disparates e impunidades agraciam seus praticantes no grau de excelências da patifaria, e avalizam a prática “dos fins justificando os meios”.
E o pior, é que exceto quanto aos danos em suas consciências e na sua paz interior, ocorrências não percebidas pelos demais, em geral os resultados são exitosos para os infratores. E seu exemplo de sucesso em qualquer campo é um incentivo para os demais.
Graças à exploração orquestrada “do tudo pelo social”, maquiado com propostas “politicamente corretas”, o discurso político - ideológico tem incentivado à adoção de condutas inaceitáveis, mas acobertadas por justificativas que adormecem consciências e o julgamento justo.
Assistimos à promoção e ao recrudescimento de dicotomias de toda ordem, desde as motivadas pela cor da pele, até às promovidas por diferentes preferencias sexuais.
Felizmente, destacamos o duplo papel desempenhado pelos profissionais no incentivo ao culto dos Valores Militares, tanto como instrutores; como modelos de conduta e, portanto, agentes protagônicos para a divulgação e o enaltecimento dos Valores Militares.
Na verdade, contrariando uma tendência presente nos altos índices de criminalidade atingidos pelo Brasil, onde pontifica o aumento da participação dos adolescentes nos ilícitos em geral, averiguamos que o jovem militar dificilmente está envolvido neles.
Como um brado de alerta, destacamos que o Exército Brasileiro possui uma IDENTIDADE que, ressalte - se, aquela qualificação não o torna incólume ao desgaste e às adversidades. Como tantas entidades, mesmo as mais sólidas, as Instituições Militares podem fraquejar, enfraquecer, perder o seu rumo e desaparecerem.
Por derradeiro, cumpre salientar que o Espírito Militar que distingue o Exército Brasileiro teve sua forja nas glórias do passado, foi originado pela herança das qualidades militares, que consolidadas definiram a sua IDENTIDADE, estatura moldada através de uma magnífica epopeia, que cabe aos soldados de hoje e do futuro preservar a todo o custo.
Brasília, DF, 13 de junho de 2015
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira
DESARMAMENTO E SOBERANIA
Economista Marcos Coimbra
Professor, Acadêmico fundador da Academia Brasileira de Defesa e autor do livro Brasil Soberano.
No Brasil o serviço militar é obrigatório. Todo jovem é convocado para cumprir seu dever aos dezoito anos, Apenas parte deste contingente é incorporado, devido a problemas principalmente de escassez de recursos e de infra-estrutura. O objetivo é a sua preparação para a defesa da Pátria, devido ao insuficiente efetivo profissional das Forças Armadas, considerando-se as necessidades existentes. Ele aprende a atirar com armas leves e pesadas, faz teste de tiro e, quando aprovado, é julgado apto. Em outros países, como Israel e Suíça, todo cidadão, de acordo com critérios específicos, é considerado como soldado da reserva, pronto para entrar em combate, quando necessário. Até a Venezuela comprou 100.000 fuzis de assalto para formar uma milícia de combatentes, recentemente, para defesa dos atuais detentores do poder político naquele país.
Na conjuntura atual, reina a insegurança no país, em especial no Rio de Janeiro, onde centenas de pessoas estão sendo trucidadas por marginais, muitos deles “menores”, em especial com uso de armas brancas, sem a mínima possibilidade de exercer seu legítimo direito de defesa, por falta de meios. Estamos sendo massacrados, mesmo sem oferecer resistência, ficando nossas vidas a mercê dos humores dos bandidos. A violência imposta pelo narcotráfico domina as cidades. Organismos internacionais, com a conivência de “cidadãos brasileiros”, alguns ingênuos, outros por terem sido cooptados por várias razões e os demais em função de motivações ideológicas, estão introduzindo no Brasil a cultura da covardia. Ou seja, não reaja, não olhe para o bandido, faça aquilo que ele mandar etc. Autoridades estrangeiras declaram o fim da soberania brasileira sobre a nossa Amazônia.
Houve um referendo sobre a proibição da comercialização de armas de fogo e munições, onde a imensa maioria dos eleitores (cerca de 64%) rejeitou o absurdo Quase todos os políticos (principalmente os ditos de esquerda) foram a favor da proibição, tendo sido fragorosamente derrotados. Porém, conseguiram impor o famigerado estatuto do desarmamento, por acordo de lideranças, sem sequer votação no plenário. Só defende o estatuto do desarmamento quem ignora o que está por trás dele, estrangeiros ou sicários. Na realidade, o Brasil só possui dois partidos políticos: o de Tiradentes e o de Silvério dos Reis. Os que foram responsáveis pela implantação do estatuto do desarmamento passarão à História como integrantes deste último.
Numa provável tentativa de invasão da Amazônia, nossa única chance é a luta não convencional, em que poderão ser empregados os reservistas e civis voluntários, possuidores de armas de fogo e munição, com destreza em sua utilização. Caso sejam confiscadas milhões de armas em especial aquelas em poder de reservistas, como defender nosso país das agressões externas e internas? O objetivo deve ser estimular os cidadãos dignos a legalizarem suas armas de fogo, impondo punições severas aos que tiverem armas ilegalmente e não desarmá-los. Ou o verdadeiro objetivo é facilitar a tomada de nosso território por estrangeiros, bem como a ação de criminosos?
O argumento falacioso de que um revólver é um "vetor de violência" não se sustenta. Os marginais empregam armas de guerra, AR-15, M-16, lança-granadas, desprezando armas de pequeno porte. Armas não matam pessoas. Pessoas matam pessoas. Na realidade, quem precisa ser controlada é a mídia, pois não há maior "vetor de violência" hoje do que os programas, novelas e filmes violentos transmitidos pelos meios de comunicação, onde fazem apologia até do uso de drogas. Um povo desarmado é muito mais fácil de ser escravizado, não tendo condições de exercer o direito constitucional de autodefesa.
A manobra é muito clara. A liderança do movimento é da ONG Viva Rio, fundada em NOV/93, no Rio de Janeiro, com a participação e o patrocínio de representantes das Fundações Rockefeller, Brascan, Kellog, Vitae e Roberto Marinho e a presença do então Chanceler FHC e do banqueiro David Rockefeller, fundador do Diálogo Interamericano, sendo filiada à IANSA-International Action Network of Small Arms, uma rede de 186 ONGs criada para atuar como uma central de coordenação da campanha internacional de desarmamento. O manifesto de fundação da IANSA exige inclusive a redução dos gastos militares ao nível mais baixo possível, bem como reduzir as disponibilidades de armas para civis em todas as sociedades, além de assegurar um efetivo controle e monitoramento das forças militares, polícia e outras instituições. Fica claro que este é o passo inicial. Depois, virão os outros. E, o Brasil, com 8.500.000 km2, detentor de vastos recursos naturais, vitais no terceiro milênio, ficará indefeso, a mercê dos "donos do mundo".
A legislação atual é bem severa, tanto para os que tentam comprar arma de fogo, como para aqueles que possuem porte, hoje praticamente impossível de ser obtido. O único argumento levantado pelos inimigos de armas neste aspecto é o de que quem possui arma e reage aos bandidos é morto e sua arma vai engrossar o arsenal da marginalidade. Porém, no Reino Unido, após o banimento das armas curtas, a própria polícia reconhece que isto em nada contribuiu para melhorar a situação, existindo ainda de 400 mil a um milhão de armas de fogo ilegais. O próprio Comitê de Assuntos Internos planejou uma revisão na legislação de armas de fogo e o Sr. Bill Harriman, membro do Comitê Consultivo em armas de fogo afirmou que: "a legislação focou o cidadão honesto que participa de clubes de tiro, quando deveria ser direcionada a armas possuídas ilegalmente".
Ninguém tem moral, direito ou legitimidade para rasgar a Constituição, impedindo o direito natural à autodefesa do cidadão. Caso este comportamento fascista seja mantido, as autoridades irão colocar na cadeia os cerca de oito milhões de cidadãos possuidores de armas legais e soltar os bandidos que estão trancafiados? E quantas armas continuarão a existir no país, computando-se as ilegais já existentes? Queremos direitos iguais às "autoridades", que, além de portar armas, possuem carros blindados, seguranças até estrangeiros, com armamento de guerra.
Outra questão importante é a da maioridade penal. A maioria do povo (mais de 80%) quer a mudança. É impossível continuar como desejam os “defensores dos direitos humanos dos marginais”. Quem assalta, estupra, mata deve ser punido adequadamente, independente de idade, de acordo com avaliação psicológica, médica e judicial. Vamos à consulta popular. Quem teme o referendo?
Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br
Página: www.brasilsoberano.com.br (Artigo de 02.06.15-MM)
Sahibinden İşaret Diliyle Yemek İsteyen Kedi..Böyle akıllı kedi gördünüz mü :)
Posted by haberinbizden.com on Sexta, 27 de junho de 2014
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