Nesta
sexta-feira, registrou-se a passagem do Dia Mundial contra o Trabalho
Infantil, assinalado pela Organização Internacional do Trabalho
(OIT). A entidade divulgou o Relatório Mundial sobre o Trabalho
Infantil 2015, que revela que 168 milhões de crianças trabalham.
Desse contingente, 120 milhões têm idade entre 5 e 14 anos e cerca
de 5 milhões delas têm condições análogas à escravidão. O
documento revela ainda que aproximadamente 75 milhões de jovens,
entre 15 e 24 anos, estão sem trabalho digno e que entre 20% e 30%
das crianças de baixa renda em países pobres abandonam a escola e
ingressam no mercado de trabalho até os 15 anos. No Brasil, por ano,
de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os fiscais
retiram mais de 6 mil crianças da situação de exploração
laboral. O país só permite o trabalho a partir dos 14 anos, com
especificações de tempo de serviço e atividades exercidas de
acordo com o currículo escolar, conforme a Lei da Aprendizagem.
Não
poucas vezes, vemos nossas ruas crianças trabalhando quando deveriam
estar na escola. A sociedade deve participar das iniciativas de
órgãos e de instituições voltados à defesa e proteção dos
infantes. Não é demais lembrar que a infância é uma fase da vida
decisiva para que tenhamos um adulto maduro e produtivo no futuro. O
Brasil, em união com os demais países-membros da Organização das
Nações Unidas, deve fomentar ações efetivas contra toda forma de
abuso desse segmento vulnerável e carente de proteção.
Fonte:
Correio do Povo, editorial da edição de 4 de junho de 2015, página
2.
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