domingo, 31 de maio de 2015

O QUADRO PRÉ-ELEITORAL DO RIO, 15 MESES ANTES DAS ELEIÇÕES DE 2016!

 1. Normalmente, as pesquisas pré-eleitorais começam a ser feitas um ano antes das eleições. Ou seja, começariam em outubro, logo após a data-limite para os candidatos firmarem suas filiações partidárias. Mas, neste ano, dada a imprevisibilidade, o instituto GPP (que nos últimos anos tem antecipado com maior precisão as tendências eleitorais no Rio) realizou uma ampla pesquisa na Cidade do Rio de Janeiro entre 9 e 10 de maio com 1.200 entrevistas.
       
2. De uma forma geral, os resultados informam o que já se tinha visto em pesquisas nacionais dos principais institutos: o enorme desgaste de Dilma e do PT. No caso do Rio, esse desgaste –provavelmente em função dos graves problemas financeiros e o recrudescimento da violência- se estende ao governador.  E, embora em patamar um pouco melhor, o prefeito da capital não escapa disso. As avaliações setoriais de governo aprofundam isso.
       
3. A pesquisa elencou todos os nomes de candidatos possíveis, adjetivando por suas funções: Romário e Crivella, senadores; Freixo do PSOL; Cesar Maia vereador; Pedro Paulo candidato do prefeito Eduardo Paes; Clarissa Garotinho deputada do PR; e Molon deputado do PT.
       
4. Com pequenos ajustes, Romário e Crivella se situam no patamar dos 20%. Freixo e Cesar Maia no de 10%. Pedro Paulo 5%, Clarissa e Molon 3%. Depois se excluem alguns nomes e o disco passa a contar com uns 3 ou 4 nomes, o que permite se ver para onde o voto migra. Por exemplo: sem Crivella, sem Cesar Maia, sem Clarissa e sem Molon, Romário sobe para 33,7%, Freixo para 19,2% e Pedro Paulo para 7%.
       
5. Todos os cruzamentos mostram que Romário e Crivella têm um voto mais concentrado entre os de menor renda e nível de instrução e na zona oeste popular. Freixo, ao contrário, e na Zona Sul e Tijuca. Um corte político dos pré-candidatos indica que o voto na antipolítica –Romário e Crivella- é muito forte no Rio, somando mais de 40% numa lista com todos os nomes.
       
6. O x da questão é na verdade saber quem serão os candidatos. Romário indicou o secretário de esportes da prefeitura. Há compromisso definitivo em não ser candidato? O PSB nacional garante que será. E Crivella depois de uma eleição para governador em que foi ao segundo turno e venceu em boa parte das áreas populares?  Será candidato? Se Romário não for candidato, Crivella cresce muito e passa a ter a certeza de ir para o segundo turno. Será candidato outra vez para manter seu nome divulgado dois anos antes de disputar um novo mandato de senador?
       
7. Pedro Paulo, secretário principal do prefeito, o acompanha em todas as inaugurações e movimentos. Com um tempo elástico de TV tenderá a crescer? Quanto? Essa, na verdade, é a questão de fundo na busca de apoio do PT ao PMDB no Rio. Pensam: só um grande tempo na TV lhe dará visibilidade. Sendo assim, Molon não teria apoio do PT. Cesar Maia –calçado na experiência e na prudência- responde sempre que é decisão para abril ou maio de 2016. Clarissa talvez mantenha a candidatura para relançar seu sobrenome. Seu entorno afirma que Crivella se comprometeu em apoiá-la como retorno ao apoio que recebeu de Garotinho no segundo turno de 2014. Será?
       
8. Enfim, há que acompanhar este quadro de candidatos. Menos para conhecer tendências e muito mais para ter informações e saber quem destes manterão seus nomes. Certeza só com Freixo e Pedro Paulo.

Ex-Blog do Cesar Maia

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