Há projetos avaliados
em R$ 25 bilhões, mas o banco está sem recursos
Rio – O conselho
curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) autorizou a
transferência de até R$ 10 bilhões do FI-FGTS para o BNDES. A
saída para reforçar o capital do banco sem envolver dinheiro do
Tesouro foi buscar o FI-FGTS, fundo administrado pela Caixa que foi
criado para ser uma alternativa a bancos públicos e privados no
financiamento de projetos de infraestrutura. Neste fundo o
trabalhador não ode investir diretamente.
O BNDES tem em
carteira projetos avaliados em R$ 25 bilhões mas não dispõe de
funding (recursos) para atender à demanda. Como moeda de
troca para diminuir a resistência da transferência dos recursos, o
governo deverá anunciar a criação de um novo fundo onde os
trabalhadores terão a opção de aplicar até R$ 30% do saldo de sua
conta. Essa aplicação teria rentabilidade semelhante à do FI-FGTS.
A de 2013 foi de 8,22%, número mais recente.
Pelo regulamento, o
FI-FGTS não pode investir no BNDES. No entanto, o conselho curador
já havia autorizado a emissão de R$ 7 bilhões em debêntures em
2008, mesmo ano em que os repasses bilionários do Tesouro ao banco
começaram. Atualmente, a dívida do BNDES com o Fundo já alcança
R$ 4,7 bilhões. As aplicações em ações da Vale e da Petrobras
são as únicas operações com dinheiro do FGTS permitidas aos
trabalhadores até o momento.
Fonte: Correio do Povo,
página 6 de 27 de maio de 2015.
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