Com um tom informal e descontraído, a feminista Júlia Tolezano, conhecida como Jout Jout, ficou famosa no Youtube com vídeos sobre os mais diversos temas. Um dos assuntos mais recorrentes em seus vídeos, no entanto, é a igualdade entre meninos e meninas. Para Jout Jout, que passou a ser considerada uma expressão do feminismo na internet, ainda não há igualdade entre os gêneros, mas colocar o tema em discussão e em evidência no youtube ajuda a promover o debate. “Tem tanta gente falando sobre isso. Acho que esse é o caminho”, disse.
Jout Jout foi uma das palestrantes do TEDxParquedasNaçõesWomen, um evento apoiado pela ONU Mulheres e totalmente voltado para a temática de igualdade de gênero e empoderamento das mulheres, que aconteceu na na embaixada da França em Brasília, na semana passada. Com o tema “Momentum”, a proposta do evento é expor, em palestras curtas de até 18 minutos, formas de alcançar mais rapidamente o equilíbrio entre direitos de homens e mulheres e inspirar o movimento pró-igualdade, a partir da motivação de mulheres que de alguma forma conseguiram se destacar na área que escolherem.
Em um de seus vídeos de destaque, intitulado “não tire o batom vermelho”, visto por mais de 650 mil pessoas, Jout Jout alerta sobre o que é um relacionamento abusivo. Ela dá exemplos como, se o parceiro já pediu para a mulher tirar o batom vermelho, a colocou contra amigos e família ou ainda se a diminui, fazendo com que a mulher acreditasse que só ele que a suportaria.
“O que eu faço é falar coisas que depois as mulheres se tocam que já sabiam daquilo. Não falo: sai desse relacionamento esquisito. Mas sim falo sobre relacionamentos esquisitos e ela se toca que o dela tá esquisito”, explica.
Naolí Vinaver também falou no evento. Ela tem sido uma admiradora, defensora e promotora ativa do parto natural. “A mulher foi perdendo o poder de ouvir sua própria voz interna do instinto, da intuição e de como parir, ao mesmo tempo em que o parto foi levado pra o hospital”, conta. A parteira defende que as mulheres devem perceber o poder que têm nas mãos, não só na hora de parir, mas em todas as áreas pelas quais queiram transitar.
Agência Brasil
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