A adoção no Brasil é um procedimento que, em termos aritméticos, deveria ser exitoso. Afinal, existem, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) 33,5 mil pretendentes a adotar em face de 5,7 mil crianças a serem adotadas. Contudo, essa realidade é permeada por variáveis que dificultam um desfecho favorável, como algumas preferências dos adotantes, que incidem sobre crianças de menor idade ou sobre determinadas características genéticas ou mesmo sobre o estado de saúde desses menores, excluindo alguns com doenças ou limitações físicas.
Entretanto, muitas vezes, a adoção não se efetiva por conta da falta de um bom sistema integrado de informações, que se torna um obstáculo para que a família encontre a criança com o perfil desejado. É comum que ambos estejam em estados distintos e aí somente uma plataforma comum pode ser a solução para que se chegue a bom termo.
Para tornar mais eficiente o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), o CNJ, de acordo com a ministra Nancy Andrighi, será interligado em tempo real por meio da Internet. Além disso, os juízes poderão demandá-lo a qualquer momento na forma simplificada, diminuindo o número de itens a serem preenchidos, de 35 para 12. Dessa forma, espera-se que isso possa contribuir para que os brasileiros de menor idade finalmente tenham a chance de crescer sob os cuidados de uma família, obtendo nela a base para uma vida produtiva e mais feliz, cultivando valores essenciais para a vida em sociedade. A adoção é um ato de amor.
Fonte: Correio do Povo, editorial da edição de 19 de maio de 2015, página 2.
Nenhum comentário:
Postar um comentário