Não
houve crescimento nas vendas durante a semana da Páscoa, do dia 30 de
março ao dia 5 deste mês, informou hoje (6) a Serasa Experian. No ano
passado, a semana da Páscoa foi de 14 a 20 de abril.
O índice mediu o movimento dos consumidores em 16 mil empresas comerciais de todo o Brasil, e os resultados mostraram movimentação equivalente à do ano anterior, sem registro de aumento.
Segundo o economista Luiz Rabi, da Serasa Experian, o movimento concentrou-se foi no fim de semana, de sexta-feira (3) a domingo (5). "Até quinta-feira, [o indicador] estava negativo [em relação a 2014]., Então, as compras de última hora fizeram o indicador fechar no 0 a 0”, explicou.
Houve crescimento de 3,2% nos últimos três dias, o que anulou a queda acumulada nos quatro primeiros dias da semana. As vendas de última hora impediram que o indicador registrasse um percentual negativo.
Na cidade de São Paulo, os resultados foram piores na comparação com o restante do país. As vendas na semana da Páscoa caíram 3,7% em relação às do ano passado. No fim de semana, houve queda de 3,1%. Para o economista, esse é um indício de que o mercado consumidor do restante do Brasil está crescendo mais rapidamente do que na capital paulista.
O resultado de vendas no país este ano foi o pior desde 2007, quando começou a pesquisa. Rabi afirmou que o resultado é ruim para a economia como um todo, porque o varejo é um segmento que normalmente cresce, mesmo na recessão, por causa do próprio crescimento populacional.
“Um crescimento nulo varejista é uma situação bastante preocupante para o varejo e para a economia brasileira, porque o varejo sempre foi um setor mais dinâmico. Se o varejo está estagnado, imagine o resto”, acrescentou o economista.
Agência Brasil
Pela primeira vez em quatro meses, a confiança do consumidor
brasileiro parou de cair. Em março, o Índice Nacional de Expectativa do
Consumidor (Inec), divulgado hoje (6) pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI), ficou estável em relação a fevereiro.
Apesar da interrupção da trajetória de queda, o índice continua no menor nível desde junho de 2001. No acumulado em 12 meses, o indicador continua a apontar pessimismo. O Inec está 8,1% abaixo do nível de março do ano passado.
Para o economista da CNI Marcelo Azevedo, é cedo para dizer se a interrupção de queda do índice mostra uma tendência de alta. “O resultado deu uma estabilizada e isso é realmente importante, mas não garante uma alta daqui para frente. Ainda fica difícil apontar uma recuperação. É preciso aguardar os resultados dos próximos meses.”
Dos seis componentes analisados pela pesquisa, três tiveram piora em março. O índice de renda pessoal, que mede a perspectiva de aumento da renda nos próximos seis meses, recuou 11% em relação a fevereiro. O índice de situação financeira caiu 10,6%, e o de endividamento, 4,3%, na mesma base de comparação, mostrando pessimismo em relação à situação financeira e aumento do número de dívidas.
Os três demais indicadores do Inec, no entanto, tiveram melhora. O índice que mede a expectativa de queda da inflação nos próximos meses aumentou 10,6% em março em relação a fevereiro. O número de consumidores que pretendem comprar bens de alto valor subiu 9,9%, e o índice de desemprego, que indica a confiança das pessoas na manutenção das vagas de trabalho, subiu 5% no mês passado.
Feita em parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), a pesquisa ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios de todo o país de 21 a 25 de março.
Agência Brasil
O
Projeto Pinípedes do Sul – Conservação de Leões e Lobos-Marinhos na
Costa Sul do Brasil, desenvolvido pelo Núcleo de Educação e
Monitoramento Ambiental (Nema), inicia em maio nova etapa, destinada à
educação ambiental de pescadores. Serão beneficiadas comunidades de
cinco municípios do Sul do país – duas em Santa Catarina (Laguna e Passo
de Torres) e três no Rio Grande do Sul (Torres, Rio Grande e São José
do Norte).
O coordenador do projeto, o oceanólogo Kleber Grübel da Silva, informou hoje (6) à Agência Brasil que está sendo produzido material específico para distribuição aos pescadores. A ação é fruto de visitas de prospecção já feitas pelos organizadores do projeto, visando a conscientizar a categoria sobre sua corresponsabilidade no esforço de preservação desses animais.
O projeto é recorte de um programa maior de conservação de mamíferos marinhos do litoral sul, iniciado em 1988. Implantado em abril do ano passado, o Projeto Pinípedes tem patrocínio da Petrobras, dentro do Programa Socioambiental da estatal. O cronograma engloba três frentes de trabalho: monitoramento dos refúgios de pinípedes nos dois estados da Região Sul; monitoramento mensal de 360 quilômetros de praias para análise da mortalidade e dinâmica de ocupação das espécies de pinípedes; e educação ambiental.
“Estamos trabalhando já com a questão das palestras para as comunidades costeiras. Já fizemos 75 palestras nos cinco municípios e distribuímos cerca de 5 mil cadernos do material programado”, disse Silva. Mensalmente, é feito o manejo de animais encalhados nas praias e eles são reintroduzidos no ecossistema. Expedições científicas foram feitas aos principais locais de reprodução dos pinípedes na Argentina e no Uruguai.
Silva vê avanços na conscientização da população sobre a necessidade de preservar a vida e a segurança desses mamíferos. “A população, ao longo dos anos, evoluiu, aprendendo [a ter] uma relação muito importante, tema da nossa campanha de educação ambiental, que é Nossa Vida, Nossos Mares. A ideia não é só valorizar as espécies de pinípedes, como leões e lobos-marinhos, mas dos ecossistemas costeiros. Para isso, trabalhamos a questão da valorização das unidades de conservação e da biodiversidade”, disse ele. Para Silva, é importante também respeitar os mares, os ciclos e os processos envolvidos, que englobam a relação com pescadores e o problema do lixo, porque não adianta trabalhar só na unidade de conservação, se não trabalhar no entorno.
A ação tem de ser integrada para que se obtenha resultados na conservação de pinípedes de maneira mais abrangente, buscando a qualidade de vida. O oceanólogo chamou atenção para o fato de os estoques pesqueiros da região estarem cada vez menores, em contraposição ao poder de pesca do homem, que se elevou, com o uso de embarcações maiores e tecnologia avançada, com sonares e redes de monofilamento. “Isso gera escassez, e essa escassez provoca conflitos”, enfatizou.
Os leões-marinhos são competidores naturais pelos mesmos pescados e áreas de pesca do homem. Com isso, muitos animais morrem afogados ou são agredidos pelos pescadores dentro do processo de escassez. “Anualmente, entre 80 e 100 animais acabam morrendo na costa brasileira”, informou Silva. Daí a importância de levar a mensagem de preservação ambiental aos pescadores. “Os mares têm que ser protegidos como um todo para evitar escassez e ter peixes, tanto para o pescador quanto para a biodiversidade. Não só para os leões e lobos-marinhos, mas também para outras espécies de mamíferos marinhos que dependem do pescado.”
Kleber Grübel da Silva salientou que a situação de escassez do pescado não é um problema apenas local e disse que 75% dos estoques mundiais estão sendo superexplorados. Ele adiantou que o Projeto Pinípedes terá continuidade, mesmo após a conclusão do patrocínio da Petrobras, em abril de 2016.
Agência Brasil
O índice mediu o movimento dos consumidores em 16 mil empresas comerciais de todo o Brasil, e os resultados mostraram movimentação equivalente à do ano anterior, sem registro de aumento.
Segundo o economista Luiz Rabi, da Serasa Experian, o movimento concentrou-se foi no fim de semana, de sexta-feira (3) a domingo (5). "Até quinta-feira, [o indicador] estava negativo [em relação a 2014]., Então, as compras de última hora fizeram o indicador fechar no 0 a 0”, explicou.
Houve crescimento de 3,2% nos últimos três dias, o que anulou a queda acumulada nos quatro primeiros dias da semana. As vendas de última hora impediram que o indicador registrasse um percentual negativo.
Na cidade de São Paulo, os resultados foram piores na comparação com o restante do país. As vendas na semana da Páscoa caíram 3,7% em relação às do ano passado. No fim de semana, houve queda de 3,1%. Para o economista, esse é um indício de que o mercado consumidor do restante do Brasil está crescendo mais rapidamente do que na capital paulista.
O resultado de vendas no país este ano foi o pior desde 2007, quando começou a pesquisa. Rabi afirmou que o resultado é ruim para a economia como um todo, porque o varejo é um segmento que normalmente cresce, mesmo na recessão, por causa do próprio crescimento populacional.
“Um crescimento nulo varejista é uma situação bastante preocupante para o varejo e para a economia brasileira, porque o varejo sempre foi um setor mais dinâmico. Se o varejo está estagnado, imagine o resto”, acrescentou o economista.
Agência Brasil
Confiança do consumidor para de cair em março, revela CNI
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil*
Edição: José Romildo
Apesar da interrupção da trajetória de queda, o índice continua no menor nível desde junho de 2001. No acumulado em 12 meses, o indicador continua a apontar pessimismo. O Inec está 8,1% abaixo do nível de março do ano passado.
Para o economista da CNI Marcelo Azevedo, é cedo para dizer se a interrupção de queda do índice mostra uma tendência de alta. “O resultado deu uma estabilizada e isso é realmente importante, mas não garante uma alta daqui para frente. Ainda fica difícil apontar uma recuperação. É preciso aguardar os resultados dos próximos meses.”
Dos seis componentes analisados pela pesquisa, três tiveram piora em março. O índice de renda pessoal, que mede a perspectiva de aumento da renda nos próximos seis meses, recuou 11% em relação a fevereiro. O índice de situação financeira caiu 10,6%, e o de endividamento, 4,3%, na mesma base de comparação, mostrando pessimismo em relação à situação financeira e aumento do número de dívidas.
Os três demais indicadores do Inec, no entanto, tiveram melhora. O índice que mede a expectativa de queda da inflação nos próximos meses aumentou 10,6% em março em relação a fevereiro. O número de consumidores que pretendem comprar bens de alto valor subiu 9,9%, e o índice de desemprego, que indica a confiança das pessoas na manutenção das vagas de trabalho, subiu 5% no mês passado.
Feita em parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), a pesquisa ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios de todo o país de 21 a 25 de março.
Agência Brasil
Internacional
Incêndio florestal é controlado após 24 dias no Chile
Projeto educa pescadores para preservação de leões e lobos-marinhos
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
Edição: Stênio Ribeiro
O coordenador do projeto, o oceanólogo Kleber Grübel da Silva, informou hoje (6) à Agência Brasil que está sendo produzido material específico para distribuição aos pescadores. A ação é fruto de visitas de prospecção já feitas pelos organizadores do projeto, visando a conscientizar a categoria sobre sua corresponsabilidade no esforço de preservação desses animais.
O projeto é recorte de um programa maior de conservação de mamíferos marinhos do litoral sul, iniciado em 1988. Implantado em abril do ano passado, o Projeto Pinípedes tem patrocínio da Petrobras, dentro do Programa Socioambiental da estatal. O cronograma engloba três frentes de trabalho: monitoramento dos refúgios de pinípedes nos dois estados da Região Sul; monitoramento mensal de 360 quilômetros de praias para análise da mortalidade e dinâmica de ocupação das espécies de pinípedes; e educação ambiental.
“Estamos trabalhando já com a questão das palestras para as comunidades costeiras. Já fizemos 75 palestras nos cinco municípios e distribuímos cerca de 5 mil cadernos do material programado”, disse Silva. Mensalmente, é feito o manejo de animais encalhados nas praias e eles são reintroduzidos no ecossistema. Expedições científicas foram feitas aos principais locais de reprodução dos pinípedes na Argentina e no Uruguai.
Silva vê avanços na conscientização da população sobre a necessidade de preservar a vida e a segurança desses mamíferos. “A população, ao longo dos anos, evoluiu, aprendendo [a ter] uma relação muito importante, tema da nossa campanha de educação ambiental, que é Nossa Vida, Nossos Mares. A ideia não é só valorizar as espécies de pinípedes, como leões e lobos-marinhos, mas dos ecossistemas costeiros. Para isso, trabalhamos a questão da valorização das unidades de conservação e da biodiversidade”, disse ele. Para Silva, é importante também respeitar os mares, os ciclos e os processos envolvidos, que englobam a relação com pescadores e o problema do lixo, porque não adianta trabalhar só na unidade de conservação, se não trabalhar no entorno.
A ação tem de ser integrada para que se obtenha resultados na conservação de pinípedes de maneira mais abrangente, buscando a qualidade de vida. O oceanólogo chamou atenção para o fato de os estoques pesqueiros da região estarem cada vez menores, em contraposição ao poder de pesca do homem, que se elevou, com o uso de embarcações maiores e tecnologia avançada, com sonares e redes de monofilamento. “Isso gera escassez, e essa escassez provoca conflitos”, enfatizou.
Os leões-marinhos são competidores naturais pelos mesmos pescados e áreas de pesca do homem. Com isso, muitos animais morrem afogados ou são agredidos pelos pescadores dentro do processo de escassez. “Anualmente, entre 80 e 100 animais acabam morrendo na costa brasileira”, informou Silva. Daí a importância de levar a mensagem de preservação ambiental aos pescadores. “Os mares têm que ser protegidos como um todo para evitar escassez e ter peixes, tanto para o pescador quanto para a biodiversidade. Não só para os leões e lobos-marinhos, mas também para outras espécies de mamíferos marinhos que dependem do pescado.”
Kleber Grübel da Silva salientou que a situação de escassez do pescado não é um problema apenas local e disse que 75% dos estoques mundiais estão sendo superexplorados. Ele adiantou que o Projeto Pinípedes terá continuidade, mesmo após a conclusão do patrocínio da Petrobras, em abril de 2016.
Agência Brasil
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