quarta-feira, 1 de abril de 2015

Senado adia votação do indexador da dívida dos Estados

Senado adia votação do indexador da dívida dos Estados - Crédito: Jefferson Rudy / Agência Senado / CP
Política

Senado adia votação do indexador da dívida dos Estados

 

Turquia prende 22 supostos radicais após sequestro de juiz - Crédito: AFP / CP
Internacional

Turquia prende 22 supostos radicais após sequestro de juiz

 

Projeto identifica cientistas perseguidos pela ditadura militar


Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado
A história de 471 cientistas perseguidos durante a ditadura militar foi pesquisada e, a partir de hoje (31), pode ser consultada no site do Projeto Ciência na Ditadura. Esta é a primeira fase do trabalho feito pelo pesquisador titular da Coordenação de História da Ciência do Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast) Alfredo Tiomno Tolmasquim e pelos professores Gilda Olinto e Ricardo Pimenta, do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict).
“Quando se completou 50 anos do golpe militar em 2014, nós nos demos conta de que não existia um balanço do impacto da ditadura militar na ciência brasileira. Existem muitos estudos de qualidade do que aconteceu em uma ou outra universidade ou no Instituto de Manguinhos da Fiocruz [Fundação Oswaldo Cruz], mas não havia um panorama completo. Até para dizer quantos foram atingidos e qual impacto [a ditadura] causou na atividade acadêmica do Brasil”, disse Tolmasquim à Agência Brasil.
Ele explicou que os cientistas que foram perseguidos são de diversas áreas, por exemplo, da física, química, matemática, de ciências políticas e da biologia. Para o pesquisador, o mais triste é que entre eles há pessoas que tinham atividade política, alguns professores universitários ligados a partidos políticos, outros ligados ao governo João Goulart.
Além disso, segundo Tolmasquim, existem os que não tinham atividades políticas, mas foram perseguidos por críticas feitas ao regime em comentários a colegas na universidade. Isso, de acordo com pesquisador, era suficiente para que fossem aposentados ou prejudicados na vida acadêmica.
“Em 1965, na Universidade de Brasília, houve um processo forte de demissões. Alguns professores não concordaram e pediram demissão da UnB, muitos deles foram para outras universidades, mas, em 1969, foram demitidos compulsoriamente em uma espécie de revanchismo. Essa era uma característica deste período de repressão. Criar medo e evitar que as pessoas expressassem as suas ideias”, acrescentou.
Tolmasquim acredita que, agora, com a divulgação do site do Ciência na Ditadura, vai começar uma outra etapa da pesquisa com a inclusão de novas informações que podem ampliar tanto o número de atingidos pelo regime quanto acrescentar dados sobre os já identificados, que foram presos, torturados, assassinados, exilados, demitidos, aposentados, submetidos a inquéritos militares ou sofreram boicotes relacionados a trabalhos científicos e intelectuais. “Tem o site, o e-mail ciencianaditadura@mast.br e a página no Facebook ciencianaditadura. Eu imaginei que o grande atrativo seria o site, mas errei. Na verdade, o número de visitas e de participações por meio do Facebook tem sido muito superior”, disse.
O pesquisador revelou que, durante o desenvolvimento do projeto, foram identificadas pessoas que sofreram violações em sua trajetória acadêmica, como as que prestaram concurso ou concorreram a bolsas de pesquisas e não foram chamadas porque estavam em uma lista de procurados pelos órgãos de repressão. “A nossa ideia com este site é recolher esses depoimentos e estas contribuições para que não fiquem esquecidas”, explicou.
Ele citou o caso da professora do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), Ana Rosa Kucinski Silva e do marido Wilson Silva, em abril de 1974. Os dois, que integravam a Ação Libertadora Nacional (ALN), foram dados como desaparecidos. A USP chegou a afirmar que houve abandono de emprego. Somente no ano passado, com os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, ficou comprovado que foram mortos por agentes da repressão. “Foram assassinados e sumiram. São dois casos de pessoas que foram desaparecidas”.
O projeto apontou ainda a participação de pessoas de dentro das universidades que se aproveitaram do momento de repressão para tirar vantagem. “Houve denúncias, e aconteceu na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na época Universidade do Brasil, antiga Faculdade de Filosofia. Tinha um decano que denunciou um grupo de desafetos como uma célula de comunistas dentro da universidade e, depois, se provou que não era verdade. Tentou se aproveitar para ter um ganho acadêmico”, disse.
Na avaliação de Tolmasquim, a troca de informações é fundamental para a ampliação do trabalho e até para a correção das informações. Ele citou o fato de um professor da Faculdade de Medicina da USP, que tinha sido submetido a um inquérito policial militar. “Recebemos uma mensagem de uma pessoa da faculdade dizendo que, na verdade, ele era dedo-duro e acusou várias pessoas da faculdade que foram prejudicadas pelo depoimento dele. Em função disso, retiramos o nome dele. A nossa informação era parcial. Sabíamos que tinha passado pelo IPM [inquérito policial militar], mas não sabíamos o que tinha acontecido a partir daí”.
O site foi lançado hoje, no dia em que se completam 51 anos da instalação da ditadura militar. “Na verdade o golpe militar foi em 1º de abril, mas terminou ficando na história como 31 de março, porque começaram a dizer que não era verdade o golpe militar, porque era 1º de abril [conhecido popularmente como o dia da mentira] e, aí, os militares trouxeram para 31 de março”, disse.
O pesquisador revelou também que, quando os verbetes relativos a cada cientista estiverem mais consolidados, e com mais informações, a ideia é publicar um livro. “Acho que é importante. A nossa ideia é publicar um grande livro de cientistas perseguidos durante o período da ditadura”.

Agência Brasil



Ingressos para as Olimpíadas começam a ser vendidos hoje


Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli
Os ingressos para os Jogos Olímpicos de 2016 podem ser comprados, a partir de hoje (31), em processo pré-venda para o primeiro sorteio. Os pedidos para cerca de 700 competições de 42 modalidades esportivas devem ser feitos até 30 de abril na página oficial do evento.
Os detalhes da operação foram divulgados em entrevista coletiva online, com a participação do diretor de Ingressos do Comitê Organizador dos Jogos  Rio 2016, Donavan Ferreti, e do diretor executivo Comercial do comitê, Renato Ciuchini. Para solicitar os ingressos pela internet, é preciso ser maior de 18 anos, informar o número do CPF e o endereço no Brasil. Quem não morar no país só poderá comprar os ingressos de revendedores autorizados na localidade onde reside. Também é possível obter informações sobre a compra pelo telefone 3004-2016.
Haverá meia-entrada para estudantes, professores da rede pública municipal do Rio, idosos, pessoas com deficiência e obesos. Os ingressos custam, em valores inteiros, de R$ 40, como nas preliminares de vela e maratona aquática na Praia de Copacabana, a R$ 4,6 mil, para os melhores lugares na cerimônia de abertura no Estádio Maracanã. Sobre os valores, cabem os descontos de 50% para meia-entrada e também há preços menores, dependendo do setor. Na cerimônia de abertura no Maracanã, por exemplo, também há ingressos a R$ 200.
Para o futebol, o ingresso mais barato custa R$ 40, nas preliminares, no setor mais barato, e no mais caro, de R$ 900, na final, no setor mais caro. De acordo com os organizadores, é proibido vender ingresso a preço superior ao marcado no bilhete, mas é permitido, por exemplo, comprar e doar o ingresso para um parente. A fiscalização, para evitar o cambismo, será feita por amostragem, nas entradas das arenas.
Os ingressos podem ser comprados com cartões de crédito e débito da bandeira Visa. No crédito, há a possibilidade de parcelamento. As compras em dinheiro poderão ser feitas nas bilheterias, abertas a partir de junho de 2016.

Agência Brasil
 

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