Ao lado do presidente da Anfavea, Luiz Moan, Mercadante defende foco nas exportaçõesJosé Cruz/Agência Brasil
O governo criou grupo de trabalho interministerial para discutir com as montadoras de automóveis incentivos ao setor automotivo e contribuições ao Plano Nacional de Exportações. O objetivo é estimular os investimentos, a competitividade e ampliar as exportações do setor, que acumula queda nas vendas nos últimos meses.
A decisão foi tomada nesta quarta-feira (1º), durante reunião da presidenta Dilma Rousseff com dirigentes de todas as montadoras filiadas à Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, além da própria Anfavea. Dentro de 30 dias, o governo responderá à pauta das montadoras, indicando o que pode ser resolvido imediatamente e o que será encaminhado a médio e longo prazo.
De acordo com o presidente da Anfavea, Luiz Moan, o “caminho correto da indústria é buscar ganhos de competitividade”, aproveitando principalmente a alta do dólar, que favorece às exportações.
O ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Aloizio Mercadante, disse que o grupo poderá estudar a integração de cadeias produtivas, removendo barreiras às exportações, em especial para países da América Latina. “Descuidamos um pouco das exportações no nosso entorno, porque o mercado brasileiro cresceu muito. Precisamos agora dar mais foco para exportações.”
Para Moan, o esforço do governo brasileiro para renovar o acordo automotivo com países como o México foi um “alento” para que o setor automotivo possa expandir suas vendas, com melhores condições de competitividade. A Anfavea pretende também participar das negociações para a prorrogação do acordo feito com Argentina, que vence em 30 de junho.
Ainda segundo o presidente da Anfavea, as montadoras apoiam o ajuste fiscal que está sendo promovido pelo governo. Além de compreender, Moan disse que torce para que toda a estrutura do ajuste seja aprovada, para que o setor possa retomar, o mais rápido possível, seu nível de atividade econômica.
O grupo terá também representantes da Casa Civil e dos ministérios da Fazenda, das Cidades e das Relações Exteriores. Mercadante citou, como exemplo dos temas a serem discutidos, melhorias que podem ser feitas para agilizar a burocracia de transferência de veículos e a revisão de exigências de acessórios em automóveis, que, segundo ele, não é aplicada por outros países.
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