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quarta-feira, 1 de abril de 2015

Comissão para analisar PEC da Maioridade Penal será instalada na semana que vem


A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisará o mérito e dará parecer à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171-A/93, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos, será instalada no próximo dia 8. A comissão foi criada há pouco pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que encaminhará ainda hoje ofício aos líderes partidários para que indiquem seus representantes.
Manifestantes a favor e contra a redução da maioridade penal protestam durante sessão na Câmara, que vota a admissibilidade da PEC 171/93, que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Manifestantes  acompanham  a votação  da  PEC  da Maioridade na CCJMarcelo Camargo/Agência Brasil
Depois de mais de 22 anos tramitando na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, a PEC teve sua admissibilidade e juridicidade aprovadas pela CCJ por 42 votos a favor e 17 contra. Agora, a proposta passará a tramitar em comissão especial da Câmara. Apresentada em 1993 pelo então deputado Benedito Domingos (DF), a PEC altera a redação do Artigo 228 da Constituição, que trata da imputabilidade penal do maior de 16 anos.
A comissão será composta por 26 deputados e igual número de suplentes, mais um titular e um suplente, atendendo ao rodízio entre as bancadas não contempladas. Ao falar sobre a criação e instalação da comissão no mesmo dia da aprovação da admissibilidade, Cunha ressaltou que, mesmo com a obstrução, ficou claro que a maioria dos deputados é favorável à proposta. “Eu vou dar todo o apoio para que a PEC seja votada o mais rápido possível”, prometeu.
A comissão especial deverá eleger, na primeira reunião, o presidente e os vice-presidentes e designar o relator. Caberá ao colegiado debater o mérito da PEC, fazer audiências públicas para discutir a mudança da imputabilidade penal, com a redução da maioridade penal, e elaborar um parecer sobre a proposta para ser votada votado pela comissão. Caso aprovada, a matéria será encaminhada à apreciação do plenário da Câmara, em dois turnos de votação.
Pelo Regimento Interno da Câmara, a comissão tem o direito de discutir a proposta por até 40 sessões plenárias da Câmara. Caso não seja apreciada nesse prazo, a matéria poderá ser discutida por prazo indeterminado. No entanto, o presidente da Câmara poderá avocar a proposta para apreciação em plenário, caso a comissão não consiga deliberar sobre o tema em um prazo razoável.
A redução da maioridade penal está sendo tratada por 39 propostas de emenda à Constituição, sendo que 38 foram apensadas à apresentada em 1993. Uma das propostas apensadas propõe acabar com a maioridade penal e outra, a redução para 14 anos e 12 anos.
Para a aprovação da mudança constitucional no plenário são necessários no mínimo 308 votos, em dois turnos de votação. Se for aprovada na Câmara, a PEC segue para apreciação e votação no Senado.

Agência Brasil




Ministério da Justiça pede dados à França para investigar caso Swissleaks


André Richter - Repórter da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli
O Ministério da Justiça pediu ao governo da França acesso aos dados de correntistas brasileiros que abriram contas no banco HSBC da Suíça. A informação foi confirmada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que também aguarda os dados para dar prosseguimento às investigações do caso SwissLeaks no Brasil. O governo francês já compartilhou os dados com outros países.
O objetivo da PGR e da Polícia Federal, que também participa da investigação, é verificar se 8.667 brasileiros declararam à Receita Federal e ao Banco Central os valores remetidos às contas numeradas no HSBC da Suíça em 2006 e 2007.
A investigação jornalística sobre o caso, conhecida como SwissLeaks, é comandada pelo ICIJ, sigla em inglês para Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos. As investigações dão conta, até o momento, de que houve sonegação e evasão fiscal por parte do banco e de alguns correntistas.
O caso também é investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do HSBC no Senado. A comissão tem 11 membros e tem 180 dias para concluir os trabalhos.

Agência Brasil


Primeiro-ministro da Espanha defende cooperação europeia contra o terrorismo


O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, afirmou hoje (31) que a cooperação europeia com os países da margem sul do Mediterrâneo é “um imperativo humanitário e estratégico” para frear o terrorismo jihadista. Em entrevista conjunta com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, Rajoy pediu que a União Europeia desenvolva uma "ação conjunta e ambiciosa" para promover a estabilidade no Mediterrâneo.
“A Espanha foi, e continua sendo, um dos principais impulsionadores da política da União Europeia para o Mediterrâneo. Consideramos fundamental que a Europa contribua com todos os instrumentos para a criação de um verdadeiro espaço de prosperidade para todos, nas duas margens do Mediterrâneo”, acrescentou Rajoy.
Para o primeiro-ministro, a “cooperação com a fronteira sul do Mediterrâneo é um verdadeiro imperativo” do ponto de vista “humanitário e estratégico”, como mostram “os diferentes pontos que unem as duas margens: desde a imigração até a luta contra o terrorismo jihadista, passando pela energia e trocas comerciais”.
“Nossa ação deve ser conjunta e ambiciosa. Por isso, a Espanha está organizando, em estreita cooperação com instituições da União Europeia, uma conferência ministerial sobre relações de vizinhança com o Sul do Mediterrâneo que acontecerá em Barcelona, em 13 de abril.”
Mariano Rajoy adiantou que informou Donald Tusk sobre a preparação dessa conferência, que, para ele, “criará uma boa oportunidade para manter um diálogo franco e construtivo com os vizinhos do Sul”. Segundo o primeiro-ministro, o “terrorismo jihadista constitui a principal ameaça que a União Europeia enfrenta hoje, colocando em perigo a vida dos seus cidadãos e o modelo de convivência democrática das sociedades”.
“Devemos nos empenhar para erradicá-lo. Para isso, é fundamental que desenvolvamos um esforço integral e permanente de cooperação com os demais países da União Europeia, com os demais aliados, especialmente com os países árabes, que sofrem na própria pele a irracionalidade jihadista”, concluiu.

Agência Brasil e Agência Lusa

 

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