domingo, 19 de abril de 2015

Aluguéis de delegacias custam R$ 7 milhões ao RS

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Valor mensal de 125 postos policiais é de R$ 598,9 mil para o Estado

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          Oficina em São Paulo conta história do idioma guarani na cultura brasileira

           

          Camila Maciel - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

          Butantã, Cambuci, M'Boi Mirim, Ibirapuera, Ipiranga. Todos são nomes comuns no cotidiano dos paulistanos mas que significam mais do que nomes de ruas, bairros ou parques. Por serem de raiz indígena, esses verbetes são uma presença importante da cultura originária do Brasil nos dias atuais, afirma o professor Almir de Toledo, instrutor do idioma guarani no curso de extensão da Universidade de São Paulo (USP). Na manhã de hoje (18), véspera do Dia do Índio, ele ministrou uma oficina na Caixa Cultural, na qual apresentou a história do idioma e as influências na formação cultural brasileira.

          Um dos participantes da atividade foi o professor de criação de texto Renato Modernell, de 61 anos. “Falo sempre para os meus alunos: entre as estações de metrô, mais da metade têm nomes indígenas e a gente não sabe o que é. Deveríamos saber”, destacou. Trata-se da toponímia, explicou Toledo. Na grafia guarani, Ipiranga nasceu Ypiranga, que significa rio vermelho; Cambuci era Kambuchi para os índios e indicava potes para colocação de água; e Yvytyhatã, que significa terra dura, é a origem do nome Butantã, bairro que nomeia uma das estações da Linha Amarela do metrô.

          “Quando se fala em guarani, imagina-se uma língua falada somente por comunidades indígenas, e não é verdade. No Paraguai, uma população não indígena se utiliza do guarani como língua cotidiana. Hoje é uma língua oficial do país usada nos meios de comunicação”, explicou Toledo. Ele ressaltou que 80% da população paraguaia fala e entende o idioma e que há uma porcentagem que somente fala o guarani. “Aqui no Brasil [o idioma] ficou restrito às comunidades indígenas. É importante que as pessoas fora dessas comunidades também aprendam a falar ou saibam a respeito, pelo menos.”
          A linguista peruana Luz Rivera, de 46 anos, uma das participantes da oficina, lembra que a extinção de uma língua significa a perda de uma cultura que se desenvolveu em volta dela. “Mesmo com traduções, às vezes, não é literal. Você é a sua língua, a sua cultura. A língua traz a história dos povos. Se deixar isso morrer, perde-se a história”. Ela, que pesquisou línguas indígenas da Amazônia, participou da oficina por ter interesse na estrutura linguística do guarani. “No meu país tem muitas línguas, algumas não têm gramática e outras, sim. Então é interessante ver como está estruturada para fazer estudos no futuro.”

          O professor Almir de Toledo observou que no Brasil o sufocamento da língua falada pelos índios ocorreu por meio das reformas promovidas pelo Marquês de Pombal, no período colonial, que proibiam o uso da língua local. “Nas escolas, os índios passaram a ter que aprender a língua e os costumes europeus. Apostava-se que, erradicando a língua, também se erradicaria a cultura e seria mais fácil a dominação”, explicou. O guarani era mais falado nas regiões Sul, Sudeste e parte do Centro-Oeste. Segundo o professor, existem atualmente no Brasil cerca de 150 línguas indígenas.

          Para ele, ainda existe preconceito em relação ao idioma, que é tido como algo menos revelante. “Ainda se encontram pessoas que acreditam que falar uma língua indígena faz com que a pessoa seja mais ignorante. É justamente o contrário”, afirmou o professor. De acordo com ele, no Paraguai, país que é referência no ensino do guarani, foi preciso muita resistência até que a língua fosse reconhecida como oficial. “O principal propulsor da manutenção da língua viva foi a mulher. [Foram] as mães que transmitiram o idioma. Elas não deixaram de se comunicar, mesmo que, fora de casa os filhos, fossem proibidos de flar o guarani."

           

          Agência Brasil

           

          Presidente sul-africano cancela viagem por causa da violência no país

           

          Da Agência Lusa Edição: Nádia Franco

          O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, cancelou hoje (18) uma visita à Indonésia, “para se ocupar de problemas domésticos” relacionados com a violência contra estrangeiros no país, informou o gabinete do chefe de Estado.

           Marcelo Camargo/Agência Brasil)

          Zuma cancelou ida à Indonésia, onde participaria de um encontro internacional  Arquivo/Agência Brasil

          A polícia informou que deteve, na região do KwaZulu-Natal, 78 pessoas que estariam envolvidas em atos de violência racista. Essas manifestações já causaram a morte de pelo menos seis pessoas nas últimas duas semanas.

          Zuma participaria, na Indonésia, da Cúpula África-Ásia, que comemora o acordo de Bandung, de 1955, em que os líderes dos dois continentes impulsionaram os movimentos de libertação e autodeterminação. Jacob Zuma será substituído pelo vice-presidente Cyril Ramaphosa no encontro internacional.
          Neste sábado (18), o presidente sul-africano deve visitar os estrangeiros que foram obrigados a abandonar os locais onde moravam e que estão em um acampamento em Chatsworth, em Durban.

          O chefe de Estado voltou a condenar os ataques a estrangeiros, incluindo cidadãos moçambicanos, e pediu à polícia para continuar trabalhando “dia e noite para proteger as populações” e prender os responsáveis pelas agressões.

          As últimas informações das autoridades de Moçambique mostram que 107 moçambicanos, incluindo 21 crianças, voltaram para o país na sexta-feira (17) e foram instalados em um campo em Boane, província de Maputo, repatriados da África do Sul, devido à onda de violência xenófoba.

          Mais de 100 pessoas manifestaram-se hoje, em Maputo, contra a onda de violência na África do Sul em uma marcha que terminou na embaixada sul-africana na capital moçambicana.

           

          Agência Brasil

           

          Festival Internacional de Cinema de Pequim dedica uma semana ao Brasil

           

          Da Agência Lusa

          47 Festival de Cinema de Brasilia deste ano tem mostra de filmes na cidade satélite de Ceilândia (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

          Oito flmes brasileiros serão exibidos em várias salas

          da cidade durate o festival 1Arquivo/Agência Brasil

          O filme Getúlio, de João Jardim, abriu nesta sexta-feira (17) a Semana do Cinema Brasileiro em Pequim. Durante o evento, serão exibidas obras de oito realizadores brasileiros em diferentes salas da capital chinesa.

          "É histórico: é a primeira vez que a China recebe cinema brasileiro no seu circuito comercial", realçou a produtora e curadora da semana, Fernanda Bulhões.

          A exibição dos oito filmes brasileiros, todos legendados em chinês, é parte da programação do 5º Festival Internacional de Cinema de Pequim, cujo júri inclui, também pela primeira vez, um cineasta brasileiro, Fernando Meirelles.

          Quase todos os filmes incluídos na mostra de Pequim estrearam no ano passado. Segundo Fernanda, as obras pretendem "mostrar a diversidade do cinema brasileiro e as peculiaridades da cultura do país, e não o estereótipo que todo o mundo conhece acerca do Brasil".
          Um dos filmes, com o título em inglês Love Film Festival, foi parcialmente rodado em Portugal, sob a direção de três autores, Vinicius Coimbra, Juancho Cardona e Manuela Dias.

          Trinta, de Paulo Machline, O Menino no Espelho, de Guilherme Fiuza Zenha, O Útimo Cine Drive-In, de Iberê Carvalho, Quando Eu Era Vivo, de Marco Dutra, O Lobo Atrás da Porta, de Fernando Coimbra, e o mais aclamado filme de Fernando Meirelles, Cidade de Deus, são os outros títulos do cartaz.

          "Nos últimos dez anos, começou um movimento de renascimento do cinema brasileiro. O mercado está começando a aceitar o cinema brasileiro", disse Meirelles, em entrevista coletiva em Pequim. De acordo com Meireles, os filmes brasileiros já representam de "15 a 20%" do mercado cinematográfico local. Na década de 80, o percentual era "1% ou 2%".

          Entre os 15 filmes selecionados para a mostra competitiva figuram a coprodução sino-francesa Wolf Tottem, dirigida por Jean-Jacques Arnaud, e The Taking of Tiger Moutain, do chinês Hank Tsui.

          O júri é presidido pelo cineasta francês Luc Besson.

           

          Agência Brasil

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