por STEPHANIE TONDO
Teste da Serasa ajuda consumidor identificar se dívida compromete o estado emocional
Rio - Quem já esteve endividado sabe a dor de cabeça que é. Mas especialistas afirmam que as consequências do descontrole financeiro podem ser piores, chegando a ansiedade, depressão e problemas familiares. Nesses casos, é preciso ajuda profissional para que o consumidor consiga encontrar uma solução, sem comprometer a saúde física e mental.
Entre os sintomas de quem tem o estado emocional afetado pelas dívidas estão dificuldade em se concentrar, perda de apetite, transtornos do sono e irritação. Para ajudar os consumidores a perceberem se precisam de ajuda, o Serasa Experian em parceria com o Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo lançou um teste (www.serasaconsumidor.com.br/teste).
As perguntas são destinadas a pessoas em três situações. Quem não consegue pagar todas as dívidas sem comprometer o sustento da família; quem gasta mais de 30% da renda com prestações; e quem gasta mais de 15% da renda com financiamentos como casa própria ou crédito consignado.
Superintendente do Serasa Consumidor, Julio Leandro explica que existem dois casos: em que a situação da inadimplência causa problemas psicológicos; e em que transtornos mentais geram o descontrole financeiro. “Muitas vezes a pessoa fica inadimplente porque acontece algum imprevisto. Mas há casos em que existe um descontrole, as pessoas são compulsivas na compra. A gente calcula de 30% a 35% o nível de reincidência, ou seja, o consumidor que sai da inadimplência e em menos de um ano está de volta”, observa Leandro.
Psiquiatra e diretora médica do Hospital da Santa Casa de Misericórdia, Fatima Vasconcellos explica que o ato da compra gera sensação de felicidade, e isso faz com que pessoas em depressão encontrem no consumo alívio momentâneo. “Tem quadro que a gente trata com medicamentos, que é dos compradores compulsivos. Há pessoas que perdem bens, vão à falência.
Estas devem buscar apoio psicológico”, afirma. Para evitar o consumo exagerado, o comerciante Carlos Alberto Bastos, 54 anos, recorre ao esporte. “É uma válvula de escape para não me deixar levar pelos problemas do dia a dia”, diz.
ADMITIR PROBLEMA É O PRIMEIRO PASSO
Segundo o Serasa, cerca de 40% da população adulta do país começou o ano inadimplente. Mas para o superintendente do Serasa Consumidor, Julio Leandro, poucos admitem que têm um problema.
“Muitas vezes existe o processo de negação. As pessoas não reconhecem aquele problema e não buscam ajuda. Além disso, pesquisas de Princeton e Harvard mostram que a falta de dinheiro compromete a capacidade de pensar e tomar decisões, o que também dificulta o processo de encontrar uma solução”, avalia.
A professora Viviane Rodrigues Valença Silva, 33 anos, ficou surpresa com o teste. “É difícil não ter dívidas hoje em dia. Não imaginava que o gasto excessivo pudesse estar relacionado a um transtorno mental, é preocupante”, diz ela.
A orientação, de acordo com Leandro, é buscar ajuda profissional antes mesmo de pensar em como se livrar das dívidas. Apesar de o tratamento com psicólogos, em geral, ter um custo alto, há formas de conseguir valores mais em conta. A psiquiatra Fatima Vasconcellos explica que as faculdades de psicologia costumam oferecer terapias a preços mais baixos, assim como a própria Santa Casa. Além disso, quem já faz terapia pode negociar valores que sejam mais acessíveis.
Resolvidas as questões psicológicas e emocionais, é hora de renegociar as dívidas. Para a psiquiatra, também é importante tomar medidas para evitar que a situação se repita. “A recomendação é sair de casa com pouco dinheiro, evitar levar cheques e em hipótese alguma usar o cartão de crédito”, diz.
Fonte: O Dia Online - 17/03/2015 e Endividado
PF deflagra operação contra fraude em contratos de financiamento da Caixa
Esquema gerou um prejuízo estimado em R$ 100 milhões
zh.clicrbs.com.br
Governo discute terceira etapa do Minha Casa, Minha Vida
por SOFIA FERNANDES
O governo federal retomou as negociações com o setor de construção civil para iniciar neste ano, mesmo com o ajuste fiscal, a terceira etapa do programa Minha Casa, Minha Vida.
A meta da terceira fase do programa está mantida em 3 milhões de casas contratadas até 2018. O governo discute agora quando esse cronograma deve começar, dado o apertado espaço fiscal para os novos subsídios que estão nos planos.
Segundo o ministro Nelson Barbosa (Planejamento), a terceira fase do programa será lançada ainda em 2015 e irá "crescendo ao longo dos anos".
"Queremos discutir a melhor transição da fase 2 [do Minha Casa, Minha Vida] para a fase 3, para adaptar essa transição ao espaço fiscal que temos, que é limitado. Então precisamos priorizar e usar bem o limitado espaço fiscal que temos para ampliar o impacto desse programa", afirmou Barbosa.
Barbosa reuniu nesta segunda (16) o ministro Gilberto Kassab (Cidades), a presidente da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, representantes da Cbic (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) e da Abrainc para formatar o programa. Mais reuniões devem acontecer nas próximas semanas.
"Esse é um programa prioritário de governo. Pode ser que não contrate hoje, claro. Todos temos noção que o Brasil vive hoje um ajuste fiscal", disse o presidente da Cbic, José Carlos Martins.
FAIXA INTERMEDIÁRIA
Barbosa afirmou que em sua terceira fase o programa Minha Casa, Minha Vida será "aperfeiçoado" com a criação de uma faixa intermediária de renda para ampliar o número de beneficiários.
A nova modalidade está sendo chamada pelo governo de Faixa 1- FGTS, pois vai combinar os incentivos da primeira faixa (beneficiários que recebem até R$ 1.600) com os da segunda (renda entre R$ 1.600 e R$ 3.275).
Hoje, quem se encaixa na primeira faixa paga prestações de R$ 80 (5% da renda), enquanto quem está na segunda paga prestações de R$ 400 (25% da renda).
"Queremos aumentar o público que tem aceso a esse programa, ampliando principalmente a disponibilidade em grandes centros urbanos", defendeu Barbosa.
Parte do recurso para os beneficiários da faixa intermediária virão do FGTS e outra parte virá de subsídios do governo, que vai trabalhar nas próximas semanas para formatar essa modalidade.
"O objetivo é que em 2018 o programa tenha 6,750 milhões de casas contratadas e aproximadamente 4 milhões já entregues, atendendo 25 milhões de pessoas", afirmou o ministro Gilberto Kassab.
Para Kassab, o programa tem o objetivo de "alavancar a economia e gerar emprego", além de seu impacto no campo social.
Fonte: Folha Online - 16/03/2015 e Endividado
Governo do Rio Grande do Norte decreta estado de calamidade no sistema penitenciário após rebeliões; Força Nacional chega ao estado: http://glo.bo/1O2Y6HK
Levy Fidelix e PRTB são condenados em R$ 1 mi por ofensas a homossexuais
Declarações do ex-candidato à presidência em debate teriam ultrapassado limites da liberdade de expressão.
Levy Fidelix, ex-candidato à presidência da República, e o PRTB, foram condenados ao pagamento de R$ 1 milhão por danos morais coletivos em razão de declarações contra homossexuais realizadas durante debate nas eleições de 2014. A juíza de Direito Flávia Poyares Miranda, da 18ª vara Cível de São Paulo, ainda determinou a realização de um programa, com a mesma duração dos discursos realizados pelo ex-candidato, na mesma faixa de horário, que promova os direitos da população ofendida.
A ACP foi ajuizada pela Defensoria Pública de SP, após o recebimento de diversas denúncias de pessoas que se sentiram discriminadas e agredidas psicologicamente com as declarações. Para a defensoria, Fidelix teria ultrapassado os limites da liberdade de expressão, incidindo em discurso de ódio.
Ao ser questionado sobre o motivo pelo qual muitos daqueles que defendem a família se recusam a reconhecer o direito de casais de pessoas do mesmo sexo ao casamento civil, o então candidato respondeu que "dois iguais não fazem filho" e que o "aparelho excretor não reproduz".
Além disso, teria comparado a homossexualidade à pedofilia e afirmado que o mais importante é que a população LGBT seja atendida no plano psicológico e afetivo, mas "bem longe da gente".
Em sua defesa, Levy Fidelix e o PRTB sustentaram que não houve incitação ao ódio, mas apenas manifestação de seu pensamento. Que apenas deixou claro à população brasileira sua postura de defensor da família contemplada no art. 1.514 do CC combinado com o art. 226 parágrafo 5º da CF, não agindo de "forma hipócrita e dissimulada" somente para angariar votos da comunidade LGBT.
Embora entendendo que o ex-candidato tem direito de expressar sua opinião, a magistrada considerou que ele "ultrapassou os limites da liberdade de expressão" com emprego de palavras "palavras extremamente hostis e infelizes a pessoas que também são seres humanos e merecem todo o respeito da sociedade, devendo ser observado o princípio da igualdade".
"No que tange aos danos morais, a situação causou inegável aborrecimento e constrangimento a toda população, não havendo justificativa para a postura adotada pelo requerido."
Processo: 1098711-29.2014.8.26.0100
Confira a decisão.
Fonte: migalhas.com.br - 16/03/2015 e Endividado
Manifestantes fecham vias no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Belo Horizonte.
Acompanhe AO VIVO na #GloboNews: http://glo.bo/1lPw7dt
Carrefour prevê abrir três shoppings em São Paulo até 2017
por CLAUDIA ROLLI
O Carrefour prevê abrir ao menos três shoppings até 2017 em São Paulo, por meio da divisão imobiliária do grupo e de parcerias com empresas que investem no setor.
Os valores dos investimentos não foram divulgados pela empresa Carrefour Property, que opera no Brasil e em outros seis países nos quais o grupo de varejo tem negócios.
O maior dos três empreendimentos será o Cosmopolitano Shopping, no Cambuci, com 38 mil metros quadrados, que terá 228 lojas e área aberta em seu topo (com academia e espaço para várias atividades), além de um hipermercado Carrefour com 8.000 metros quadrados integrado ao centro comercial. No local já existe um hipermercado, fechado desde 2013 e que deve ser demolido.
"Será um shopping regional, com um projeto de arquitetura aberto e com integração de áreas verdes", diz Paulo Stewart, presidente da Saphyr, empresa dona de 50% do negócio e responsável pela locação e pela gestão do shopping, com previsão de inauguração em abril de 2017.
"A Forever 21 deve abrir sua maior loja no país no shopping, cerca de 2.100 metros quadrados. Já fechamos também com a rede Cinépolis, a Renner e a Riachuelo."
Há potencial, segundo os investidores, para atrair cerca de 1 milhão de pessoas por mês –parte delas frequentadora do Mooca Plaza, shopping que já está na região.
Segundo Fernando Lunardini, diretor-presidente da Carrefour Property Brasil, a parceria com a Saphyr deve se estender a outros empreendimentos em estudo –um deles fora do Estado de São Paulo.
"São 170 áreas com operações de hipermercados Carrefour e Atacadão no país, e a maioria tem excesso de terreno. No total, são 11 milhões de metros quadrados com potencial para desenvolver empreendimentos comerciais e imobiliários."
RUA PAMPLONA
O Carrefour também prevê abrir em 2017 o shopping Jardim Pamplona, nos Jardins, com 20 mil metros quadrados, incluindo uma nova loja do hipermercado com 6.000 metros quadrados. O grupo tem 100% do empreendimento, com perfil para consumidores de renda mais elevada.
Na marginal Pinheiros, o Carrefour deve iniciar em 2016 a construção de um terceiro negócio, em parceria com a Odebrecht. Além do hipermercado, haverá hotel, um prédio comercial e galeria com lojas. Parte do projeto pode abrir em 2017.
Fonte: Folha Online - 17/03/2015 e Endividado
Análise: desvalorização do real ante o dólar faz parte da solução para a crise
por BRÁULIO BORGES
Perante boa parte da população brasileira, a taxa de câmbio costuma representar uma espécie de síntese do quadro macroeconômico doméstico. Quando o real está forte e relativamente estável, é o símbolo da bonança. Quando ele está se depreciando e muito volátil, é o sinal de tempos turbulentos.
Em linhas gerais, essa percepção comum parece estar correta. Mas, como analista econômico, não posso deixar de apontar algumas questões pertinentes no momento atual.
Aos números: desde o começo de 2014, o real brasileiro perdeu cerca de 35% de seu valor em relação ao dólar norte-americano (com a cotação da moeda americana passando de R$ 2,40 para perto de R$ 3,25 nos últimos dias). Trata-se, sem dúvida, de uma desvalorização expressiva.
Mas, quando se faz a mesma comparação do real com o euro (que é a segunda moeda mais importante em escala global), esse percentual cai a módicos 5%.
Essa grande disparidade evidencia que há algo bastante importante acontecendo no mercado global de moedas nesse ínterim, que é a tendência de fortalecimento do dólar estadunidense em relação a praticamente todas as outras moedas.
De fato, quando se leva em conta uma cesta das seis principais divisas globais em relação ao dólar, observa-se que, entre o começo de 2014 e agora, a moeda norte-americana se valorizou em quase 25% (o que significa dizer que as demais moedas, em média, perderam nesse período quase ¼ do seu valor em relação ao dólar).
Com efeito, cerca de 70% da depreciação do R$/US$ desde o começo de 2014 é explicada por fatores globais, ao passo que o restante se explica por elementos mais idiossincráticos à nossa economia, sobretudo a possibilidade (praticamente certa, na visão dos mercados) de que vejamos nossa classificação de risco ser rebaixada pelas agências, diante da forte deterioração de nossas contas fiscais e externas nos últimos anos.
Essa tendência de fortalecimento do dólar, por sua vez, está associada em grande medida à atual situação cíclica dos Estados Unidos.
Depois de enfrentar um caminho bastante atribulado e tortuoso para superar a grande crise de 2008/09, a maior economia do mundo finalmente passou a "bater um bolão" de meados de 2014 para cá. Por outro lado, boa parte do resto do mundo vem mostrando desempenho bastante fraco de 2012 para cá, alguns países mais do que outros.
Mas a valorização do dólar em relação às demais moedas faz parte da solução para esse "problema": ao ganhar competitividade com um câmbio mais desvalorizado, a tendência é que o "mundo ex-EUA" aumente suas exportações para os EUA, ajustando suas contas externas e impulsionando seu crescimento (o que também ajuda a melhorar as contas públicas).
Quando isso começar a acontecer para valer, terá início um novo ciclo, dessa vez com as demais moedas se valorizando em relação ao dólar (como aconteceu até meados de 2011/12).
Isso dá uma dica de como deve ser o padrão de crescimento da economia brasileira nos próximos anos, passado o período mais agudo do ajustamento macroeconômico (2014/2015): uma economia muito mais puxada pelas exportações do que pela demanda interna (em contraste com o padrão observado entre 2004 e 2013).
Agora, é bom não contar somente com o câmbio mais competitivo, pois os demais países também estão sendo agraciados com isso.
É importante, mais do que nunca, reforçar a agenda pró-eficiência e competitividade, retomando tempestivamente as agendas de concessões de setores de infraestrutura e de aprimoramento do ambiente de negócios doméstico.
Fonte: Folha Online - 17/03/2015 e Endividado
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