Política
O Brasil deu hoje (27) importante passo para cumprir compromisso
assumido com a Organização das Nações Unidas (ONU) e reiterado, em 2007,
pela presidenta Dilma Rousseff: empossou nove dos 11 peritos do
Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, órgão ligado à
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Os peritos terão livre acesso a toda e qualquer instituição de privação de liberdade, ou asilos, suspeitos da prática de tortura física ou psicológica. Na cerimônia de posse, a ministra de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, lembrou que mais de 100 países assinaram o protocolo facultativo das Nações Unidas, documento que prevê esse tipo de mecanismo de prevenção e combate à tortura. “No entanto, apenas 80 adotaram alguma medida no sentido de implementar o que nele está previsto”, ressaltou.
Segundo Ideli, a demora para implementação do mecanismo no Brasil decorreu do fato de o país ter dimensão e dificuldades diferenciadas, principalmente em algumas unidades da Federação. “Os nove que hoje estão sendo empossados terão de dar conta do imenso desafio que os espera e poderão, legítima e integralmente, adentrar a todo e qualquer espaço, podendo impedir a tortura secular em nosso país.”
Um dos peritos empossados é José de Ribamar de Araújo e Silva, que já participou de ações na Pastoral da Terra e no antigo Presídio do Carandiru, em São Paulo. Falando em nome dos peritos, na posse, ele disse que o grupo traz em si a experiência de diversos movimentos e de redes onde atuam há anos, no combate à tortura. “A tortura é praticada desde a colonização. Sabemos bem da crueldade como ela sempre foi aplicada por aqui contra índios e negros; e desde a juventude aprendemos a combater a ditadura que modernizou os mecanismos de tortura de nosso Estado. Esse movimento vem para dizer em que medida o Estado é responsável, e quando ele tem de ser reparador da prática de tortura. Nosso olhar será vigilante.”
De acordo com o perito, o maior desafio será “enfrentar os agentes públicos estatais violadores dos direitos humanos, para garantir as investigações e, se for o caso, a punição [dos torturadores]. São eles a ameaça. E a impunidade é o que retroalimenta a violência”.
Os peritos foram escolhidos em seleção pública e terão mandato de dois a quatro anos. Os selecionadores tiveram o cuidado de garantir pelo menos um representante de cada região do país. “Além de formação teórica adequada, é necessário que tenham experiência de acompanhamento de situações onde houve prática de tortura”, explicou a ministra. “Os presídios são locais com casos mais explícitos de tortura, tanto em termos numéricos quanto em gravidade, mas há situações que, em tese, não são de privação de liberdade. É o caso dos locais de acolhimento de idosos, onde é recorrente a prática de retenção de cartões [de saque, como o do Instituto Nacional do Seguro Social, INSS].”
Representando o Subcomitê de Prevenção à Tortura, das Nações Unidas, Margarida Pressburger teceu elogios à iniciativa brasileira. “Hoje é um dia de festa para nosso subcomitê, que há sete anos cobrava do Brasil o compromisso assinado no protocolo facultativo da ONU”, disse ela. “Ao sofrer tortura, o indivíduo perde completamente a capacidade de ser humano”.
Ao final do discurso – e falando “como cidadã brasileira” – Margarida destacou o orgulho que sente por fazer parte do contexto nacional e deste momento do Brasil. "Dilma é uma mulher que venceu aquilo a que muitos sucumbiram”, reconheceu a representante da ONU.
Agência Brasil
A
Polícia Civil do Distrito Federal (DF) apreendeu hoje (23) 80 réplicas
de armas de fogo em uma feira de produtos importados de Brasília. Sete
mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Três pessoas foram
presas. Também foram apreendidos acessórios como tasers, sprays de pimenta e de gás lacrimogênio, aparelhos de visão noturna e lasers de armas de fogo, todos de uso exclusivo das forças de segurança.
A operação apura ainda a suspeita de contrabando e sonegação fiscal na venda dos produtos. A polícia encontrou irregularidades na comercialização dos produtos, como ausência de nota fiscal e venda de artefatos de uso restrito. Segundo a polícia, o custo do equipamento apreendido nas bancas da feira é estimado em R$ 80 mil.
De acordo com o chefe da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado do DF, Luiz Henrique Dourado, apenas as armas de pressão, acionadas por molas ou baterias, acompanhadas de notas fiscal e com a extremidade vermelha, podem ser comercializadas.
“Nossa preocupação é que esses objetos são usados para cometer crimes. Eles são facilmente confundidos com armas reais. Algumas são até feitas de metal”, acrescentou o delegado. Segundo Dourado, nos últimos 12 meses, 900 réplicas de armas em situação irregular foram apreendidas durante abordagens em residências e em prisões em flagrante.
Agência Brasil
Romário volta atrás sobre declaração sobre política
Trânsito
EPTC faz ação educativa com ciclistas
Peritos que vão fiscalizar denúncias de tortura em presídios tomam posse
Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil
Edição: Stênio Ribeiro
Os peritos terão livre acesso a toda e qualquer instituição de privação de liberdade, ou asilos, suspeitos da prática de tortura física ou psicológica. Na cerimônia de posse, a ministra de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, lembrou que mais de 100 países assinaram o protocolo facultativo das Nações Unidas, documento que prevê esse tipo de mecanismo de prevenção e combate à tortura. “No entanto, apenas 80 adotaram alguma medida no sentido de implementar o que nele está previsto”, ressaltou.
Segundo Ideli, a demora para implementação do mecanismo no Brasil decorreu do fato de o país ter dimensão e dificuldades diferenciadas, principalmente em algumas unidades da Federação. “Os nove que hoje estão sendo empossados terão de dar conta do imenso desafio que os espera e poderão, legítima e integralmente, adentrar a todo e qualquer espaço, podendo impedir a tortura secular em nosso país.”
Um dos peritos empossados é José de Ribamar de Araújo e Silva, que já participou de ações na Pastoral da Terra e no antigo Presídio do Carandiru, em São Paulo. Falando em nome dos peritos, na posse, ele disse que o grupo traz em si a experiência de diversos movimentos e de redes onde atuam há anos, no combate à tortura. “A tortura é praticada desde a colonização. Sabemos bem da crueldade como ela sempre foi aplicada por aqui contra índios e negros; e desde a juventude aprendemos a combater a ditadura que modernizou os mecanismos de tortura de nosso Estado. Esse movimento vem para dizer em que medida o Estado é responsável, e quando ele tem de ser reparador da prática de tortura. Nosso olhar será vigilante.”
De acordo com o perito, o maior desafio será “enfrentar os agentes públicos estatais violadores dos direitos humanos, para garantir as investigações e, se for o caso, a punição [dos torturadores]. São eles a ameaça. E a impunidade é o que retroalimenta a violência”.
Os peritos foram escolhidos em seleção pública e terão mandato de dois a quatro anos. Os selecionadores tiveram o cuidado de garantir pelo menos um representante de cada região do país. “Além de formação teórica adequada, é necessário que tenham experiência de acompanhamento de situações onde houve prática de tortura”, explicou a ministra. “Os presídios são locais com casos mais explícitos de tortura, tanto em termos numéricos quanto em gravidade, mas há situações que, em tese, não são de privação de liberdade. É o caso dos locais de acolhimento de idosos, onde é recorrente a prática de retenção de cartões [de saque, como o do Instituto Nacional do Seguro Social, INSS].”
Representando o Subcomitê de Prevenção à Tortura, das Nações Unidas, Margarida Pressburger teceu elogios à iniciativa brasileira. “Hoje é um dia de festa para nosso subcomitê, que há sete anos cobrava do Brasil o compromisso assinado no protocolo facultativo da ONU”, disse ela. “Ao sofrer tortura, o indivíduo perde completamente a capacidade de ser humano”.
Ao final do discurso – e falando “como cidadã brasileira” – Margarida destacou o orgulho que sente por fazer parte do contexto nacional e deste momento do Brasil. "Dilma é uma mulher que venceu aquilo a que muitos sucumbiram”, reconheceu a representante da ONU.
Agência Brasil
Polícia apreende armas falsas e acessórios de uso restrito em feira de Brasília
Da Agência Brasil
Edição: Armando Cardoso
A operação apura ainda a suspeita de contrabando e sonegação fiscal na venda dos produtos. A polícia encontrou irregularidades na comercialização dos produtos, como ausência de nota fiscal e venda de artefatos de uso restrito. Segundo a polícia, o custo do equipamento apreendido nas bancas da feira é estimado em R$ 80 mil.
De acordo com o chefe da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado do DF, Luiz Henrique Dourado, apenas as armas de pressão, acionadas por molas ou baterias, acompanhadas de notas fiscal e com a extremidade vermelha, podem ser comercializadas.
“Nossa preocupação é que esses objetos são usados para cometer crimes. Eles são facilmente confundidos com armas reais. Algumas são até feitas de metal”, acrescentou o delegado. Segundo Dourado, nos últimos 12 meses, 900 réplicas de armas em situação irregular foram apreendidas durante abordagens em residências e em prisões em flagrante.
Agência Brasil
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