historiailustrada.com.br|Por Bruno Henrique Brito Lopes
Dilma: para-raio de desgraças
por Fernando Canzian
Olhando pelo retrovisor de 2014, a economia entra em 2015
com péssima combinação para Dilma Rousseff. Não custa lembrar, já a
pior presidente avaliada em um início de mandato, acuada por
manifestações de rua, por um Congresso hostil, um escândalo de corrupção
gigante e pela ameaça de impeachment.
O Brasil pobre (67% das famílias ganham até R$ 2.710/mês) manteve o PIB (Produto Interno Bruto) acima da linha d′água no ano passado. O consumo das famílias, que responde por cerca de 60% do PIB, cresceu 0,9% em 2014. Significa que o PIB só não caiu porque os brasileiros continuaram gastando.
O número que realmente importa no caso de um país com tudo a ser feito, a taxa de investimentos na produção e na infraestrutura, foi negativa. Caiu 4,4% no ano passado. Não há perspectiva de melhora disso no curto prazo, já que empresários e governo pisarão no freio neste 2015.
Restaria mais uma vez para o consumo segurar a onda do PIB neste ano. Só que não. Inflação e juros em alta e restrição ao crédito, além do temor do desemprego, devem diminuir rapidamente ou travar os gastos das famílias. Vai sobrar para Dilma.
As notícias sobre a corrupção e o estelionato eleitoral de 2014 explicam em parte a avaliação negativa que a presidente obtém entre os brasileiros: 62% a veem como ruim/péssima. O bolso está pegando, e o incômodo só começou.
A renda do trabalho caiu 0,5% em fevereiro (sobre fev.2014) e o desemprego subiu para 5,9%, num salto acima das expectativas. Outro indicador do IBGE, a massa de rendimentos de todos os trabalhadores (tudo o que eles ganham), está perto da estagnação neste momento, interrompendo altas importantes nos últimos anos.
Se as manifestações do dia 15 de março levaram às ruas os mais ricos e escolarizados, é dos brasileiros pobres em processo de perda de renda e empregos que depende o PIB. Em termos proporcionais, esses mesmos pobres é que votaram mais em Dilma.
Será difícil não identificar na presidente um para-raio de suas desgraças.
Fonte: Folha Online - 27/03/2015 e Endividado
O Brasil pobre (67% das famílias ganham até R$ 2.710/mês) manteve o PIB (Produto Interno Bruto) acima da linha d′água no ano passado. O consumo das famílias, que responde por cerca de 60% do PIB, cresceu 0,9% em 2014. Significa que o PIB só não caiu porque os brasileiros continuaram gastando.
O número que realmente importa no caso de um país com tudo a ser feito, a taxa de investimentos na produção e na infraestrutura, foi negativa. Caiu 4,4% no ano passado. Não há perspectiva de melhora disso no curto prazo, já que empresários e governo pisarão no freio neste 2015.
Restaria mais uma vez para o consumo segurar a onda do PIB neste ano. Só que não. Inflação e juros em alta e restrição ao crédito, além do temor do desemprego, devem diminuir rapidamente ou travar os gastos das famílias. Vai sobrar para Dilma.
As notícias sobre a corrupção e o estelionato eleitoral de 2014 explicam em parte a avaliação negativa que a presidente obtém entre os brasileiros: 62% a veem como ruim/péssima. O bolso está pegando, e o incômodo só começou.
A renda do trabalho caiu 0,5% em fevereiro (sobre fev.2014) e o desemprego subiu para 5,9%, num salto acima das expectativas. Outro indicador do IBGE, a massa de rendimentos de todos os trabalhadores (tudo o que eles ganham), está perto da estagnação neste momento, interrompendo altas importantes nos últimos anos.
Se as manifestações do dia 15 de março levaram às ruas os mais ricos e escolarizados, é dos brasileiros pobres em processo de perda de renda e empregos que depende o PIB. Em termos proporcionais, esses mesmos pobres é que votaram mais em Dilma.
Será difícil não identificar na presidente um para-raio de suas desgraças.
Fonte: Folha Online - 27/03/2015 e Endividado
Ford abre programa de demissão voluntária e congela salários até 2016
Com a desaceleração das atividades no setor automotivo
brasileiro, a montadora Ford, em medida de contenção de gastos, fechou
um acordo com os trabalhadores de sua fábrica em São Bernardo do Campo,
no ABC paulista, que prevê o congelamento dos salários até 2016 e o
anúncio de um Programa de Demissão Voluntária (PDV).
O acordo foi aprovado com o Sindicato dos Metalúrgicos.
Em contrapartida, a montadora oferecerá um abono salarial em 2016 e garantia estabilidade até 2017 aos trabalhadores que permanecerem.
A empresa não informou quantos trabalhadores pretende desligar por meio do PDV e disse, além dos que aderirem ao programa, os 80 funcionários que possui já são aposentados serão desligados compulsoriamente.
O presidente do Sindicato dos Metalurgicos do ABC Paulista, Rafael Marques, disse que a proposta ajuda a categoria a atravessar este ano de instabilidades econômicas com garantias aos trabalhadores.
"A aprovação [do acordo] tira de cena ameaça de insegurança em relação ao emprego", afirmou.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro minimizou as demissões nas montadoras e disse que a crise "passa longe" do setor.
Como plano de recuperação, os trabalhadores da fábrica aguardam o início da produção de novos produtos na unidade e a extinção de serviços que são atualmente terceirizados ainda neste ano.
"Nesses próximos dois anos vamos debater com a fábrica a vinda de novos investimentos e produtos. Queremos trazer de volta a produção do segmento de pick-ups e novas versões do New Fiesta", disse Marques.
Fonte: Folha Online - 27/03/2015 e Endividado
O acordo foi aprovado com o Sindicato dos Metalúrgicos.
Em contrapartida, a montadora oferecerá um abono salarial em 2016 e garantia estabilidade até 2017 aos trabalhadores que permanecerem.
A empresa não informou quantos trabalhadores pretende desligar por meio do PDV e disse, além dos que aderirem ao programa, os 80 funcionários que possui já são aposentados serão desligados compulsoriamente.
O presidente do Sindicato dos Metalurgicos do ABC Paulista, Rafael Marques, disse que a proposta ajuda a categoria a atravessar este ano de instabilidades econômicas com garantias aos trabalhadores.
"A aprovação [do acordo] tira de cena ameaça de insegurança em relação ao emprego", afirmou.
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro minimizou as demissões nas montadoras e disse que a crise "passa longe" do setor.
Como plano de recuperação, os trabalhadores da fábrica aguardam o início da produção de novos produtos na unidade e a extinção de serviços que são atualmente terceirizados ainda neste ano.
"Nesses próximos dois anos vamos debater com a fábrica a vinda de novos investimentos e produtos. Queremos trazer de volta a produção do segmento de pick-ups e novas versões do New Fiesta", disse Marques.
Fonte: Folha Online - 27/03/2015 e Endividado
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